Não tardou muito. Bastou que ontem fosse publicada uma notícia sobre saúde e logo o CDS saltou a terreiro a exigir um debate urgente sobre a saúde. Ou seja, o CDS - ou melhor dizendo o médico e agora deputado Mário Oliveira, que ainda por cima preside à Comissão Parlamentar de Saúde - apressa-se a apagar incêndios com gasolina, sem antes saber o que realmente se passa. Não quero cair no erro grosseiro de fazer considerações com base em juízos de valor especulativos e sem correspondência com a realidade. Mas a saúde não pode ser usada como palco para ajustes de contas pessoais, que aliás têm alguns anos e são públicas, ainda por cima quando constatamos que existem determinados serviços hospitalares que por alguma razão ficaram privados de idoneidade formativa sem que exista preocupação em apurar responsabilidades e identificar causadores. Por muita facilidade que alguns tenham, hoje como no passado, quer por iniciativa própria, quer usando determinados (conhecidos) canais de veiculação de temas para notícias ou sugestões para reportagens, a verdade é que a política séria não se compadece com esta estranha confusão entre o seu exercício sério e ponderado e ajustes de contas ou motivações que têm apenas a ver com conhecidas questões pessoais e/ou profissionais mal resolvidas.
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