Segundo o Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio Azenha, "os empréstimos da troika já custaram a Portugal mais de 1,5 mil milhões de euros em comissões, juros e outros custos cobrados na data de concessão desses créditos. Ontem, o Estado português pagou uma dívida em obrigações do Tesouro num valor superior a 5,5 mil milhões de euros. O boletim de setembro da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), divulgado no final da semana passada, é esclarecedor sobre o custo do empréstimo da troika a Portugal: dos mais de 67,2 mil milhões de euros concedidos pela Comissão Europeia, BCE e FMI até agosto deste ano, o Estado português recebeu pouco mais de 65,7 mil milhões de euros. A diferença entre estes dois valores, num montante superior a 1,5 mil milhões de euros, diz respeitos a "comissões e outros custos pagos na data de emissão [por Portugal]", refere o boletim do IGCP. Mesmo assim, este não é o valor do custo total do empréstimo concedido pela troika até agosto: sendo a taxa de juro média de 3,2%, os encargos totais, incluindo juros, ascenderão a 2,1 mil milhões de euros. Ontem, Portugal pagou uma dívida superior a 5,5 mil milhões de euros, mas não conseguiu regressar aos mercados financeiros, como pretendia desde setembro de 2012. No ano passado, segundo o relatório anual do IGCP ontem divulgado, o empréstimo da troika custou a Portugal mais de 1,1 mil milhões de euros. Deste valor total, mais de mil milhões de euros dizem respeito a juros e o restante a comissões. O relatório do IGCP revela que, entre 2007 e 2012, os Certificados de Aforro, um dos instrumentos de poupança preferidos dos portugueses, perderam sete mil milhões de euros. A vitória de Angela Merkel baixou os juros da dívida portuguesa".
