sábado, setembro 28, 2013

IRS tira 30,6 milhões por dia às famílias...



Li no Correio da Manhã que “o "brutal" aumento da carga fiscal anunciado pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar tem um número: 30,6 milhões de euros entregues, todos os dias, por trabalhadores e pensionistas através do IRS. A execução orçamental do mês de agosto mostra que as receitas daquele imposto já subiram mais de 30% em oito meses, e o total das receitas arrecadas com impostos aumentaram 6,3% face ao mesmo período de 2012. Com esta evolução o Estado conseguiu assim arrecadar mais 1311 milhões de euros do que em igual período do ano passado. A contrariar esta tendência está o IVA, que caiu (-2,1%), um reflexo da crise económica e do baixo consumo privado, mas que o Governo justifica por um aumento dos reembolsos, em particular às empresas exportadoras, que terão crescido 4,4% face a 2012. Se a receita fiscal subiu 6,3%, a despesa corrente subiu 6,1%. Só as despesas com salários aumentaram 4,5%, contra 3,7 por cento até julho. O Ministério das Finanças explica que "este efeito é em grande parte justificado pelo efeito da alteração na taxa contributiva das entidades empregadoras para os sistemas de proteção social (Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações). A aquisição de bens e serviços também estará a pressionar a despesa. O défice orçamental das administrações públicas atingiu os 4794,8 milhões de euros até ao final de agosto, contabilizado segundo os critérios da troika, o que representa uma melhoria de 424 milhões de euros face a julho. De acordo com a Direção Geral do Orçamento, a melhoria registada este mês verifica-se sobretudo com as contas dos serviços e fundos autónomos do Estado, que apresentam um saldo mais positivo, assim como da Segurança Social, com um excedente superior em mais de 300 milhões de euros face a julho. No final, Portugal apresenta uma margem de 2505,2 milhões de euros para cumprir a meta do défice trimestral estipulada pela troika para o terceiro trimestre do ano, atualmente nos 7300 milhões de euros. Este é um objetivo estrutural e cujo incumprimento permite à troika inviabilizar o próximo desembolso do empréstimo internacional. A troika excluí algumas das despesas e receitas, como os fundos de pensões ou os programas de regularização de dívidas dos municípios”