segunda-feira, julho 21, 2014

A vergonhosa adesão da Guiné-Equatorial

A CPLP vai alargar-se à antiga colônia espanhola, agora Guiné-Equatorial. Não creio que o facto de ter fronteiras com São Tomé e Príncipe lhe dê esse estatuto. Em Timor-Leste, onde se realiza uma reunião geral, os países de língua portuguesa acham que podem incluir entre eles a ditadura vergonhosa que governa um país que nunca teve nada a ver com os portugueses. A ditadura da Guiné-Equatorial - aliás há madeirenses que sabem disso muito bem, ao que consta por experiência própria e graças a negócios, dizem que alguns deles esquisitos, ali desenvolvidos... - é, como diz Henrique Monteiro do Expresso, o exemplo da "prostituição na política portuguesa". Direi que da mais nojenta e rafeira, aquela política portuguesa protagonizada pro crápulas e medíocres, aquela política portuguesas que se move no esgoto dos negócios e das negociatas alimentadas pela porcaria existente nos subterrâneos.
Aliás não percebi bem o interesse de Luis Amado (salvo pelo facto do Banif estar à espera de dinheiro deste novo membro da CPLP!), mesmo que tenha sido ministro dos negócios estrangeiros no socratismo, em vir a terreiro defender a adesão do regime ditatorial da Guiné-Equatorial na CPLP, aliás cada vez mais uma organização sem interesse, sem peso nenhum e que se parece mais propícia a uma "canastra e chá das cinco". Salvo, claro está, quando se trata de servir de trampolim para negócios e negociatas obscuras, diretos ou indiretos.
Por este andar não tenho dúvidas: portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos,  timorenses, caboverdianos, guineenses e sãotomenses vão descobrir não sei nem como nem quando, que afinal os Esquimós lá no Poló Norte têm alguma cosia a ver com a língua portuguesa e que, bem esticadas as coisas, algumas aldeolas perdidas lá no norte da Escandinávia também devem ser convidadas a aderir à CPLP porque os "vikings" eram nossos parceiros no passado... Não me gozem
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