quarta-feira, outubro 30, 2013

Sondagem: PS tem 52% de descontentes

Segundo o Sol, "uma sondagem que mede o sentido de voto dos portugueses se tivessem votado para legislativas a 29 de Setembro, juntamente com os resultados das autárquicas realizadas na mesma data, deu a António José Seguro motivos para dizer que "há uma nova relação de confiança entre o Partido Socialista e os portugueses". Mas a sondagem da Intercampus, a que o SOL teve acesso, mostra uma elevada percentagem de eleitores indecisos ou sem vontade de dar o seu voto a qualquer partido. Os 39% de intenções de voto no PS, anunciados pelos socialistas, resultam da projecção dos resultados no voto dos indecisos. Das mil entrevistas realizadas nesta sondagem depositada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, apenas 217 inquiridos (22%) votariam em Seguro para primeiro-ministro. Nas autárquicas, o PS_teve, no mesmo dia, 36% dos votos expressos. Nesta sondagem, descontando a abstenção, o PS tem apenas 30% dos votos expressos. Menos 6%, portanto, que o resultado das urnas. A sondagem revela uma percentagem alta de portugueses que não vêem motivos para dar o seu voto, ou pelo menos a um partido do arco parlamentar. A soma de indecisos (18%), dos abstencionistas (24%), dos que votariam em branco ou nulo ou num partido extra-parlamentar (7%) é de 485 pessoas, ou seja 49% do universo da sondagem. A estes juntam-se os que não respondem: mais 3%. O núcleo da direcção socialista tira valor à abstenção. "Os valores são idênticos à abstenção nas autárquicas desse dia. E os brancos e nulos coincidem totalmente", diz um dirigente. "O que é relevante é a diferença entre o PS_e o PSD, nas intenções declaradas de voto e na projecção". Na sondagem, apenas 149 pessoas (15%) dá o seu voto aos social-democratas. No Rato, há quem lembre que as autárquicas e as europeias são eleições "menores", no modo como os eleitores as percepcionam. E antecipe o que vai acontecer nas europeias: "Vai haver muita abstenção, possivelmente superior às autárquicas, mas o PS vai ganhar e tomar balanço para as legislativas". Em 2015, o cenário é outro: "Até às legislativas crescerá o número de portugueses que vêem em António José Seguro o futuro primeiro-ministro".