sábado, fevereiro 28, 2015

Depois das presidentas, as pilotas. De Fórmula 1

Escreve a jornalista do Expresso Mariana Cabral que "o chefe do departamento de aerodinâmica da Williams, Jason Somerville, tem um filho e uma filha, com quem costuma ver Fórmula 1 sempre que pode. Enquanto o filho vê os carros e ouve atentamente tudo o que o pai diz, a filha brinca no iPad, desinteressadamente. Ou melhor, brincava. Até ver uma mulher entrar num monolugar. "Aquela é a Susie? Nunca tinha visto uma rapariga na Fórmula 1, pensava que era proibido", espantou-se a filha. "Agora ela vê todas as corridas de Fórmula 1 com o pai, porque na cabeça dela já não é um desporto só para rapazes." A história, contada por Susie Wolff à BBC no ano passado, quando a escocesa se estreou como piloto de testes da Williams, mostra que a Fórmula 1 está a deixar de ser território exclusivamente masculino. Não só com a ajuda da Williams, mas da Lotus, que anunciou esta quinta-feira que a espanhola Carmen Jordá é a nova piloto de testes da equipa para a época que se avizinha. Aos 26 anos, Jordá, que passou pela Fórmula 3 espanhola e estava na GP3 Series, onde nunca se destacou por aí além em termos de resultados, cumpre um sonho que tinha desde os 10 anos, quando se estreou nos karts. A filha do ex-piloto espanhol José Miguel Jordá, que fez trabalhos de modelo e estudou marketing (enquanto corria profissionalmente, desde 2001), vai testar o carro E23 da Lotus, que será guiado oficialmente pelos pilotos Romain Grosjean e Pastor Maldonado. Carmen Jordá é a segunda mulher esta época na Fórmula 1 (Susie Wolff continua a ser piloto de testes da Williams) e entra para a história junto dos (poucos) nomes do sexo feminino que já estiveram oficialmente num monolugar: Maria-Teresa de Filippis, Lella Lombardi, Divina Galica, Desire Wilson e Giovanna Amati.  A 13 março, quando a nova época começar, com o Grande Prémio da Austrália, a filha de Jason Somerville já tem mais uma razão para ver Fórmula 1. Chama-se Carmen Jordá"