domingo, outubro 29, 2017

Nenhum deles...

Vamos a ver se nos entendemos de uma vez por todas, até para que as pessoas percam tempo comigo ou façam deduções erradas. Eu acho que o PSD não pode continuar refém de uma confraria elitista, alegadamente elitista, que vai e vem, mas que não larga o osso. O PSD não é quinta dessa gentinha nem as bases devem tolerar que se transforme num palco de disputa de vaidades pessoais ou caganças trituradas ao longo dos anos, que não levarão o PSD a lado nenhum. Eu acho que o PSD, depois do desastre recente e dos resquícios lamentáveis que essa página ainda deixa, precisa de limpar essa gentinha, precisa de uma terceira via, precisa de nova vida, de se reencontrar, de se refundar, de retomar os trilhos que justificam a sua existência e a sua razão de ser, enquanto ideologia, projecto programático e objectivos sociais e políticos. Recuso o oportunismo saloio e aventureirista de mais do mesmo. Recuso submeter-me a pretensos salvadores da pátria que não salvam coisa nenhuma. Com estes não voto, não participo, contribuo antes para a abstenção e para a ilegitimação do que for eleito. Temporariamente eleito. Tenho medo de um passismo encapotado a pensar mais em tachos futuros do que em resolver os males criados ao PSD e que continuam a afundá-lo. Desconfio desta ideia terrível de que um partido como o PSD não tem alternativas senão a de ir à sua "dispensa" buscar gente que há mais de 40 anos por cá anda, no poder ou nas margens dele, e que vive do mediatismo na comunicação social, sendo por isso mais uma "obra" de parte de interesses que também se cruzam e conflituam nos meios de informação do que processos naturalmente despoletados ou nascidos no seio dos próprios partidos. Não, não me metam por favor nessa trapalhada que, como veremos com o tempo, será rasteira e rafeira.

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