segunda-feira, agosto 03, 2015

Mania de Escrever (VI): Rally Vinho da Madeira: 2015 decisivo para um eventual difícil regresso ao Europeu

Terminando o Rally Vinho da Madeira - que este não não teve uma lista de participantes que justifique qualquer atenção mediática como se veio a verificar - penso que é tempo de reflectir e de se pensar o futuro da iniciativa.
Que Rally queremos, que Rally podemos ter, que objectivos concretos estão subjacentes, no domínio promocional, ao nosso Rally?
Para que serve o Rally afinal? Para se limitar a ser uma espécie de bandeira anual do clube organizador? Para ser mais uma prova do calendário regional, embora mais alargada devido à presença dos pilotos continentais interessados no campeonato nacional de automobilismo?
Temos que abordar este assunto com a racionalidade e o pragmatismo que nem mesmo a emotividade de alguns programas televisivos locais e respectivos comentadores mais "automobilísticos" pode colocar em causa.
Qualquer análise obriga-nos a deambular em torno dos seguintes itens:
- o historial da prova madeirense no europeu;
- a afirmação da prova e inclusão no IRC e Europeu;
- a queda devido a problemas financeiros;
- a exclusão da prova do novo Campeonato da Europa de Rallyes, perdendo espaço de afirmação mediática mas perdendo sobretudo para a concorrência;
- a insularidade, os custos organizativos, a falta (e custos) dos transportes marítimos;
- a dimensão do mercado empresarial e publicitário regional, a  falta de patrocinadores, a crise económica e financeira que subsiste desde 2011 e respectivo impacto nas equipas e nos pilotos e nos apoios públicos concedidos a cartazes desportivos de ponta;
- a ausência de um calendário promocional virado para os meracdos internacionais - a promoção tem que ser feita a pensar no exterior e não virada para os madeirenses, porque esses não gerarão certamente as receitas hoteleiras nem outras que a economia deseja, dado que são residentes na ilha. Neste quadro, como se compreende a palermice absurda de realização no mesmo fim-de-semana do Open da Madeira de Golf e do Rally Vinho da Madeira, alegadamente duas iniciativas importantes na promoção turística da Madeira (com que base e com que números)? No caso do Rally Vinho da Madeira a coisa torna-se este ano bem mais complexa, pois além de ter perdido espaço mediático nas televisões, enfrentou a concorrência do ciclismo nacional (Volta a Portugal com programas especiais e directos na RTP-1) e a realização do Rally da Finlândia para o Mundial;
- que promoção gera o Rally, que receitas propicia aos hotéis locais, o que pensam do Rally os empresários hoteleiros locais em termos de impacto da prova no sector? Que estudos existem sobre a importância e o impacto promocional do Rally e do Golfe no turismo regional? Obviamente que cada organização puxa a "brasa à sua sardinha" mas por esse caminho ainda teremos algum organizador de uma prova de "bisca de seis" a reclamar o contributo da mesma para a promoção turística regional...;
- a recomendável renovação da estrutura organizativa e uma urgente definição, sobretudo por parte do poder político, do que deve ser feito para impedir que o Rally caia numa espécie de marasmo e acomodamento organizativo, tudo isto assente num compreensível saudosismo relativamente a um passado recente que elevou o Rally Vinho da Madeira - orçamentalmente dos mais dispendiosos - a um dos melhores da Europa mas que em nada serviu para garantir a sua continuidade no Europeu, É tudo uma questão financeira. E ponto final!
Comecemos por uma nota preliminar: a organização do Rally Vinho da Madeira não é posta em causa em nada, pelo contrário, parecer-me que mantém os mesmos padrões e exigência qualitativa como se a nossa prova integrasse o calendário europeu. Tem de continuar a fazer isso para que este ano, quando for aprovado o calendário de provas para 2016 e 2017, a prova madeirense esteja na primeira linha de escolha.
Quando nos anos setenta o Rally Vinho da Madeira ascendeu ao Campeonato da Europa, cumprindo uma "escadaria" que o levou em 1979 ao coeficiente 4 - então o mais alto do calendário - depois da vitória em 1978 do consagrado Ari Vatanen (nessa altura um dos melhores pilotos do mundo), foi a confirmação de um esforço que as pessoas vá fora não têm a noção. Posso falar assim porque fiz parte da organização do Rally alguns anos, antes da chegada ao topo do Europeu (coeficiente 4) e depois de lá termos estado e continuado. Muitas das pessoas que hoje estão ligadas à organização do Rally Vinho da Madeira já faziam parte dessa organização, aproveitando para recordar a pessoa de Severino Fernandes, saudoso amigo e uma pessoa que foi decisiva, com a sua equipa de colaboradores, na mudança de paradigma na organização do Rally,  juntamente com José Agostinho Gouveia e José H. Campos - dirigentes do Madeira que estiveram, entre outros, na primeira linha da afirmação da nossa prova.
Lembremos então.
Desde 1959 na estrada e europeu desde 1979
A primeira edição do Rali Vinho da Madeira teve lugar em 1959 mas só em 1979, vinte anos depois, passou a fazer parte do Campeonato Europeu de Ralis, mantendo-se consecutivamente e durante anos no calendário desta prova desde então. Entre 2006 e 2010 fez também parte do Intercontinental Rally Challenge, o que possibilitou uma maior exposição internacional do evento, nomeadamente através da cobertura televisiva pelo grupo Eurosport. Até 2012 fez parte do Campeonato Europeu de Ralis (ERC) mas desde essa data integra o FIA European Rally Trophy, a segunda competição europeia de ralis da FIA. Os italianos Andrea Aghini, Giandomenico Basso e os português Américo Nunes e Bruno Magalhães (vencedor de 2015) são os pilotos com maior número de vitórias, quatro cada. Piero Liatti, Horácio Macedo e Fabrizio Tabaton venceram três vezes cada um.
Crise financeira e exclusão em 2011
Em 2011 surgiu a notícia de que o ERC padecia de falta de competitividade o que levou a FIA a estudar várias soluções para aquela que é a mais antiga competição internacional de estrada. Nessas reuniões, ficou definido que caberia ao Eurosport promover e divulgar o Europeu, convertendo para tal em 2013 o IRC em ERC. Duas das provas consideradas míticas da competição europeia, Ypres e Barum, continuariam, o que significou que todas as outras seriam despromovidas a uma taça europeia. Um dos problemas colocados então à federação internacional resultou do facto do Rali Vinho Madeira, excluído do IRC, ter recebido nos últimos anos boa nota dos observadores. Duas decisões dos últimos Conselhos Mundiais ajudaram a FIA nos seus propósitos: a possibilidade de classificar um evento pelo seu interesse desportivo e competitivo e a substituição dos actuais observadores por delegados desportivos. Neste cenário, escreveu o Autosport na altura, "a prova madeirense, que faz parte do calendário europeu desde 1979 e mantém o maior coeficiente desde 1983, poderá não ter a força necessária para impor o estatuto decorrente da sua qualidade organizativa e longo historial. Pior, tudo poderá acontecer numa altura em que a Madeira está sob forte crise financeira e os principais apoiantes do rali são instituições estatais". Estávamos, recordo, em 2011, ano em que começou a crise financeira portuguesa agravada com a situação financeira na Madeira decorrente do PAEF assinado em Janeiro de 2012.
A polémica da exclusão revelada em 2012
Sabe-se que a Comissão Organizadora do Rali Vinho Madeira enviou em 2012, à federação internacional, na pessoa de Jonathan Ashman, uma exposição a questionar a sua exclusão do Europeu de Ralis e mostrando o seu desagrado pela forma como todo o processo de definição do novo Europeu de Ralis foi feito, nomeadamente o que dizem ser duas posições distintas da FIA.
Sabe-se também que depois de uma reunião do World Motor Sport Council, em Setembro de 2012, foi dado conhecimento aos clubes organizadores dos Ralis do Campeonato da Europa ter a FIA deliberado que o Eurosport Event Limited passou a ser o Promotor/Organizador do FIA European, a partir de 2013 e por um período de 10 anos. Nessa altura terá ficado também definido que o calendário do "novo" Campeonato da Europa teria 10 a 12 provas e que nenhum país poderia ter mais do que uma competição. Curiosamente o Madeira, organizadora do nosso Rally, numa troca de correspondência com a FIA referiu num dos documentos que "deixou de ser uma questão desportiva, ou organizativa, de bom ou mau desempenho, de muito ou pouco historial no ERC, de ser melhor ou pior pontuada pelos Observadores, etc, passando a ser uma questão financeira, de aceitação ou não do contrato financeiro proposto pelo Eurosport. E os organizadores que aceitarem as condições contratuais, têm a sua prova incluída no ERC 2013. Era essa a única garantia da FIA".

Finalmente lembro também a posição do Club Sports Madeira quando verificou que o Rally Vinho da Madeira não fazia parte do calendário provisório do Europeu de 2013 - que viria a manter-se: "(...)Enviámos um email a Mr. Jonathan Ashman, Mr. Marcello Lotti, Mr. Radovan Novak e Mr. Luiz Pinto Freitas, mostrando o nosso desagrado pelo desprezo e humilhação a que uma Organização que está há 34 anos consecutivos no Campeonato da Europa, tinha sido votada pelo Eurosport Event Limited e para surpresa nossa, nesse calendário provisório (2013) constava o “Rali Sata Açores” evento que nunca fez parte do Campeonato da Europa mas sim da Taça da Europa e, nos últimos anos, no IRC" Uma história mal contada pois na altura foi revelado que François Ribeiro, Director Desportivo do Eurosport Event Limited, manifestou a  sua surpresa pela polémica e pela posição da Madeiora alegadamente por estar convencido que teriam existido contactos e/ou reuniões ao longo deste processo de decisão. Ou seja, como reconhece o Madeira: "É claro que a Eurosport Event Limited decidiu primeiro qual era a prova portuguesa que ia incluir o ERC 2013, e só depois tentou explicar a decisão, por telefone, sem nunca dar a possibilidade do Rali Vinho da Madeira se poder pronunciar".
Calendário de 2015 e anos anteriores
O calendário de 2015 do Europeu de Rallys integrou as seguintes provas:
- Rally ­Jännerrallye (Aústria, asfalto/gelo/neve) - 4 a 6 de  Janeiro;
- Rally Liepāja (Letónia, terra/gelo/neve): 6 a 8 Fevereiro;
- Circuit of Ireland Rally (Irlanda do Norte, asfalto): 2 a 4 Abril
- SATA Rallye Açores (Portugal, terra): 4 a 6 Junho
- Geko Ypres Rally (Bélgica, asfalto): 25 a 27 Junho
- Auto24 Rally Estonia (terra): 17 a 19 Julho
- Barum Czech Rally Zlín (República Checa, asfalto): 28 a 30 Agosto 
- Cyprus Rally (terra): 25 a 27 Setembro
- Rally of Greece (terra): 9 a 11 Outubro 2015
- Giru di Corsica-Tour de Corse (França, asfalto): 5 a 7 Novembro 2015.
Refira-se que neste ano, o Rally da Acrópole foi adiado para Outubro e o rally da Córsega, previsto para ser o último evento da temporada europeia foi retirado, dado que passou a fazer parte das provas do Campeonato Mundial de Rallies em substituição do Rali da França. O Rally Internacional du Valais, na Suiça, foi o escolhido em substituição da prova corsa.
Em 2013 integraram este lote de provas do Europeu, o Rally das Canárias, o Sibiu Rally  na Roménia, o Lotos Rally da Polónia, o Rally da Croácia, o Rally Sanremo e o Rally Internacionais de Valai (Suiça). Em 2014 o calendário do Europeu integrava o Rally da Acropolis (Grécia) e o rally Giru di Corsica-Tour de Corse.
O Campeonato Europeu de Rally 2014 viu ser estreado o Rali da Acrópole, que foi retirado do Campeonato do Mundo de Ralis de 2014, substituído pelo Rali da Polónia. Quanto ao Rally Sibiu Roménia – que seria o terceiro e último evento da  mini-série Winter Challenge -  devido a condições meteorológicas adversas e ao estado lastimoso das estradas, foi adiado para o final do calendário. Mais tarde foi mesmo cancelado. Comparativamente a 2013, foram retirados do calendário o Rally as Canárias El Corte Inglês, o Rally da Croácia e o Rallye Sanremo.
Em 2012 o Rally Vinho da Madeira fazia parte do calendário do Europeu juntamente com outras provas: 
- Rally ­Jännerrallye (Austria),1000 Miglia (Itália), Croácia, Bulgária, Ypres, Bosphorus Rally (Turquia), Vinho Madeira, Barum, Principe das Asturias, Polónia, Antibes (que acabou por se retirar do Europeu)  e Internacional de Valais (Suiça).
Em 2010, do calendário do Intercontinental Rally Challenge (IRC) fizeram parte os rallyes de Monte Carlo,(França), Curitiba (Brasil), Argentina (Argentina), Canárias (Espanha), Sardenha (Itália), Ypres (Bélgica), SATA e Vinho da Madeira (ambos em Portugal), Sanremo (Itália), Escócia (Escócia) e Chipre (Chipre).
Neste ano o calendário integrou doze provas realizadas em dois continentes. Foram substituídos os rallyes da Rússia, do Japão e o Safari Rally na Argentina, Rally de Sardenha na Itália e o FxPro Rali do Chipre. Em Março desse ano foi anunciado que o Rally das Canárias substituiria o Rally Principe de Astúrias (Espanha). 
Em 2011 o IRC integrou os Rallyes de Monte Carlo, (França), Canárias (Espanha), Córsega (França), Yalta (Ucrânia), Ypres (Bélgica), SATA (Portugal), Barum (República Checa), Mecsek (Bulgária), Sanremo (Itália), Escócia (Escócia) e Chipre (Chipre).
Regira-se que Intercontinental Rally Challenge entrou em 2011 na sua sexta temporada que incluía 12 provas, iniciando-se a 19 de Janeiro com o Rallye Automobile de Monte-Carlo e terminando a 5 de Novembro com o Rali do Chipre. Neste ano foi introduzido um novo sistema de pontos para a temporada - a aplicação do sistema de pontos FIA - 25-18-15-12-10-8-6-4-2-1. No âmbito deste novo sistema, os dois eventos finais na Escócia e em Chipre ofereciam mais pontos através de um coeficiente de pontuação - a prova da Escócia com um coeficiente de 1,5 dava ao vencedor 37,5 pontos, 27 pontos ao segundo lugar, 22,5 ao terceiro lugar e assim por diante. Em Chipre, o vencedor recebeu o dobro dos pontos, ou seja 50 pontos, contra 36 pontos do segundo lugar 36, e 30 do terceiro lugar e assim por diante.
Um ano antes, em 2009, o calendário do  IRC - Intercontinental Rally Challenge integrava os Rallyes de Monte Carlo, (França), Canárias (Espanha), Córsega (França), Yalta (Ucrânia), Ypres (Bélgica), SATA (Portugal), Barum (República Checa), Mecsek (Bulgária), Sanremo (Itália), Escócia (Escócia) e Chipre (Chipre).
O calendário passou de dez provas em 2008 para doze em 2009. De fora ficaram o Rally da Turquia, Rally de Portugal,  Rali Internacional de Valais e o Rali da China, substituídos pelo Rali de Monte Carlo, Rali Internacional de Curitiba, Rally Safari, Rally dos Açores, Rally do Japão e  Rally da Escócia. O Rali do Japão foi mais tarde cancelado, devido à recusa dos construtores em viajarem para aquele país.
Em 2008 o calendário do IRC integrou as provas da Turquia, Portugal Ypres, Rússia, Vinho da Madeira, Barum, Príncipe das Astúrias, Sanremo, Valais e China
Sublinhe-se que o Intercontinental Rally Challenge (IRC) foi um campeonato organizado pela SRW Ltd e sancionado pela Federação Internacional de Automóvel (FIA) com o objectivo de dar novas oportunidades para pilotos jovens ou amadores competirem em conhecidos ralis regionais e internacionais, enquanto que os organizadores proporcionam ao mesmo tempo novas formas de cobertura televisiva, criados por acordo com o canal desportivo Eurosport. Este campeonato incluiu carros do Grupo N e Grupo A até 2000cc incluindo os Super 2000, R2 e R3. Em 2013 este campeonato fundiu-se com ERC - Campeonato Europeu de Ralis. O IRC nasceu em 2006 com o nome International Rally Challenge, mudando a designação em 2007 com a introdução de provas de outros continentes para além da Europa.
Campeões
Recordamos os campeões do IRC entre 2006 e 2012:
- Giandomenico Basso (2006), Enrique Ojeda (2007), Nicolas Vouilloz (2008), Kris Meeke (2009), Juho Hanninen (2010), Andreas Mikkelsen (2011 e 2012).
Recordo que os pilotos campeões da Europa de Rallys foram, entre 2000 e 2014, os seguintes:
2000 - Henrik Lundgaard, Toyota Corolla WRC
2001 - Armin Kremer, Toyota Corolla WRC
2002 - Renato Travaglia, Peugeot 206 WRC
2003 - Bruno Thiry, Peugeot 206 WRC
2004 - Simon Jean-Joseph, Renault Clio S1600
2005 - Renato Travaglia, Mitsubishi Lancer Evolution VII e Renault Clio S1600
2006 - Giandomenico Basso , Fiat Grande Punto S2000
2007 - Simon Jean-Joseph, Citroën C2 S1600 e Citroën C2 R2
2008 - Luca Rossetti, Peugeot 207 S2000
2009 - Giandomenico Basso , Abarth Grande Punto S2000
2010 - Luca Rossetti, Abarth Grande Punto S2000
2011 - Luca Rossetti, Abarth Grande Punto S2000
2012 - Juho Hänninen, Škoda Fabia S2000
2013 - Jan Kopecký,  Škoda Fabia S2000
2014 - Esapekka Lappi, Škoda Fabia S2000
2015 - O irlandes Craig Breen, vencedor de 3 provas (uma das quais o SATA Açores) lidera mas o polaco Kajetan Kajetanowicz (2 vitórias) está muito próximo. O russo Aleksey Lukyanuk, vencedor na Estónia - ultima prova realizada até este momento, na Estónia - está também próximo dos primeiros lugares.
O Campeonato da Europa de Ralis - ou Campeonato Europeu FIA Rally - é uma competição de automobilismo realizada anualmente na Europa e organizada pela FIA. E a mais antiga prova de competição de rallyes no mundo que cumpriu em 2012 as 60 edições e que se renovou em 2013 graças à fusão com a Intercontinental Rally Challenge.
2015 poderá ser ano decisivo para o futuro do Rally Vinho da Madeira
Em 2013 surgiu a notícia de que a Madeira poderia "roubar" o lugar dos Açores no Campeonato Europeu de Ralis (ERC), mas isso não aconteceu já que o calendário aprovado em Outubro 2013 para esta competição tinha um prazo de validade de duas temporadas. Isso coloca à Madeira desafios acrescidos e importantes quando a um regresso à alta roda do automobilismo europeu. Caso não o consiga desconfio que o Rally Vinho da Madeira perderá importância e impacto mediático, mesmo que mantenha - como aconteceu em 2015 - alguma competitividade desportiva interessante, apesar da ausência de pilotos europeus de ponta.
De facto o SATA Rally Açores para além de contar com recursos financeiros  - que me garantem ser 2 a 3 vezes superiores aos que presentemente o Rally Vinho da Madeira dispõe - tem mantido padrões organizativos de qualidade o que lhe garante a presença no campeonato mais importante do mundo no que toca a ralis (Europeu), depois de ter feito parte quatro anos do IRC. 
O que é certo é que o Rally Vinho Madeira terá de esperar até 2016 para poder voltar aos grandes palcos internacionais, embora os açorianos acreditem na continuidade do SATA Açores, devido às paisagens de alguns dos troços da prova que eles acham que podem ser motivo para que o Eurosport não “deixe que esta prova saia do seu calendário, pois é a que dá mais audiência ao canal". Não parece posta de parte a possibilidade no WRC, com o Rally da Austrália e Nova Zelândia, ou seja, as duas provas vão-se alternando no calendário, sendo que neste caso é de três em três temporadas. Fica a ideia para os dois grupos organizadores destas duas grandes provas portuguesas pensarem e verem os benefícios que podia trazer a cada.

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