Segundo o Correio da Manhã, num texto da jornalista Diana Ramos, "o fundador do BPI e actual líder da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, vai receber uma reforma anual superior a 351 mil euros. A Segurança Social entra com mais de 43 mil euros nesse total. Por mês, a pensão é de 25 mil euros. Segundo o relatório e contas do BPI, Santos Silva - que passou à situação de reforma a 18 de Outubro de 2011 mas mantém o cargo de presidente não executivo - tem atribuída uma pensão anual de 351 237 euros, "dos quais 43 602 a pagar pela Segurança Social e 307 635 pelo banco". Ao CM, o banqueiro explica que "o pagamento da pensão pela Segurança Social não tem qualquer relação com o processo e transferência" do fundo de pensões da Banca para o Estado. "Recebo da Segurança Social porque estou integrado no regime geral e efectuei contribuições para este regime entre 1986 e 2011", adianta. Santos Silva acrescenta que "a pensão foi apurada de acordo com as regras legais do regime geral, em consequência daquelas contribuições", a que acrescem oito anos de descontos para o regime da Função Pública. "Não vejo razões para crítica, porque estou a exercer um direito decorrente do meu passado contributivo", sublinha. O banqueiro disse ainda ao CM que, como só se aposentou no final de Outubro, em 2011 "o montante [da pensão] efectivamente a cargo da Segurança Social foi de 13 981 euros". No ano passado, o presidente do conselho de administração do BPI teve rendimentos totais superiores aos do líder executivo do BPI. Enquanto Fernando Ulrich recebeu 601 187 euros - entre salário fixo e variável -, Artur Santos Silva ganhou 607 053 euros, mais 5866 euros. Em 2011, o também líder da Gulbenkian recebeu uma remuneração de 488 214 euros pelo cargo de presidente do conselho de administração do banco, a que se somaram 58 539 euros de reforma e 60 300 euros de senhas de presença".
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