quinta-feira, fevereiro 22, 2018

Mais de metade dos venezuelanos em pobreza extrema

Mais de metade dos venezuelanos vivem em pobreza extrema e afirmam que perderam mais de 10 quilos de peso em 2017, segundo um Estudo sobre Condições de Vida que é realizado pelas principais universidades do país divulgado hoje. O estudo reflete uma deterioração dramática na qualidade de vida dos venezuelanos ao avaliar o aumento da pobreza e sua incidência no emprego, educação, criminalidade, nutrição e saúde geral. Realizada todos os anos desde 2014 pelas universidades Central da Venezuela (UCV), Simón Bolívar (USB) e Católica Andrés Bello (UCAB), o estudo foi realizada em 6.168 famílias em todo o país, com dados recolhidos entre julho e setembro de 2017. A socióloga Maria Gabriela Ponce, da UCAB, informou que entre os resultados do estudo observou-se que a pobreza extrema aumentou de 23,6 para 61,2% em quatro anos e quase 10% apenas entre 2016 e 2017.

Ponce exibiu um gráfico que mostra que em 2014 a pobreza extrema ficou em 23,6%, em 2015 em 49,9%, em 2016 em 51,5% e em 2017 em 61,2%.
Também mostrou que as famílias "não pobres" em 2014 representavam 51,6% dos consultados no estudo, em 2015 eram 27%, em 2016 o número caiu para 18,2% e em 2017 baixou para 13%. Já o médico Marianella Herrera, da UCV, com uma pós-graduação em Nutrição Clínica no USB, disse que 64% dos entrevistados referiram que perderam uma média de 11 quilos no último ano por não ter acesso aos alimentos. Herrera explicou que 61% dos entrevistados disseram ter "ido para a cama com fome" porque não tinham comida suficiente e 90% disseram que o seu rendimento "não é suficiente" para comprar os alimentos necessários (LUSA)

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