terça-feira, fevereiro 26, 2013

Com menos custos e mais audiências: “Redimensionamento” da RTP/Açores inclui “rescisões amigáveis”

Segundo o Correio dos Açores, "o presidente do Conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, anunciou que o plano de desenvolvimento e redimensionamento da televisão pública nos Açores passa por rescisões amigáveis, contenção de custos e aumento de audiências. O presidente da RTP, que falava na cidade da Horta, no final de uma audiência com o presidente do Governo regional, Vasco Cordeiro, afirmou que o futuro da RTP no arquipélago passa por adaptar os custos da empresa às suas receitas e melhorar o planeamento interno. Segundo explicou, o plano de redimensionamento da RTP/Açores, que a administração da empresa e o Governo regional esperam concluir até 31 de março, contempla rescisões amigáveis que têm de se fazer e que vão ser feitas com alguns trabalhadores da empresa, cujo número não definiu. Mas há outras áreas de custos onde, tanto no continente como nos Açores e na Madeira, podemos reduzir, adiantou Alberto da Ponte, referindo-se à necessidade de melhorar o planeamento, nomeadamente preferir recursos internos aos externos e renegociar com fornecedores.Outro objectivo é o crescimento das audiências da RTP/Açores: Se ninguém nos vê e ninguém nos ouve, não há televisão nem há rádio para ninguém, afirmou. Alberto da Ponte considerou, no entanto, fundamental a afirmação de um serviço público açoriano de rádio e televisão, cuja missão e objectivos serão redefinidos dentro de um mês, em conjunto, pela administração da RTP e pelo Governo Regional.
Vasco Cordeiro considerou, por seu lado, positivo que a administração da RTP pretenda definir um rumo para a RTP/Açores, afirmando que a situação que ainda se vive neste sector não podia, de forma alguma, continuar.  O Presidente do Governo dos Açores, considerou mesmo muito útil a reunião que teve com o presidente do Conselho de Administração da RTP, salientando que foi possível chegar a um entendimento Esse é um dos aspectos que valorizo como conclusão desta reunião, sobretudo pelo trabalho que foi acordado agora da parte do Conselho de Administração da RTP, com a indicação de interlocutores, e da parte do Governo Regional, também com a indicação de interlocutores, quanto ao que deve ser feito, ou seja, que televisão e que rádio pública melhor servem os Açores e, melhor servindo os Açores, melhor servem o país no seu todo, afirmou Vasco Cordeiro em declarações aos jornalistas na Horta. Desta reunião não sai, e também não era esperado que saísse, a solução para a RTP/Açores, afirmou o Vasco Cordeiro, acrescentando que, porém, ficaram definidas uma série de pressupostos com vista a melhorar o futuro da empresa.
O chefe do Executivo açoriano recordou ainda os contributos que a Assembleia Legislativa dos Açores já deu, num relatório que define as exigências de um serviço público de rádio e televisão nas ilhas, defendendo que deve ser levado em conta.
Vasco Cordeiro afirmou também que os anteriores governos regionais fizeram um esforço para ajudar no reforço da capacidade tecnológica e da presença da RTP nas nove ilhas do arquipélago, através da atribuição de apoios financeiros que entende não haver razões para deixar de atribuir. O Presidente do Governo frisou que, neste processo de definição do futuro da RTP Açores, há que começar pelo princípio, há que trazer para este processo de definição quais os objectivos, qual a função e o que deve servir a rádio e a televisão públicas na Região. Desta reunião não sai, porque também não era suposto que isso assim acontecesse, a solução para a RTP/Açores, mas devo registar como positiva a abertura da parte do presidente do Conselho de Administração, no sentido de se encontrar este rumo que, da parte do Governo dos Açores, e não é agora, é tão necessário para a rádio e para a televisão públicas nos Açores, frisou"