terça-feira, janeiro 27, 2015

Quem é a iraquiana que o Estado Islâmico quer libertar da prisão?

"Detida numa prisão na Jordânia há quase dez anos, Sajida al-Rishawi é uma iraquiana de 44 anos conhecida por ter participado num ataque terrorista em 2005, que matou cerca de 60 pessoas. Agora, figura como uma das últimas exigências do Estado Islâmico, que, numa mensagem publicada na internet, exige a libertação da sua "irmã" em troca do refém japonês Kenji Goto.
Sajida fez parte de um grupo de bombistas suicidas da Al-Qaeda que se fizerem explodir em três hóteis em Amã, a capital da Jordânia, no qual se incluía o seu marido. A iraquiana confessou depois que os explosivos que levava à cintura não chegaram a detonar. Na altura, o grupo terrorista advertiu que mais ataques seriam perpetrados contra a Jordânia, considerada um 'muro de protecção' para Israel e as forças sob o comando dos Estados Unidos no Iraque, em guerra desde a invasão americana de 2003. Em 2005, a Al-Qaeda no Iraque era comandada por Abu Musab al-Zarqawi, um militante próximo do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Sajida al-Rishawi é irmã do braço direito de al-Zarqawi, por isso, é possível que conhecesse o líder do Estado Islâmico. Al-Rishawi já não é vista em público há nove anos, segundo a CNN, mas a sua libertação é importante para o Estado Islâmico, que pode usá-la como parte de sua estratégia de propaganda.
Um dos dois japoneses raptados pelos jihadistas terá sido morto este sábado. O vídeo da decapitação de Haruna Yukawa, um homem ligado à segurança privada, foi divulgado pela organização terrorista, e o segundo refém japonês aparece nas imagens a implorar pela sua vida. O Governo japonês considerou a morte um "acto de violência abominável" e exige a libertação do segundo cidadão raptado. No último vídeo publicado pelo Estado Islâmico, em que se propõe a troca por al-RIshawi, ouve-se alegadamente a voz do segundo refém, Kenji Goto, a dizer "eles apenas exigem a libertação da sua irmã". Esta segunda-feira, as forças curdas tomaram controlo da cidade síria de Kobani após quatro meses de luta contra os militantes do Estado Islâmico. Estas forças sírias têm recebido o apoio dos Estados Unidos com ataques aéreos diários contra a cidade, resultando agora na tomada de Kobani e na expulsão dos guerrilheiros do Estado Islâmico" (fonte: Rádio Renascença)