quinta-feira, janeiro 31, 2013

Com bloqueio no resgate europeu, Chipre pede empréstimo por mais tempo à Rússia!!!

Escreve o jornalista do Jornal de Negócios, Diogo Cavaleiro que "o Ministro cipriota das Finanças quer que a Rússia estenda a maturidade de um empréstimo por seis anos.A dificuldade nas negociações para um resgate europeu ao género da troika, como o recebido por Portugal e Irlanda, está a levar a pequena ilha do Chipre a procurar uma maior ajuda por parte da Rússia. Foi nos Países Baixos que o ministro cipriota das Finanças, Vassos Shiarly, afirmou que pediu um prolongamento da maturidade de um empréstimo da Rússia de 2,5 mil milhões de euros. Actualmente, o vencimento do título de dívida está previsto para 2016 mas o Chipre propõe reembolsá-lo em 2022, segundo conta a Reuters. “Temos estado em contacto com eles [Rússia]. Os indícios apontam todos, e também o esperamos, para que estas extensões venham a tornar a nossa dívida sustentável”, afirmou o ministro numa comissão parlamentar nos Países Baixos. Shiarly marcou presença naquele parlamento para responder a questões relativas ao resgate a efectuar pela União Europeia. Além da assistência russa, a ilha do Mediterrâneo pediu ajuda externa à Comissão Europeia e ao Fundo Monetário Internacional para conseguir enfrentar as dificuldades financeiras, de que os bancos são um dos principais afectados. Contudo, a sua concretização tem sido difícil. Em primeiro lugar, as estimativas apontam para um empréstimo financeiro na ordem dos 17 mil milhões de euros. A questão é que este valor corresponde à riqueza que o país produz num ano, o que levanta dúvidas sobre a sua sustentabilidade. Depois, há, igualmente, a incerteza relativa ao valor sistémico do país, ou seja, se o seu incumprimento iria prejudicar o desempenho dos restantes países da Comissão Europeia. O que o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, veio dizer é que não há um risco sistémico para a Zona Euro, tendo sido contrariado por Mario Draghi. Para o presidente do BCE, uma falência cipriota iria colocar em causa o regresso aos mercados da Irlanda e de Portugal. A acrescentar a isso, como conta a Reuters, há ainda suspeitas sobre a utilização dos bancos do Chipre, os principais alvos do resgate, para crimes de branqueamento de capitais e pela sua relação próxima com a Rússia, algo que dificulta o entendimento para o resgate europeu ao risco"