quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Discurso de Passos na Faculdade de Direito novamente ensombrado por protestos...

Segundo o Dinheiro Vivo, "o primeiro-ministro esteve hoje na Faculdade de Direito de Lisboa, onde participou num debate promovido pela JSD acerca da reforma do Estado. Protestos por parte dos estudantes marcaram a visita. Durante o seu discurso, Passos Coelho sublinhou a diferença entre o resgate atual do FMI e o que teve lugar há trinta anos, destacando a moeda única como a principal diferença que criou a ilusão de que Portugal poderia fazer empréstimos sem limites devido ao financiamento barato. "O nosso grande problema é sabermos quantos anos demoraremos a pagar a dívida" afirmou, não querendo no entanto alongar-se neste tópico. Para o primeiro-ministro, uma das causas da dívida excessiva contraída por Portugal deveu-se à "irresponsabilidade permitida" pela União Europeia e ao "livre exercício" que a nação teve dessa liberdade. "Durante os últimos trinta anos houve um declínio económico disfarçado pelas políticas de crédito" acrescentou, salientando a importância de Portugal criar uma poupança estrutural com o objetivo de ter um Estado sustentável. Passos Coelho defendeu ainda que em Portugal se nota a diferença entre duas gerações. Se, de um lado, afirmou estar a geração mais jovem, licenciada, que fala várias línguas e tem grande facilidade de circulação na Europa, do outro colocou a geração mais velha que "escapa a este processo". Em termos europeus defendeu ainda mais integração política entre os estados através "das possibilidades do Tratado de Lisboa ou pela discussão da revisão do Tratado". O primeiro-ministro concluiu o discurso afirmando que, para pagar o Estado social e ainda ter algum vigor económico e político, "temos de repensar a nossa organização" e "adaptar a sociedade". Os protestos fora da sala de conferências onde discursou Passos Coelho entupiram os corredores impedido a saída do primeiro-ministro e tornando difícil aos seguranças a criação de uma abertura para a sua passagem, à semelhança do que aconteceu na semana passada com o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, à saída do ISCTE"