Li no site da RTP que "a Itália vai "inevitavelmente acabar por pedir um
resgate à União Europeia" nos próximos seis meses, a menos que consiga taxas de
empréstimo mais baixas e uma recuperação económica mais rápida. O aviso é feito
por Antonio Guglielmi, o principal analista do Mediobanca, o segundo maior banco
de Itália, num relatório confidencial trazido a público pelo diário britânico
Daily Telegraph. Segundo o relatório, o índice de risco de solvência
para Itália já está a emitir sinais de alerta, na sequência da subida das taxas
de juro sobre os empréstimos. Para Guglielmi, "o tempo está a esgotar-se
rapidamente: "A situação macro-económica não melhorou no último trimestre, pelo
contrário. Cerca de 160 grandes empresas italianas estão a gerir situações
especiais de crise". A dívida italiana é a terceira maior do mundo, logo
a seguir à dos Estados Unidos edo Japão, e está estimada em 2,1 biliões de euros
(2,1 milhões de milhões de euros). Segundo o Daily Telegraph, qualquer
perturbação nos mercados da dívida pode reacender a crise na zona
Euro. Os juros da dívida italiana aumentaram para 4,8 por cento, cerca de
100 pontos-base, desde que a Reserva Federal Americana começou a endurecer a
sua linguagem em Maio. Os juros para Espanha subiram também para 5,1 por cento,
enquanto os de Portugal atingiram os 6,7 por cento. "O Banco Central
Europeu tem de tomar medidas bastante agressivas para contrariar esta subida",
disse ao Telegraph Marchel Alexandrovich da Jefferies Fixed
Income. "Se o BCE não atua, podemos ver todos os ganhos dos últimos nove meses
desaparecer em duas semanas, levando a zona Euro à estaca zero outra vez".