segunda-feira, março 31, 2014

Insólitos da Coreia do Norte

“O meu penteado é legal. Legalize o seu”, anuncia este site. Ao entrar na página, o utilizador pode introduzir uma foto de rosto na moldura do líder da Coreia do Norte Kim Jong-Un. É a última piada em torno do escândalo que se tornou viral nas redes sociais – a obrigatoriedade dos homens norte-coreanos, especialmente os universitários da cidade de Pyongyang, raparem o cabelo de lado e espetá-lo em cima.
Penteado
A medida terá sido implementada há 15 dias pelo líder, que se apresenta com este penteado e que o ‘Korea Times’ define como “corte de contrabandista chinês”. “O corte de cabelo do nosso líder é muito particular, não fica bem em todos, porque cada um tem um rosto e um formato de cabeça próprios”, disse à imprensa internacional uma fonte que pede o anonimato. Os media locais dizem ainda que a obrigatoriedade se estendeu a todo o país.  Segundo a imprensa local, já não haveria muita margem de manobra a nível de penteados, para a população local. As mulheres apenas poderiam optar por 18 cortes e os homens por 10. O assunto tem sido amplamente debatido, não só no Facebook, como na imprensa. Agora a questão que se impõe: será mesmo verdade? É discutível.  Ultimamente, têm-se levantado dúvidas sobre a notícia do penteado imposto pelo líder norte-coreano. O 'Washington Post' falou com fontes peritas na Coreia do Norte, como Aidan Foster Carter, que é investigador na área de Sociologia e Coreia Moderna na universidade de Leeds, no Reino Unido. “Parece-me que é treta. Mais ninguém na Coreia do Norte parece ostentar um penteado como o de Kim Jong Un!”, afirmou Carter ao jornal.  “Acho que podemos somar esta à lista de histórias ridículas sobre a Coreia do Norte”, afiançou Andray Abrahamian, que faz parte da Choson Exchange, que dá formação na área dos negócios, políticas económicas e direito na Coreia do Norte. “Toda a gente tinha penteados normais lá, na semana passada, quando estivemos lá para um programa para Mulheres nos Negócios”, disse Abrahamian no dia 26 de Março, ao ‘Washington Post’.
O sequestro do cineasta
Em 1986, constou que o cineasta Shin Sang-Ok teria reaparecido na Coreia do Norte após ter sido sequestrado em Hong Kong.  O sequestro teria sido encomendado pelo por Kim-Jong Il (líder da Coreia do Norte até 2011), que procurava moldar a indústria cinematográfica de acordo com os seus interesses políticos. 
Os unicórnios existem?!
No final de 2012, a notícia de que a existência de unicórnios na Coreia do Norte estava comprovada foi alvo de piadas nas redes sociais.  Um erro de tradução esteve na origem do boato.
Jogadores em trabalhos forçados
No Mundial de 2010, quando os jogadores da selecção da Coreia do Norte sofreram a derrota com os portugueses por 7-0, reacendeu-se a polémica: iriam para campos de trabalho, ou minas de carvão, para serem castigados?  Os jornais diários portugueses revelaram, com alguma reserva, que o líder Kim Jong Il teria um “telemóvel invisível” para dar “instruções durante o jogo”. Os “conselhos tácticos” eram dados ao treinador, segundo a imprensa internacional.
Míssil no Alasca
Mais uma teoria da conspiração, desta vez envolvendo mísseis norte-coreanos. Em 2003, a ogiva do míssil teria sido encontrada no Alasca.  O desmentido surgiu pouco tempo depois. A Agência de Defesa de Mísseis dos Estados Unidos apressou-se a negar o rumor.
Atentado ao líder
A catástrofe ferroviária que atingiu a cidade norte-coreana de Ryongchon, na fronteira com a China, em Abril de 2004, rapidamente deu origem a um rumor: teria sido um atentado a Kim Jong Il?  O líder tinha passado pela estação de comboios nove horas antes, na viagem de regresso da China. Daí a suspeita de atentado, que nunca se veio a confirmar.  As autoridades garantiram que se tratou de um acidente, com números alarmantes: 154 mortos, 1300 feridos e 1200 edifícios destruídos. A causa terá sido um vagão cisterna que colidiu com carruagens e depois com um poste de electricidade.
General executado por beber
Kim Chol, anunciado como um “general de topo”, teria sido executado por um pelotão de fuzilamento por não respeitar os 100 dias de luto “querido líder” Kim Jong Il, que morreu em Dezembro de 2011.  Os tablóides norte-americanos especularam que a execução se devia ao facto de o general ter consumido álcool durante este período.  A história nunca foi confirmada por fontes fidedignas, já que quem a divulgou era uma anónima" (fonte: Sábado)