quarta-feira, maio 23, 2012

Desemprego pressiona contas da Segurança Social em Abril!

Li no Económico, em texto das jornalistas Marta Moitinho Oliveira e Cristina Oliveira Silva que "a despesa com subsídio de desemprego e apoio ao emprego continua a ter forte impacto nas contas da Segurança Social. Só até Abril, já foram gastos 853,3 milhões de euros, o equivalente a 41,7% do que a Segurança Social espera gastar no total do ano. Os dados constam da execução orçamental publicada pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) e farão parte dos dados globais da execução orçamental do Estado. A despesa relacionada com desemprego continua a crescer em comparação homóloga subindo, até Abril, 21,4%. Isto, apesar de uma ligeira desaceleração em comparação com os três primeiros meses do ano. A taxa de execução de 41,7%, assumida no documento, está acima do padrão de segurança, que aponta para uma execução de 33,3%. O Governo já admitiu que o combate ao desemprego é a prioridade número um, sendo assumido como o maior risco para a execução orçamental. O Executivo já tomou medidas para conter os gastos com prestações sociais, com as alterações ao subsídio de desemprego que entraram em vigor em Abril, mas os impactos só se farão sentir mais para a frente. O aumento do desemprego não se reflecte apenas na despesa com prestações sociais mas também nas contribuições. E até Abril, esta rubrica registou uma descida de 2,8%, acima do verificado até Março, que registou uma quebra de 2,5%. Também foi em Abril que o Executivo suspendeu o acesso a reformas antecipadas (excluindo desemprego de longa duração) mas os números publicados demonstram que as contas públicas ainda não beneficiam dessa medida. De acordo com o documento da Segurança_Social, o gasto com pensões (incluindo todas as reformas, mesmo a dos bancários) ascendeu a mais de 4,4 mil milhões de euros, 8,8% acima do registado no período homólogo. Até Março (antes da suspensão), o aumento até era um pouco mais contido (8,5%). Contas feitas, o saldo global desceu para 275,3 milhões de euros quando, até Março, ficava em 278,2 milhões".

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