sexta-feira, novembro 23, 2012

Qual seria a seleção de uma Catalunha independente?

Segundo o DN de Lisboa, "os comentadores desportivos João Rosado e António Tadeia explicam ao DN o que sucederia à seleção espanhola se a Catalunha tivesse seleção própria, como país. Perder jogadores da qualidade de Xavi, Puyol, Fábregas, Piqué ou Busquets, fundamentais na espinha dorsal da seleção espanhola, que é alimentada, sobretudo, pelas estrelas do Barcelona, seria uma verdadeira "bomba atómica" desportiva em Espanha. Isso poderia acontecer se a Catalunha se tornasse um Estado independente e reclamasse uma seleção nacional própria. No entanto, para o comentador desportivo João Rosado, mais problemático do que a ausência dos craques catalães numa nova seleção espanhola, seria "a dificuldade em conseguir implantar o estilo de jogo atual, inerente ao modelo do Barcelona", numa nova equipa só com jogadores espanhóis. Contudo, João Rosado acredita que La Roja continuaria "muito forte", porque Espanha "tem um campo de recrutamento enorme com jogadores de grande qualidade". Para o comentador desportivo António Tadeia, Espanha ficaria obviamente mais fraca com as saídas dos jogadores catalães, mas uma seleção da Catalunha "dificilmente se tornaria uma potência europeia", atendendo às idades avançadas de alguns dos principais jogadores do Barcelona. No entender de António Tadeia, "a Espanha, mais facilmente do que a Catalunha, encontraria jogadores para suprir as ausências". Apesar de a seleção da Catalunha poder passar a contar com jogadores importantes, como sejam também Valdés, Jordi Alba ou Bojan, Espanha seria sempre "uma seleção muito mais forte e com melhores opções", diz. Além dos jogadores referidos, uma seleção da Catalunha ainda poderia contar com jogadores como Cristian Tello, Deulofeu e Bartra (Barcelona), Jordi Gómez e Albert Crusat (Wigan), Ignasi Miguel (Arsenal), Ruben Miño (Maiorca) ou Capdvila (Espanhol), entre outros".