Li aqui que “o governo italiano aprovou um
corte de 3,5 mil milhões de euros nos impostos sobre o trabalho para o próximo
ano. O governo central vai suportar cortes de 2,5 mil milhões de euros,
enquanto que as administrações regionais suportam cortes de mil milhões de
euros. Letta, que aprovou ontem o orçamento do Estado para o próximo ano,
afirmou em conferência de imprensa que os cortes permitem devolver 1,5 mil
milhões à economia real - num total de cinco mil milhões até 2016 - como forma
de tentar relançar uma economia que se encontra estagnada. O antecessor de
Letta, o ex-comissário europeu Mario Monti, apostou principalmente no aumento
dos impostos para reforçar o orçamento italiano, mas, segundo observadores
internacionais, o actual primeiro-ministro percebeu que esse caminho não era o
mais aconselhável. "Itália percebeu que não pode
concentrar-se apenas sobre as receitas fiscais e agora dá muito mais atenção à
despesa", disse Mario Spreafico, diretor de investimentos da Schroders
Private Banking, à Bloomberg. Entretanto, os títulos da dívida italiana a 10
anos caíram um ponto-base para 4,25%) ainda antes do anúncio da aprovação do
orçamento, aliviando da tensão mantida durante a semana em que Sílvio
Berlusconi ameaçou acabar com o governo de Letta”