sexta-feira, agosto 18, 2017

Savoy: uma decisão que tinha que ser anunciada hoje custe o que custasse...

Vou assumir a "defesa" do grupo proprietário do Savoy, dando-lhe voz. O outro lado da barricada está carregado de gente, a abarrotar, uns por uns motivos, outros por outros. O meu é apenas o que resulta da amizade que tenho, quer com José Avelino Farinha, há mais de duas décadas, e com Pedro Calado.
A empresa recebeu a notificação da CMF - tem piada uma mensagem privada, de pessoa que não identifico, que me revela que havia uma enorme fobia nalguns corredores para que fosse feita qualquer coisa hoje sobre o Savoy, sem falta, para aliviar a pressão e desviar o discurso externo depois de mais um a polémica, decorrente do facto do MP ter suspendido tardiamente as peritagens que andaram a ser feitas no Monte e que potencialmente podem ter "limpo" vestígios essenciais - vai agir em conformidade, cumprindo todas as exigências camarárias para que o embargo parcial - não confundir com outros embargos.
Pressionados por uma romaria diária (incluindo estranhos "romeiros" ao serviço de causas concorrenciais)  de gente que não larga as instalações da CMF em busca de cópias de de documentos e deliberações da CMF sobre aquele projecto hoteleiro, os corredores de um certo poder - que me garantem estar completamente atordoado com um autêntico soco na barriga e temendo consequências políticas extremadas - a ideia é anunciar sem grandes esclarecimentos, curiosamente um dia depois da reunião do executivo camarário.
O que me foi garantido é que este processo relaciona-se com alterações incluídas num projecto entregue na CMF em Março deste ano, sobre o qual nunca houve resposta apesar da construção do hotel estar devidamente licenciada o que explica que as obras tivessem decorrido normalmente.
De acordo com uma fonte que contactei "deram-nos um prazo para entregarmos o projecto de alterações finais e nós vamos agir em conformidade para que tudo fique centro da lei". Mais do que isto não é dito. E chega.
Da parte que me toca - e reafirmando a minha amizade com Pedro Calado e com Avelino Farinha, que neste caso tem muitos anos, e que, reafirmo, considero que se trata de um empresário que lidera um grupo sério, que dá emprego neste momento a 300 pessoas (nas obras) e que dará emprego a mais 300 depois do hotel estar concluído, investe na Madeira em vez de sentar-se no sofá a reclamar ou a deixar as empresas falir - direi que assumo aquela minha amizade e consideração, que não me impede de olhar com distanciamento para este processo, ao contrário de outras cruzadas que no essencial escondem relações e dependências deliberadamente escondidas. (LFM)

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