quarta-feira, agosto 27, 2014

Independentistas ganham debate sobre referendo na Escócia

Li no Economico que "o primeiro-ministro escocês ganhou o último debate televisivo antes do referendo sobre a independência da Escócia que poderá ditar o fim da união de 307 anos entre a Inglaterra e aquele país. A três semanas do referendo, o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, defensor da separação, e Alistair Darling, líder da campanha pelo não, estiveram ontem frente a frente na BBC. De acordo com uma sondagem realizada pelo jornal britânico The Guardian 90 minutos após o debate, o vencedor da noite foi o líder dos independentistas, que conseguiu convencer 71% dos espectadores. "A defesa da independência depende de um pressuposto bastante simples: ninguém, absolutamente ninguém, poderá governar este país melhor do que as pessoas que vivem e trabalham na Escócia; ninguém se preocupa mais com a Escócia e, como em 1979, as vozes da desgraça dizem-nos que não o podemos fazer; não podemos fazer o que qualquer outro país tem assegurado e, tanto antes como agora, os que pensam desta forma estão errados", afirmou Salmond, de acordo com a Euronews. Já Alistair Darling admitiu que "as pessoas querem mudança", "mas também querem segurança, no que se refere a emprego e a reformas ou o futuro dos seus filhos. É por isso que, quando digo ‘não obrigado', não quero dizer que não haverá mudanças". As sondagens apontam para uma vantagem de cerca de 10 pontos dos opositores à independência da Escócia, mas ainda existem cerca de 11% de escoceses indecisos e a margem entre ambas as partes tem vindo a estreitar-se nas últimas semanas. A consulta popular está marcada para 18 de Setembro. Um dos temas quentes do debate foi a questão da futura moeda. O primeiro-ministro escocês garante que o seu país pretende manter a libra, com ou sem o apoio de Londres, uma situação que acabaria por ser reconhecida pelo seu opositor, durante a discussão. O líder dos independentistas defendeu igualmente a capacidade do território beneficiar dos recursos petrolíferos do mar do norte, contestando as previsões de declínio da produção apresentadas pelo seu adversário"