quinta-feira, maio 31, 2012

Médico que denunciou Bin Laden condenado a 30 anos

Li no DN de Lisboa que “o médico paquistanês que ajudou a CIA a encontrar o paradeiro de Bin Laden foi condenado a 30 anos de prisão. Shakil Afridi foi acusado de traição e julgado de acordo com a lei tribal paquistanesa por ter ajudado os Estados Unidos a capturar Bin Laden. Foi graças a um falso plano de vacinação contra a hepatite B que o médico conseguiu o DNA de Bin Laden que provou a sua presença no Paquistão. De acordo com a BBC, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, já apelou à sua libertação, argumentando que Shakil Afridi defendeu os intereses do Paquistão e dos Estados Unidos da América ao ajudar à descoberta do local onde se encontrava escondido Bin Laden, mas as autoridades paquistanesas não parecem dispostas a fazê-lo. Desde a operação especial do exército norte-americano, que levou á morte de Bin Laden, o governo paquistanês ficou numa posição delicada devido ao líder da Al Qaeda, com mandato de captura internacional, ter sido descoberto no Paquistão. O governo paquistanês acusou os Estados Unidos de violação da sua soberania nacional, e pouco tempo depois de Bin Laden ter sido morto pelos norte-americanos, o doutor Afridi foi preso pelas autoridades paquistanesas por conspiração contra o país. O Paquistão argumenta que qualquer país faria o mesmo se descobrisse que um dos seus cidadãos trabalhava para uma agência de espionagem estrangeira. O médico foi considerado culpado de traição e, além da pena que terá de cumprir, fica obrigado a pagar uma multa de 3.500 dólares. Caso não o faça vê a sua pena aumentada para mais três anos de cadeia. Este caso vem assim deteriorar ainda mais as relações entre os dois países, acentuando o clima de desconfiança entre ambas as partes”.

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