sexta-feira, janeiro 31, 2014

Sondagem Jornal I/Pitagórica - Pensões: alternativa ao chumbo do TC não convence



Li no Jornal I que “a maioria dos portugueses discorda das alternativas encontradas pelo governo para contornar o chumbo à convergência de pensões. Mais de 67% defendem que o executivo devia ter seguido outro caminho que não passasse por mexidas na Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e pelo aumento dos descontos dos funcionários públicos para a ADSE. Quase sete em cada dez inquiridos (67,6%) reagem negativamente à notícia de que as contribuições para a CES vão começar a partir dos 1000 euros. Os portugueses não gostaram da opção B de Passos Coelho e 36,5% dizem mesmo que "discordam totalmente" das novas medidas, que permitirão encaixar os 388 milhões correspondentes à opção inicial. Por outro lado, apenas 18,5% dos inquiridos dão luz verde às alternativas desenhadas pelo governo. Confrontados com outros cenários para fazer face ao buraco nas contas públicas que resultou do chumbo à convergência das pensões, os inquiridos são maioritariamente favoráveis a uma mexida que incida sobre a classe política. 86,8% defendem uma redução "em 50%" do número de deputados à Assembleia da República, mesmo que isso implique uma quebra significativa na representatividade dos pequenos partidos. A medida obrigaria a uma revisão da Constituição, que prevê um número mínimo de 180 deputados. Actualmente são 230. Na segunda opção mais escolhida defende-se que os juízes do Tribunal Constitucional voltem a chumbar a alternativa do governo ao plano inicial - solução que reconduziria ao recomeço de todo o processo. Aquilo que os portugueses menos querem é ver um aumento de seis cêntimos por litro na gasolina e no gasóleo, permitindo que o governo compensasse o valor em falta com as receitas conseguidas pela via fiscal sobre os combustíveis. Há quase uma inversão face à primeira alternativa, sendo, neste caso, 81,2% manifestamente contra uma subida dos preços praticados nos postos de abastecimento”