sexta-feira, março 30, 2012

DN de Lisboa: Miguel Albuquerque lança- se para a sucessão de Alberto João Jardim

Segundo a jornalista do DN de Lisboa, Lília Bernardes, "o presidente da Câmara do Funchal diz que será candidato à liderança do PSD regional mesmo que Jardim não cumpra a promessa de não se recandidatar. Nada será como antes no PSD/ Madeira. Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal, quebrou o ciclo de mais de três décadas de Alberto João Jardim, ao anunciar a sua candidatura à sucessão na liderança do partido. Albuquerque inicia agora o processo de recolha das cem assinaturas necessárias e cria uma situação inédita nos mais de trinta anos de “jardinismo”.“O congresso deve realizar- se nos prazos estatutários ( ou seja, final de 2013/ início de 2014) mas a minha posição é simples: vou candidatar- me à liderança do partido”, reiterou Albuquerque, à margem de uma iniciativa cultural da autarquia Mas é de prever que outros “delfins” de Jardim avancem. Caso de Miguel de Sousa, vice- presidente da Assembleia Legislativa que, em declarações em DN, admitiu essa hipótese, ele que em tempos foi o primeiro sucessor designado por Jardim. Falando ao DN, este exvice- presidente do governo regional considerou “legítima” a candidatura de Albuquerque até porque “ele sempre demonstrou essa disponibilidade”. “Portanto – concluiu – segue um caminho de coerência. Agora, se será bem- sucedido ou não logo se há de ver, se haverá outros candidatos. Se calhar também já sou um concorrente...”
Mas o caso de Albuquerque é diferente. Há muito entrou em rota de colisão com o líder. Apesar de Jardim ter garantido não se recandidatar no próximo congresso, tal não significa que cumpra a palavra. Já o fez várias vezes. Colocado o cenário, Albuquerque manteve- se firme na decisão minimizando o impacto desta sua atitude no relacionamento com o presidente do Governo Regional. “Temos de começar a encarar a democracia como um modus vivendi, vivemos em democracia e o PSD- M é um partido democrático, por isso não há nenhum drama em qualquer militante apresentar um projeto de liderança”, disse. Albuquerque não pode recandidatar- se ao Funchal nas autárquicas de 2013 por limite de mandatos. E já lançou o seu candidato à câmara, Bruno Pereira, atual vice- presidente da autarquia. Mas para este cargo Jardim prefere o ex- eurodeputado Sérgio Marques, antevendo- se a possibilidade de, em resposta, Bruno Pereira liderar uma lista de independentes – embora, segundo o DN apurou, prefira uma solução de consenso. Dados concretos, por enquanto, só há um: o agora candidato quer “renovar” e abrir o PSD à “participação” pois “é bom que os militantes possam exprimir- se relativamente às diversas alternativas em confronto”. Num partido habituado a unanimismo, defende que o seu objetivo é “estimular o partido e provocar um debate” interno, pondo “várias alternativas em confronto” pois “o pior que pode existir são falsos consensos”. Para o presidente da Câmara do Funchal, os tempos mudaram e “este é o momento” para o PSD regional “ganhar novas energias e novos apoios para continuar a liderar a região autónoma da Madeira apresentando- se aos madeirenses com uma nova dinâmica e sentido de intervenção política”. Perante o quadro de uma população fustigada pelo aumento de impostos e desemprego “temos de inverter a situação que a região vive neste momento”, ou seja, “não podemos ser aventureiros”. Ainda sobre a sua candidatura foi direto: “Não podemos estar com mais exercícios de hipocrisia ou simulação. Vivemos num país democrático e este é o timing oportuno para tomar esta decisão.”
Reações?
Jardim recusou tecer qualquer comentário. Os jornalistas nem conseguiram entrar na Quinta Vigia, presidência do Governo, por ser já “cinco e meia da tarde”, disse o porteiro. Mas outros deram a voz. Paulo Fontes, um dos nomes há anos apontado como sucessor de Jardim quando ocupava o cargo de secretário das Finanças, reconheceu ao DN que “qualquer militante do PSD tem o direito de se apresentar como candidato”. “Se isso é a vontade do Miguel Albuquerque, muito bem. É natural, o presidente do partido ( Jardim) não se candidataria no próximo congresso abrindo assim o caminho a eventuais candidatos. Temos é que ter condições para que haja o máximo de coesão e de união do partido. Portanto, todos os que colocarem na corrida têm de pensar que primeiro está a Madeira e depois o PSD”, referiu o deputado social- democrata

DR: publicado orçamento regional para 2012

Foi hoje publicada no Diário da República a Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira n.º 20/2012/M. (DR nº 65, Série I de 30.03.2012), da Assembleia Legislativa que "Aprova o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira para o ano de 2012".

No mesmo Diário da República foi publicado o Decreto Legislativo Regional n.º 5/2012/M (DR nº 65, Série I de 30.03.2012), da Assembleia Legislativa, que "Aprova o Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2012".

PSD: calendário de reuniões definido

O PSD da Madeira tem um calendario político definido no início deste ano. A Comissão Política Regional já agendou as suas reuniões mensais até final do ano, a próxima das quais será a 17 de Abril, enquanto que o Conselho Regional também já agendou as suas reuniões trimestrais para 29 de Junho, 15 de Setembro e 1 de Dezembro deste ano.

PSD: uma estranha hostilização (?) a Sérgio Marques

Tem causada alguma surpresa toda esta movimentação em torno da Câmara do Funchal. O nome de Sérgio Marques, podendo ser uma hipótese - e não me repugna nada aceitar que é um dos nomes em cima da mesa - não está confirmado, longe disso, até porque o assunto não foi colocado na Comissão Política Regional nem o PSD da Madeira debateu sequer essa temática, até porque estamos a mais de um ano de eleições e com um processo legislativo em curso - a que poderá seguir-se o eleitoral - do qual poderão resultar alterações ao figurino actual das autarquias na Região. A surpresa resulta do facto de ser dada como adquirida uma boa relação pessoal entre Sérgio Marques e Miguel Albuquerque a que se junta o facto, aliás conhecido por alguns sectores do PSD da Madeira, que o autarca funchalense chegou a pensar em Sérgio Marques como candidato à Assembleia Municipal do Funchal nas últimas eleições. Isto leva-me a pensar que, mais do que a candidatura de Sérgio Marques, o que poderá ter influenciado certas decisões foram outros factores, que certamente não passaram despercebidos aos mais atentos, circunscritos a essas notícias divulgadas pelo DN local. Há mesmo fontes próximas de MA que garantem que não é a eventualidade de uma candidatura de Sérgio Marques a ser posta em causa, sem adiantarem contudo mais pormenores. Provavelmente ligados a outros nomes também atirados para a praça pública.

PSD: forçar Congresso em 2013 só por causa das autárquicas?

A interpretação que eu faço - correndo o risco de estar errado, porque não falei com o próprio - da intenção de candidatura de Albuquerque é a de que este pensou num cenário sem Jardim, ou seja, deu por adquirido, até por indicações dadas pelo Presidente do Governo Regional, que este não seria candidato à liderança do partido nem do governo (2015). Essa situação provavelmente - repito, provavelmente - manter-se-á caso se cumprisse o calendário pensado. Na eventualidade do PSD da Madeira, ao abrigo das normas estatutárias, ser forçado a convocar antes de 2014 o seu Congresso Regional, a possibilidade de Jardim aceitar envolver-se numa disputa pela liderança, mesmo quer não fosse essa a sua intenção, parece ser hipótese admitida em vários sectores do partido. Resta saber, considerando todos estes itens, se Miguel Albuquerque mantém a intenção de forçar o Congresso nos prazos estatutários ou se acatará a decisão que vier a ser tomada pelo Conselho Regional - porque nenhuma decisão foi ainda tomada nesse sentido - de que a reunião magna laranja apenas ocorra em 2014. O que algumas fontes me garantem, é que esta análise, podendo ser válida em determinados contextos, poderá deixar de o ser caso a intenção de Albuquerque seja a de tentar a eleição para a liderança do PSD madeirense para poder decidir sobre as candidaturas autárquicas em 2013. Aliás, e bem vistas as coisas, não há nenhuma outra explicação para a possibilidade de uma alegada tentativa de forçar a reunião magna social-democrata o que desde logo não deixaria de ser estranho.

PSD: "empurrão" em Lisboa?

Por outro lado, sectores próximos de Alberto João Jardim garantem que o Presidente da Câmara do Funchal, que durante o recente Congresso do PSD em Lisboa - não sei porque nem lá fui - terá tido encontros com personalidades afecta a Passos Coelho, nomeadamente com o ministro Miguel Relvas. Supostamente admitem que essa proximidade do autarca do Funchal à ala dirigente do PSD nacional, e a alguns sectores do governo, poderia funcionar como um trunfo a utilizar pelo próprio na corrida para a liderança do PSD. Provavelmente a contar também com a possibilidade do CDS poder envolver-se, mesmo que indirectamente, num compromisso de entendimento político alargado com um PSD da Madeira liderado pelo Presidente da CMF. O que ninguém consegue explicar, justificadamente, é se existe alguma relação próxima entre esses encontros de MA em Lisboa e a decisão agora anunciada quanto ao PSD da Madeira. Fica apenas a especulação, não mais que isso

PSD: tudo por causa da CMF?

De acordo com o que tem sido posto a circular internamente, a decisão de Albuquerque poderá estar relacionada, por um lado com a sucessão de notícias sobre as candidaturas à Câmara Municipal do Funchal e, por outro, com a alegada lista de "independentes" que, a confirmar-se, estaria sobretudo a contar com o apoio de alguns partidos da oposição, nomeadamente o MPT e CDS. Esta candidatura "independente" seria dificultada quer pela recusa dos partidos da esquerda (PS, PCP e Bloco), quer pelo PND de a apoiarem, a que se juntava a candidatura própria do PSD. Poderiamos estar deste modo perante um cenário de fracasso anunciado dessa candidatura dita "independente" (porque protagonizada por militantes e actuais dirigentes do PSD...), que nunca conseguiria a maioria absoluta na edilidade funchalense e que provavelmente assumiria, repito, num cenário fragmentado, um papel irrelevante. Ora o que se coloca em cima das mesa é saber se, por exemplo, Bruno Pereira e Rubina Leal, ambos membros das vereação e membros da Comissão Política Regional do PSD, estariam dispostos a correr esse risco, dado que o seu afastamento do PSD, até por sua própria iniciativa, seria praticamente inevitável. Seria estando, de resto, que estando de saída da CMF por imposição legal, todas estas movimentações tivessem apenas a ver com a edilidade funchalense e com a perspectiva de que importará manter ali alguma influências, conforme sustentam alguns sectores que embora não publicamente, se posicionam claramente contra a decisão de MA.

PSD: o calendário de Jardim

Alberto João Jardim já tinha estabelecido o seu calendário: eleições autárquicas em 2013, congresso regional em 2014, substituição imediata na liderança do PSD e do Governo Regional pelo novo líder do PSD (para o efeito teriam que ser cumpridas as disposições estatutárias e constitucionais porque para todos os efeitos estaríamos perante um novo governo regional) e eleições regionais em 2015. O que entretanto foi posto a circular é que Jardim, caso o Congresso fosse antecipado para 2013, contra sua vontade, poderia candidatar-se à liderança do PSD, enfrentando desta forma Albuquerque, num cenário que, presumo, não seria o pensado por este. Julgo que os órgãos partidários, particularmente o Conselho Regional - o mais importante entre Congressos - terão competência para aprovar uma proposta de realização do Congresso não na data estatutária mas em 2014.

PSD: Coito Pita não é candidato nenhum

Já começou a especulação. O deputado, antigo dirigente da JSD e membro da Comissão Política Regional do PSD da Madeira não é, não anunciou nem faz intenção de apresentar candidatura a coisa nenhuma. Deixemo-nos de especulações.

Uma voz (e uma dignidade) fantástica

As novidades do rectificativo

Li no Negócios que "a proposta de Orçamento Rectificativo, avançada em primeira mão na edição do Negócios de ontem, traz várias novidades muito relevantes. Conheça as principais

- Proibidos pagamentos em dinheiro acima de €1.000

As compras de valor superior a mil euros feitas a empresas não poderão ser pagas em dinheiro vivo. A lei passa a prever que têm de ser realizadas através de cheque, débito directo ou transferência bancária. O patamar de mil euros substituirá o actualmente previsto na Lei, que ascende a 9.700 euros. O alvo são os pagamentos efectuados a empresas (contribuintes de IRC) e a sujeitos passivos do IRS obrigados a manter contabilidade organizada. O objectivo é combater a economia informal.

- Movimentos com cartões na mira do fisco

Sempre que tal seja necessário, por exemplo no âmbito de uma inspecção fiscal, o Fisco pode pedir aos bancos e sociedades financeiras toda a informação sobre movimentos com cartões de crédito e débito realizados para a conta de um contribuinte, sempre sem identificar a respectiva origem. A medida vem no seguimento de uma outra, recentemente concretizada, que já obrigava as instituições financeiras a fornecerem esta informação anualmente.

- Governo altera estatutos dos magistrados

Tanto o estatuto dos magistrados judiciais como o do Ministério Público passam a conter normas que prevêem expressamente os cortes salariais previstos para a Função Pública no Orçamento do Estado para 2012. Para que não se coloquem dúvidas de que os magistrados também são abrangidos, sobretudo em tribunal, no âmbito de acções judiciais.

- Recibos verdes podem baixar descontos a meio do ano

Quem tiver uma quebra abrupta de rendimentos poderá pagar menos à Segurança Social, desde que obtenha uma declaração comprovativa do Fisco nesse sentido. É mais uma medida do rectificativo que permite aos independentes mudar de escalão e fazer menos descontos desde que, em cada período de três meses, registem alterações significativas do seu rendimento.

- Segurança Social comunica por e-mail

Os trabalhadores independentes que liquidem IVA e as sociedades colectadas em IRC, bem como aqueles que tenham dívidas em fase de execução fiscal, passam a ter de concentrar a sua correspondência com a Segurança Social num email dos correios. O endereço será o mesmo que já vigora para efeitos fiscais, sendo que o próprio Fisco comunicará à Previdência os endereços electrónicos de que já dispõe. Os contribuintes terão de subscrever este meio de comunicação até 30 de Junho deste ano e as comunicações via Net iniciam-se a 1 de Julho.

- Dirigentes camarários serão despromovidos

Os 3.138 dirigentes municipais das 308 câmaras nacionais vão ser reduzidos. Só não se sabe ainda quanto: o Orçamento Rectificativo dá um mês ao Governo para publicar a legislação que assegure uma redução de, pelo menos, 15% dos dirigentes. Mas no Documento Verde da Reforma da Administração Local o Executivo vai bem além desta meta e prevê um corte de 50%. O número final deverá situar-se entre estes dois.

- Fundo de desemprego dos recibos verdes pago à custa da reforma

A taxa de 5% que as empresas que contratam falsos recibos verdes estão obrigadas a pagar vai ser usada para pagar o subsídio de desemprego destes trabalhadores. Essa verba servia para robustecer a futura pensão, mas agora financia o subsídio.

- Depósitos no 'offshore' da madeira perdem benefícios

Os clientes dos bancos que ainda mantêm presença na Zona Franca da Madeira vão perder as isenções de IRS e IRC que até agora os beneficiavam sempre que recebiam juros de depósitos. Em causa estão sobretudo clientes não residentes em Portugal, em especial emigrantes, e os clientes que residem na Madeira"

Depósitos no offshore da Madeira perdem incentivos

Li no Jornal de Negócios que "os clientes dos bancos que ainda mantêm presença na Zona Franca da Madeira vão perder as isenções de IRS e de IRC que até aqui os beneficiavam sempre que recebiam juros de depósitos. Estão em causa clientes não residentes em Portugal, com especial enfoque para os emigrantes e também aqueles clientes bancários que têm residência no "offshore". A medida consta da proposta de Orçamento Rectificativo que hoje será discutida em Conselho de Ministros, que, ao acabar com o número 6 do artigo Estatuto dos benefícios fiscais (EBF), vem clarificar uma dúvida de interpretação que os bancos vinham levantando desde o Orçamento para 2012 e que já tinha motivado pedidos de informação vinculativa".

Portugal condenado por milhões de subsídios ilegais no Turismo

Escreve o Jornal de Negócios num texto da jornalista Eva Gaspar que "o caso remonta aos anos 90 e ao primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico (FIIT) que se limitou a comprar imóveis para depois os arrendar, com opção de compra, aos antigos proprietários. Com fundos públicos europeus.O Tribunal Europeu de Justiça condenou hoje o Estado português pelo uso indevido de milhões de euros de fundos estruturais no sector do Turismo. Os juízes deram razão à Comissão Europeia que já em 2009 decidira cortar 13 milhões de euros às transferências prometidas para Portugal por considerar que haviam sido financiados projectos em idêntico montante que não ofereciam garantia de qualquer valor acrescido para o desenvolvimento da região em que se inseriam, em violação dos princípios que regem a atribuição dos fundos estruturais. Lisboa protestou, recorreu à justiça, mas acaba de perder a causa.O diferendo remonta a 1994, quando os Orçamentos comunitários ainda se escreviam em ecus, e ao programa “Modernização e diversificação da oferta turística de alojamento e animação” que se inseria no segundo Quadro Comunitário de Apoio (QCA). O objectivo era agilizar investimentos no alojamento turístico, tendo sido criado para esse efeito o primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico, o FIIT.Entre 1994 e 1999, refere o tribunal, as actividades do FIIT consistiram na aquisição de dezasseis imóveis que foram depois arrendados aos antigos proprietários, que ficaram com a opção de compra no termo do arrendamento. "O uso que os arrendatários podiam dar a estes imóveis limitava‑se, de acordo com as condições impostas pela entidade gestora do FIIT, à exploração hoteleira ou à actividade de agência de viagens". Ou seja, os beneficiários tinham de dar fundamentalmente seguimento à actividade anterior, sem exigências adicionais – a de que criassem, por exemplo, mais postos de trabalho.A Comissão Europeia protestou, alegando que as actividades do FIIT não se inscreviam nos objectivos do FEDER. E o Tribunal acaba de lhe dar razão, validando o corte decidido nas transferências seguintes para o país. Dizem os juízes, que a mera exigência de os beneficiários terem de "prosseguir as suas atividades turísticas ou, em certos casos, de melhorar a aparência dos seus bens hoteleiros não garante minimamente que o capital posto à sua disposição pela referida intervenção produza efectivamente um efeito socioeconómico tangível e positivo". Em conclusão, as operações de “sale and lease back” efectuadas pelo FIIT constituíam, na realidade, uma alternativa a empréstimos hipotecários, e em condições preferenciais. “O FIIT substituía-se efectivamente ao sector bancário e, em certos casos, financiava efectivamente um passivo existente", frisam os juízes"

Opinião: "FACTUALIDADE?"

"Ontem sentia-se nos meandros da política regional algum frenesim devido ao anúncio, alegadamente feito por Miguel Albuquerque (mas sem que nenhuma declaração nesse sentido seja imputável ao autarca do Funchal a confirmá-lo), da sua candidatura à liderança do PSD da Madeira no próximo congresso. Bem vistas as coisas, tal desfecho, a confirmar-se, não me surpreende. Manda a precaução que não tome por adquirida a notícia mesmo que a política se envolva, e muito, em especulações. Tudo depende das fontes e da intencionalidade subjacente a qualquer notícia.
Por um lado há que dizer que é legítimo que um militante, seja ele quem for, no PSD ou noutro partido qualquer, desde que ache que tem o perfil e as condições políticas para o fazer, se candidate aos órgãos partidários. Não vejo qual o problema disso. Em segundo lugar, quem mais atentamente segue o fenómeno da política regional – sem ignorar a polémica registada nas últimas eleições regionais, em torno da justificação para uma factual hostilização de Lisboa (e de Passos Coelho) à recandidatura de Alberto João Jardim – poderá ser levado a concluir que afinal estamos perante uma não notícia.
Duas notas prévias na contextualização de tudo isto: a partir do momento em que Alberto João Jardim dá como adquirido que este é o seu último mandato, é natural e legítimo que as alternativas de posicionem. Não vejo mal nenhum nisso, independentemente de podermos questionar a oportunidade de certas alegadas decisões que, repito, face ao corpo da notícia ontem divulgada, resultam de uma conclusão obtida pelo jornal e não de uma declaração perentória do protagonista da notícia. Aliás, notícias recentes relacionadas com a Câmara Municipal do Funchal e com as opções do PSD da Madeira foram veiculadas como decisões fechadas, quando o assunto nunca foi debatido nos órgãos próprios do partido, nem por estes foi tomada qualquer decisão. Presumo que a política ainda se faz com base em factos consumados e não especulação. A seu tempo ficaremos a conhecer todos os contornos de certas “verdades” insustentadamente apresentadas como tal.
A segunda nota preliminar, prende-se com o facto de que o PSD da Madeira não é uma monarquia nem os líderes são escolhidos a dedo com base no que se poderá considerar, monarquicamente, uma sucessão natural. Nada disso ocorre. Cabe aos militantes a decisão, quando forem chamados a votar. E devem decidir em função da conjugação dos interesses do partido, é certo, mas sobretudo considerando os interesses da Região e da sua população. Não há imposição nenhuma. Os estatutos são públicos, as regras de eleição estão definidas - sobre isso não volto a opinar, até porque já manifestei a minha opinião – pelo que as candidaturas são livres e dependem apenas da disponibilidade dos interessados.
Reconheço que sempre achei inevitável esta alegada candidatura (na altura em que escrevo este texto não ouvi nenhuma confirmação ou desmentido de Miguel Albuquerque), tal como outros no passado recente, assumiram as suas candidaturas depois não consumadas. Até porque o autarca do Funchal - que em 2013 fecha o seu ciclo na Câmara Municipal - integrou sempre o lote dos convencionados "delfins".
Dois itens justificam a minha atenção, enquanto comentador político. Em primeiro lugar a questão temporal associada à formalização do anúncio desta intenção de candidatura (supostamente é disso que se trata), na medida em que o Congresso Regional do PSD madeirense provavelmente apenas deverá realizar-se no final de 2014, depois das autárquicas de 2013. E não vale a pena andarem a falar dos estatutos porque os órgãos partidários têm competência para alterarem calendários internos. Em situações normais, estaremos a dois anos e meio dessa reunião magna do PSD regional, que ficará marcada pela não recandidatura definitiva de Alberto João Jardim. Logo após esse Congresso, eleito um novo líder partidário, o Presidente do Governo Regional passará o testemunho a quem lhe suceder na liderança do partido, dado que será este o candidato natural nas regionais de 2015. Pergunto por isso não será tempo demasiado para que esta intenção agora aventada se mantenha e não possa sofrer recuos? Em segundo lugar, questão associada à primeira, não acredito que esta alegada decisão de Albuquerque tenha alguma coisa a ver com as notícias publicadas recentemente em torno da candidatura social-democrata à Câmara funchalense (2013) e que carecem de confirmação, já que, repito, nenhuma decisão foi tomada pelos órgãos próprios do partido.
Independentemente disso, espero que não nos confrontemos nem com a confirmação de uma potencial rutura política e pessoal, nem como a constatação de que, afinal, há um projeto político, no que à Câmara do Funchal diz respeito, que poderá originar um primeiro sinal de "rebeldia" interna no partido maioritário, envolvendo como protagonistas, fazendo fé nas notícias divulgadas, membros da própria Comissão Política Regional laranja, o que não deixaria de constituir um paradoxo. Dir-me-ão que daí não advém qualquer problema. Concordo, desde que, a confirmar-se este cenário puramente especulativo, as pessoas se definam, de uma vez por todas, e tomem no tempo próprio as decisões (pessoais e políticas) adequadas, antes de darem qualquer passo.
Postas estas duas ideias, nada mais tenho a comentar. A decisão, nos termos noticiados, terá sido amadurecida podendo revestir-se por isso de uma certa irreversibilidade. O destaque informativo dado ao assunto, mais do que visar o PSD da Madeira e fomentar divisões internas, pode suscitar outras dúvidas, nomeadamente sobre a eventual existência de articulações mais extensíveis e exógenas, apostadas em gerar até ao próximo Congresso social-democrata, um ambiente de tensão que não interessaria a ninguém, incluindo Albuquerque. Acho natural e compreensível que as pessoas se interroguem sobre a possibilidade de, a reboque desta alegada decisão (ou intenção) pessoal de candidatura política - que, repito, é legítima, natural e, neste caso concreto, expectável - não estaremos também perante a conjugação desta notícia (?) com outros interesses externos ao PSD da Madeira, particularmente os sempre falados ajustes de contas com Alberto João Jardim e a expectativa da concretização de um sonho antigo, o de o derrotarem por outra via que não a eleitoral. No fundo, indo mais além, a consumação tardia da cabala política denunciada por ocasião das regionais de Outubro do ano passado e que representou para os social-democratas madeirenses uma ameaça substancialmente maior do que a pressão então exercida pela oposição ou feita na comunicação social por causa da situação financeira regional" (texto publicado no Jornal da Madeira, 30 de Maeço de 2012)

quinta-feira, março 29, 2012

Banco de Portugal: desemprego estrutural pode estar perto dos 10%!

Refere o Negócios que "o desemprego está a tornar-se cada vez mais "entranhado" na economia. Só crescimento económico não vai chegar para o reduzir a níveis "socialmente aceitáveis", diz o Banco. Desde o início do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) que todos os intervenientes dizem que o plano só será bem sucedido se puser a economia a crescer. Mas, segundo o Banco de Portugal, mesmo um crescimento económico robusto poderá não ser suficiente para "curar" o mercado laboral, que apresenta agora uma taxa de desemprego de 14%".

Empréstimos de 723 milhões de empresas públicas passam da banca para o Estado

Segundo o Jornal de Negócios, "um total de 723 milhões de euros vão passar de empréstimos das empresas públicas à banca para empréstimos ao Estado. Além da compra de créditos aos bancos de dois mil milhões de euros contraídos pelas autarquias, o Estado vai ainda ficar com empréstimos referentes a empresas públicas que integram o perímetro orçamental no total de 723 milhões de euros, de acordo com a proposta do Orçamento Rectificativo, hoje apresentada no Parlamento.A estes dois valores ainda acresce a cessão de créditos sobre hospitais no valor de 220 milhões de euros. No total, o Estado vai assumir créditos de três mil milhões de euros, tal como já tinha sido anunciado por Vítor Gaspar, ministro das Finanças, quando apresentou a terceira avaliação do programa de ajuda externa feita pela troika.Só que na altura foi apenas dito que a compra de créditos era referente a empréstimos de empresas públicas, hospitais e autarquias, mas não foi revelada a repartição.Na altura, o Governo garantiu que as obrigações contratuais de que contraiu os empréstimos se mantinha".

Governo paga 30 milhões para indemnizar consórcios do TGV

Noticia o Negócios que "a anulação do concurso de alta velocidade no troço Lisboa-Poceirão, que inclua a terceira travessia sobre o Tejo, leva Governo a indemnizar consórcios pelos custos incorridos com a elaboração das propostas. O Governo vai indemnizar em 30 milhões de euros os concorrentes ao troço Lisboa-Poceirão, referente ao projecto de alta velocidade ferroviária, concurso que foi anulado em Setembro de 2010.De acordo com a proposta de Orçamento Rectificativo, que hoje entrou no Parlamento, o Governo inscreveu uma despesa extraordinária para pagar 30 milhões de euros de "responsabilidades financeiras na área das concessões ferroviárias". E explica que ao anular o concurso para a concessão de alta velocidade Lisboa-Poceirão "impende sobre a entidade adjudicante o dever de indemnizar os concorrentes, cujas propostas não tenham sido excluídas, pelos encargos em que, comprovadamente, incorreram com a elaboração das mesmas".De qualquer forma não são referidos os consórcios que ficam de fora da indemnização devida. Os dois primeiros classificados foram os consórcios Tave Tejo, liderado pelos espanhóis da FCC, e a Altavia, liderado pela Mora-Engil. Houve um outro concorrente, a Elos, onde estava a Soares da Costa e Brisa. Além desta despesa excepcional, o Governo acrescenta uma outra para compensações nas concessões rodoviárias por causa da introdução de portagens no total de 59 milhões de euros.Estas despesas adicionais incluem-se num bolo de despesas excepcionais de 6.435 milhões de euros, sendo o bolo maior despesas com activos financeiros, onde se inclui o aumento de capital da Caixa Geral de depósitos de mil milhões de euros.Este concurso foi anulado, em 2010, pelo anterior Governo, era ministro das Obras Públicas, António Mendonça. Só quase dois anos depois é que o Estado assume a indemnização. Mais recentemente foi anulado o concurso para a alta velocidade entre Poceirão e Caia, estimando os consórcios terem incorrido em custos de 300 milhões de euros, e é esse o valor que sinalizam para a indemnização. Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, já disse que seria muito menor. E o Governo tem dito que irá bater-se para defender os interesses do Estado".

Governo assume custo de 59 milhões com fim de Scut

Revela o Jornal de Negócios que "a introdução de portagens nas auto-estradas do Algarve, Beira Interior e Interior Norte levou o Governo a introduzir um reforço na despesa de 59 milhões de euros, que consta da proposta do Orçamento Rectificativo que hoje entrou no Parlamento A regularização de responsabilidades financeiras nas concessões rodoviárias levou à inscrição na proposta de Orçamento Rectificativo, entregue hoje no Parlamento, de uma verba de 59 milhões de euros. Esta regularização decorre da introdução de portagens nas concessões rodoviárias do Algarve, Beira Interior e Interior Norte, "com direito por parte das concessionárias de reposição do equilíbrio financeiro dos contratos". São, segundo acrescenta o Governo, 59 milhões de euros.Esta é uma das despesas excepcionais do orçamento do Ministério das Finanças, no valor de 6.435 milhões de euros, sendo 97 milhões despesas efectivas e o resto despesa em activos financeiros.Tal como avançou esta semana o Negócios, os contratos de concessão que foram alterados pela introdução de portagens ainda não foram assinados. As concessionárias estão há quatro meses a entregar as receitas de portagens geradas nestas vias à Estradas de Portugal, mas não estão a receber os pagamentos acordados"

Açores recebem reforço de 135 milhões...

Afinal, segundo o Jornal de Negócios, "o Orçamento rectificativo, aprovado hoje em Conselho de Ministros, acomoda o empréstimo à Região Autónoma da Madeira (RAM) em resultado do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, mas também responde a uma solicitação extra dos Açores.No caso da Madeira, com quem Lisboa assinou contrato de financiamento de até 1.500 milhões de euros para pagamento de dívidas, prevê-se que o reforço necessário no ano de 2012 ascenda a 938 milhões de euros.O empréstimo à Região Autónoma dos Açores será de 135 milhões de euros. Esclarece o Governo que este foi solicitado pela região para refinanciamento a dívida directa".

Mais do que atribuiu à Madeira: Governo paga dívida de 1,2 milhões de euros à SRU Porto Vivo...

Li no Económico que "o pagamento da dívida coloca um ponto final num impasse que durou quase um ano. Rui Rio, presidente Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, garante que o Estado assumiu o compromisso de pagar a dívida de 1,2 milhões de euros à Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Porto Vivo. À saída das duas assembleias-gerais que se realizaram hoje, o autarca garantiu que "também foram acautelados os fundos para 2011". A recusa do Governo de garantir o pagamento do montante que dizia respeito à reposição de parte do prejuízo de dois milhões de euros da SRU em 2010, que o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), enquanto accionista maioritário, se comprometeu a fazer, causou um impasse que se mantinha há cerca de um ano. O Estado assumiu o compromisso de, no âmbito do orçamento rectificativo que foi hoje a Conselho de Ministros, pagar a verba referente a 2010 e já também nesse orçamento rectificativo pagar a verba de 2011. No que diz respeito à decisão aos órgãos sociais e ao Plano e Orçamento, assembleia-geral foi adiada para Abril".

Estado injecta 1.000 milhões de euros na Caixa!

Segundo os jornalistas do Económico, António Costa e Maria Ana Barroso, "o orçamento rectificativo prevê uma injecção de 1.000 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos. O Estado vai injectar 1.000 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos no âmbito de um reforço de capitais do banco público, já anunciado ao mercado, que deverá estar concluído no primeiro semestre, sabe o Económico. A CGD, à semelhança do BCP, BPI e ESFG (casa-mãe do BES), está obrigada pela EBA a criar uma almofada de capital para eventuais choques de dívida soberana. Essa almofada tem de ser criada até Junho, altura em que o banco estatal deverá ter atingido um rácio ‘core tier 1' de 9%. Ao contrário dos restantes bancos, ficou determinado no acordo feito por Portugal no âmbito da ajuda internacional, que a instituição liderada por José de Matos não possa recorrer ao pacote de ajuda estatal de 12 mil milhões de euros criado para a recapitalização da banca. A Caixa tem sido fortemente afectada, nomeadamente, pela deterioração da sua carteira de participações financeiras"

Veículos do BPN absorvem mais 1.100 milhões do Estado...

Li aqui que "o Orçamento Rectificativo inclui mais 1.100 milhões de euros para os veículos que ficaram com activos expurgados do BPN, a PARVALOREM e a PARUPS. De acordo com a nota explicativa que acompanha este documento, são inscritos mais 1.457 milhões de euros na rubrica passivos financeiros de Entidades Públicas Reclassificadas por via de fundos do Ministério das Finanças, para cobrir amortizações de empréstimos de médio e longo prazo. Desses, grande parte vai mesmo para estas sociedades veículo com activos do BPN que estão nas mãos do Estado, 1.100 milhões de euros.Serão ainda destinados 150 milhões de euros para o reembolso de empréstimos da REFER não incluídos anteriormente nas previsões do orçamento, outros 90 milhões de euros para a dívida de capital da Parque Escolar até ao final deste ano, 97 milhões de euros decorrente da prorrogação da amortização de operações de crédito da Estradas de Portugal, que estavam previstas do final de 2011 mas passaram para 2012, e 20 milhões para a dívida vencida e vincenda e juros da Viana Polis".

Pensionistas da banca custam ao Estado 522 milhões este ano...

Revela o Económico que "o Estado vai gastar este ano 522 milhões de euros com os reformados bancários cujos fundos de pensões foram integrados na CGA. "O esforço do Orçamento do Estado, através das transferências correntes para a Segurança Social assume um aumento no montante de 522 milhões de euros face ao orçamento aprovado para 2012. Este aumento incorpora o financiamento necessário para fazer face aos compromissos previstos em 2012 decorrentes da entrada em vigor do Decreto Lei n.º 127/2011, de 31 de Dezembro, que procede à transmissão para o Estado das responsabilidades com pensões do regime de segurança social substitutivo constante de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho vigente no sector bancário", lê-se no relatório que acompanha a proposta de lei que altera o Orçamento do Estado para 2012, hoje entregue na Assembleia da República. Os 522 milhões de euros que o Estado vai gastar com as pensões dos reformados da banca, cujos fundos de pensões foram incorporados no Estado em 2011, ficam 44 milhões de euros acima dos 478 milhões de euros estimados em Dezembro, num documento interno do Ministério das Finanças. A "necessidade de contemplar os impactos da transferência parcial dos Fundos de Pensões dos Bancos para o Estado" é, segundo o documento, o "principal factor determinante da presente alteração ao Orçamento de Estado", tendo como "impactos directos" o "aumento da receita em contas públicas (...) em 2.693 milhões de euros, que complementa a transferência realizada em 2011, e o pagamento de pensões correspondente às responsabilidades assumidas (522 milhões de euros)". Os cerca de 30 mil reformados de bancos privados cujos fundos de pensões passaram para o Estado em 2011 conseguiram manter no acordo com o Governo os direitos acordados em contratação colectiva, inclusivamente o pagamento dos 13.º e 14.º meses, apesar de o Orçamento do Estado deste ano suspender o pagamento total ou parcial dos subsídios de férias e Natal aos funcionários da Administração Pública e pensionistas com vencimentos acima de 600 euros. Ainda de acordo com o relatório que acompanha o Orçamento Rectificativo, o Estado vai assumir este ano "encargos no valor de 255 mil euros" com trabalhadores, reformados e pensionistas do BPN "a suportar através da receita proveniente da alienação de títulos". O relatório refere que a transferência do fundo de pensões do Banco Português de Negócios (BPN) para a Caixa Geral de Aposentações "tem impactos na receita de 97 milhões de euros", acrescentando o mesmo documento que a isso acresce "dois milhões de euros relativos aos rendimentos dos títulos e respectiva aplicação da carteira de títulos na totalidade (99 milhões de euros)". "No entanto, a receita não será considerada para efeitos de avaliação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro", acrescenta"

Governo prevê menos 198 milhões em receitas fiscais. Como vai tapar este buraco?

Segundo o Económico, "o Governo prevê arrecadar menos 198 milhões de euros em receitas fiscais em 2012, segundo o Orçamento Rectificativo. O Governo fez revisões substanciais às suas previsões para a receita fiscal deste ano, corrigindo em baixa a receita prevista do IVA e do imposto sobre veículos (ISV) e em alta a do imposto sobre as empresas (IRC). Estes dados constam da nota de apresentação do Orçamento Rectificativo para 2012, hoje entregue na Assembleia da República, segundo a qual o Governo espera agora arrecadar menos 198 milhões de euros que na versão inicial. O imposto onde o Governo fez a correcção mais substancial foi o IVA, maior fonte de receitas fiscais: o Governo espera agora obter menos 239 milhões de euros que no orçamento aprovado em Outubro. Esta redução poderá estar relacionada com a revisão da descida do consumo privado, que será maior do que o previsto inicialmente. Em termos percentuais, contudo, a maior revisão foi no ISV: uma redução de 21,2 por cento face a Outubro, equivalente a 158 milhões de euros, confirmando a tendência de uma redução muito significativa na venda de automóveis este ano. Estas quebras são parcialmente compensadas pelo aumento de 104 milhões de euros na receita do IRC, e por um crescimento de 97 milhões de euros na receita do imposto sobre o tabaco. Em 2011, a receita fiscal total foi 34.164 milhões de euros. Para este ano, o Governo espera agora arrecadar 35.135 milhões de euros - ou seja, mais 2,8%. Nos primeiros dois meses do ano, segundo dados da Direcção Geral do Orçamento (DGO), a receita fiscal caiu 5,3% face ao mesmo período do ano anterior. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e outros membros do Governo têm desvalorizado estes resultados negativos, considerando que o período de comparação é muito curto, que subsistem efeitos de base que deturpam os dados e que há medidas do orçamento que só terão efeito a partir de Março".

Estado assume 2.000 milhões dos empréstimos da banca às autarquias...

Diz o Económico que "o Estado vai assumir mais de dois mil milhões de euros de créditos dos bancos às autarquias. O Governo já havia anunciado uma operação de cessão de créditos na ordem dos 3.000 milhões de euros, no qual irá utilizar a receita da transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado (cerca de 6.000 milhões de euros) para dar aos mesmos bancos, ficando com a responsabilidade dos empréstimos em causa. A discriminação destes empréstimos que estavam no balanço dos bancos chega agora no orçamento rectificativo, sendo que destes 3.000 milhões de euros 2.057 milhões de euros são créditos a municípios, ficando ainda com mais 723 milhões de euros em créditos de entidades públicas reclassificadas e mais 220 milhões de euros respectivos a hospitais. Estes três mil milhões de euros fazem parte de um total de 6.338 milhões de euros de reforço feito para operações financeiras no orçamento rectificativo, estando entre elas ainda 938 milhões de euros do empréstimo à Madeira que não tinham ainda sido registados no orçamento em virtude da data em que foi finalizado o acordo. Acrescem a estes mais 357 milhões de euros em empréstimos adicionais para a REFER, a Parque Escolar, a Estradas de Portugal e a Viana Polis, mais 804 milhões de euros da participação portuguesa no Mecanismo Europeu de Estabilidade, mil milhões de euros do aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos e a execução de garantias do Europarque e do MARL na ordem dos 27 milhões de euros. O Governo inscreveu ainda mais 1.500 milhões de euros para o pagamento de dívidas em atraso há mais de 90 dias no sector da saúde, que também utilizarão parte da receita da transferência parcial dos fundos de pensões de vários bancos para a Segurança Social, não estando estes inscritos no entanto como operações financeiras". Sobre este tema leia aqui a notícia do Jornal de Negócios.

Audiências: Anunciantes, SIC e CAEM contra RTP e TVI

Li no Correio da Manhã que "depois da CAEM e da SIC, agora é a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) a criticar a decisão da TVI que decidiu romper com as audiências da GfK. Em comunicado, a APAN esclarece que está de “acordo com todas as posições e compromissos que a Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) tem tomado ao longo de todo o processo”, acrescentando que “embora respeitando as posições dos seus parceiros, não compreende como se pode pretender sair do processo nesta fase tão avançada, sobretudo sabendo-se que todas as questões e dificuldades, têm sido tratadas e ultrapassadas no seio da CAEM”. A APAN enfatiza que “não é aceitável a existência de dois sistemas de medição de audiências de um mesmo meio no mercado e que sempre respeitará o sistema aprovado pela CAEM, entidade que representa o conjunto do sector”.A Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM) estranha a decisão da TVI, que classifica como “extemporânea”, após a estação ter comunicado, por carta, que tomou a opção de “não reconhecer a validade dos dados de audiências produzidas pelo painel da GfK".A direcção da CAEM, liderada por Luís Marques, também director-geral da SIC, já “remeteu este assunto ao seu gabinete jurídico, para avaliação das consequências contratuais desta decisão e vai convocar uma reunião de associados do sector de televisão no início da próxima semana”. A posição da CAEM é apoiada pela SIC que, em comunicado, faz saber que “sempre defendeu o princípio da auto-regulação, submetendo-se às decisões aprovadas na CAEM, e não sobrepondo, ao sabor das conveniências de cada momento, os seus interesses aos consensos acordados". "Apesar de terem aprovado o novo sistema de audiências, a RTP e, agora, a TVI, querem voltar atrás, depois de apresentados os resultados do mês de Março”, lê-se nesse documento. "Foi a TVI que, em 2010, pediu uma ‘auditoria urgente’ ao sistema da Marktest, que considerou estar em ‘total descrédito’. O pedido, é bom recordá-lo, acabou por conduzir, por decisão da direcção de então, a um concurso que designou a GfK como nova empresa de medição de audiências. Isso, apesar das dúvidas manifestadas pela SIC que, em sede própria, defendeu a manutenção da Marktest e solicitou uma avaliação à proposta técnica da GfK. Efectuada essa avaliação, foi na base das respectivas conclusões que a Gfk foi confirmada como vencedora do concurso”, lê-se no comunicado da SIC. A SIC “estranha” ainda esta decisão “antes mesmo da conclusão da auditoria ao sistema da GfK, aprovado, em 12 de Março, por todos os membros da CAEM, já tenham sido tomadas medidas paralelas e unilaterais para substituir pela mesma Marktest”.

Pina Moura diz que faria o mesmo que o Governo

Segundo o Correio da Manhã, "o antigo ministro das Finanças Pina Moura reconheceu que tomaria as mesmas medidas de austeridade que o actual Governo, que disse ser o primeiro em dez anos a apresentar um rumo para o País. "O que é novo - e esse aspecto é muito importante e de saudar com muita veemência - é que pela primeira vez nos últimos dez anos este Governo mostrou que tem um rumo para enfrentar as dificuldades e para virar a situação estrutural da economia portuguesa", afirmou aos jornalistas o antigo ministro de António Guterres antes de uma conferência sobre o futuro da Europa na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Pina Moura respondeu positivamente à questão sobre se tomaria as medidas que este Governo está a aplicar e lembrou que o programa de reforma da despesa pública do Governo de Guterres "foi e é uma demonstração de que esses problemas estavam identificados, mas depois falhou a política económica no seu sentido mais político". Na opinião do ex-governante, "eram precisas coisas feitas e orientações tomadas e decisões concretas que, por dificuldades políticas, entre as quais a hesitação, conduziram a esta situação". Em relação às previsões sobre a recessão que afecta Portugal, Pina Moura explicou que esta política de austeridade é "absolutamente inescapável" para resolver os problemas estruturais e disse que este será o "ponto mais baixo de viragem".

A entrevista de Passos Coelho

Caso não tenha visto, é este o link da entrevista de Passos Coelho à jornalista da TVI, Judite de Sousa. Caso queiram podem fazer o download e guardá-la para...memória futura!!!

Governo aprova Orçamento retificativo

Leia aqui a notícia e veja aqui o video da TVI. Segundo o Conselho de Ministros, "o Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que procede à alteração ao Orçamento do Estado para 2012. Estas alterações são indispensáveis ao cumprimento das exigências fixadas no Memorando de Entendimento celebrado pelo Estado com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional e contribuem para reforçar as condições necessárias ao crescimento da economia portuguesa e respeitar os compromissos assumidos".

Afinal em que ficamos? Entendam-se por favor...

- Vitor Gaspar garante: «Vamos recuperar em 2013» (veja aqui o video da TVI)

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- Banco de Portugal: Portugal estagna e não cresce em 2013 - Banco de Portugal revê em baixa previsões para a economia também para este ano e contraria estimativas do Governo. Cenário é negro: consumo privado cai 7,3%. (veja aqui o video da TVI)

Qual o drama?

Confesso que não me repugna nada. Sabendo-se que Alberto João Jardim não se recandidata ao Congresso de 2014, parece-me mais do que evidente que o PSD da Madeira não pode ficar órfão. Tem que ter um líder. Os militantes são livres de se candidatarem. Os militantes votarão nas "directas" quando o calendário for aprovado. Qual o drama? Segundo a RTP (veja aqui o video da notícia), "o presidente da câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, anunciou hoje que vai apresentar uma candidatura à liderança do PSD-Madeira no próximo Congresso do partido, "independentemente de outros eventuais candidatos". Miguel Albuquerque disse que "esta decisão vai no sentido de considerar que tem um bom projeto para o PSD", mas não revelou qual"

José Lello diz que direção de Seguro não pode fazer oposição ao PS de Sócrates...

Francisco Assis recusa comentar a declaração do porta-voz do PS no Facebook que admitiu que o partido está refém da herança de José Sócrates. O deputado acusa antes a direita de ter em curso uma campanha para condicionar os socialistas. José Lello foi a única voz que, à saída da reunião do grupo parlamentar, criticou as afirmações de João Assunção Ribeiro.


Líder parlamentar do PS rejeita cenário de demissão

Na reunião do grupo parlamentar do PS, Jorge Lacão criticou a proposta do Secretariado Nacional do PS de revisão dos estatutos, dizendo que, a ser aprovada tal como está, colocará em causa a autonomia dos deputados. Lacão terá sugerido ao líder parlamentar que se demita. Carlos Zorrinho rejeita este cenário e diz que essa é uma matéria que deve ser discutida na comissão política do partido.


Alguns deputados do PS votam contra o Código de Trabalho, apesar da disciplina partidária

A abstenção do PS na votação das mudanças ao Código Laboral não é consensual no seio da bancada socialista. À saída do encontro do grupo parlamentar, alguns deputados criticaram duramente a reforma do governo. A independente Isabel Moreira garantiu mesmo aos jornalistas que vai votar contra, desrespeitando a disciplina de voto.


Banco de Portugal: Recessão deverá atingir 3,4% este ano

A economia portuguesa vai encolher 3,4% em 2012 e estagnar no próximo ano, segundo previsões hoje divulgadas pelo Banco de Portugal (BdP).


Governo vai fazer aumento de capital na CGD mas não revela data nem montante

O Governo vai mesmo avançar com um aumento de capital na Caixa Geral de Depósitos. A operação deverá ser concretizada até ao final de junho, mas o ministro das Finanças ainda não quer avançar nem uma data nem o valor que será injetado no banco do Estado. A medida está prevista no orçamento retificativo que foi aprovado esta manhã no Conselho de Ministros.


Medição de audiências em análise

O presidente da Associação de Anunciantes, Eduardo Branco, comenta medição de audiências. A TVI vai rescindir com a GFK, a nova empresa que faz a contabilização e que ganhou o concurso internacional depois da estação de Queluz ter questionado a credibilidade da Marktest.


TVI rescinde com nova empresa de medição de audiências, operadores contestam

A TVI vai rescindir com a GFK, a nova empresa que faz a medição das audiências. A estação de Queluz alega que o novo "sistema de medição não está a funcionar". Recorde-se que a GFK ganhou um concurso internacional, depois de a própria TVI ter colocado em causa a credibilidade do trabalho da Marktest. A CAEM, que representa operadores e anunciantes, estranha a rejeição de um sistema aprovado por unanimidade, e em comunicado, afirma já ter remetido o caso para o seu gabinete jurídico.


Plano para recuperar empresas esgotado na ilha Terceira: Empresas em grande dificuldade nos Açores

Li no Correio dos Açores que "o programa de recuperação de empresas que apresentam maiores dificuldades, lançado pela câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), na Terceira, deve esgotar as 50 vagas disponíveis na primeira fase, destinada a micro e pequenas empresas.“Nesta primeira fase contamos ultrapassar os 50 pedidos para este programa de recuperação de empresas, que será dado por consultores especializados nas vertentes de consultoria de gestão, jurídica e financeira”, afirmou Sandro Paim, presidente da CCAH, em declarações à Lusa. Sandro Paim revelou que foram recebidas 47 inscrições de empresas da ilha Terceira e mais cerca de duas dezenas de empresas dos núcleos da CCAH das ilhas de S. Jorge e Graciosa. O presidente da CCAH salientou que, na selecção das candidaturas, “será dada prioridade às empresas com maiores dificuldades”, acrescentando que este programa se desenvolve por fases, sendo a primeira um diagnóstico de avaliação da empresa, das suas dificuldades e da sua viabilidade. Caso a empresa seja viável, passa a uma segunda fase, de reestruturação empresarial, “com acções muito específicas”, seguindo-se uma terceira fase, de “acompanhamento do plano de recuperação e de avaliação do sucesso das medidas implementadas”. O programa lançado pela CCAH destina-se principalmente a micro e pequenas empresas, mas Sandro Paim revelou que abrangerá posteriormente “sectores mais específicos”, nomeadamente a construção civil, acrescentando que o objectivo é disponibilizar consultoria a cerca de 150 empresas. O objectivo é ajudar a reestruturar as empresas que ainda têm viabilidade económica”, frisou Sandro Paim, acrescentando que, caso a empresa não tenha viabilidade, haverá também “consultoria no encerramento, através de apoio jurídico nos processos de negociação com as Finanças e a Segurança Social”. Nestes casos, a CCAH poderá ainda apoiar o empresário na requalificação e num plano para criar um novo negócio. Os empresários abrangidos por este programa vão pagar, em média, 150 euros pela consultadoria, recordando Sandro Paim que, em situações normais, “teriam que desembolsar entre sete a dez mil euros, dependendo da dimensão da empresa”. As empresas que optarem pelo encerramento não pagam esta consultadoria”

Açores: PS recusou Comissão parlamentar para tratar do desemprego (18 mil açorianos)!

Segundo o Correio dos Açores, "o PSD/Açores lamentou a recusa dos restantes partidos na Assembleia Legislativa para levar avante “a constituição de uma Comissão para Acompanhamento e Promoção de Medidas Conjunturais de Combate ao Desemprego”, proposta pelos social-democratas, um órgão que “seria constituído maioritariamente pelos diferentes parceiros sociais, mas também por membros do governo regional, e que deveria relatar ao parlamento as suas conclusões”, disse o deputado António Marinho. “Essa comissão teria por objecto acompanhar a aplicação das medidas conjunturais, anunciadas pelo governo regional, para atenuar o aumento do desemprego na região, bem como propor outras soluções que pudessem contribuir nesse sentido”, explicou, centrando a sua intervenção no facto de que “a taxa de desemprego nos Açores atingiu níveis sem precedentes em 35 anos de Autonomia”, afirmou. O desemprego afectava mais de 18 mil açorianos no final de 2011, e com tendência para aumentar".

Diários de informação geral com mais audiência

Os dados do Bareme Imprensa, disponíveis no Anuário de Media & Publicidade do Grupo Marktest, mostram que os títulos diários de informação. Segundo os dados do estudo Bareme Imprensa da Marktest, disponíveis no Anuário de Media e Publicidade 2011, os jornais diários de informação geral (circulação paga) foram os que em 2011 registaram maior audiência média (número de indivíduos que leu ou folheou a última edição de um destes títulos). Estes títulos registaram 27.9% de audiência média ao longo do ano. O Correio da Manhã liderou com 14.2%, seguido do Jornal de Notícias, com 11.4%, do Público, com 5.1%, do Diário de Notícias, com 4.1% e do Jornal i, com 1.3%.

No perfil destas publicações, vemos que os homens, os indivíduos entre 25 e 34 anos, os residentes no Grande Porto, assim como os quadros médios e superiores e os indivíduos da classe alta são os que apresentam maior afinidade com estes títulos, com índices de audiência mais elevados do que a média.



O Bareme Imprensa é o estudo regular da Marktest que analisa os hábitos de audiência de imprensa dos residentes no Continente com 15 e mais anos (fonte: Marktest.com, Março de 2012)

Pacheco Pereira considera que nunca houve tanta proximidade entre a política com interesses económicos

Pacheco Pereira diz não ter dúvidas de que a banca teve um papel determinante no derrube do governo de José Sócrates. Na Quadratura do Circulo falou-se do poder dos grandes grupos económicos e das relações de promiscuidade na política, suscitada pela nomeação de António Borges. O comentador da SIC afirmou que nunca como no atual Governo se notou tamanha proximidade com interesses.


Número de casais desempregados dispara 73,2% face a 2011

O número de casais desempregados disparou em Fevereiro, para mais de sete mil. São mais 70% do que no mesmo mês do ano passado. É o valor mais alto desde que há registos.


Ministro das Finanças rejeita comparações com Salazar

O ministro das Finanças rejeita comparações com Salazar e lamenta a polémica em torno da gestão dos fundos comunitários do QREN. Em entrevista ao semanário SOL, Vítor Gaspar volta a afirmar que, para este ano, não prevê mais austeridade e reitera que Portugal vai conseguir atingir a meta de défice.


Fátima Roque admite avançar com queixa-crime depois de declarações da filha

O Banco de Portugal diz estar preocupado com a disputa da herança do comendador Horácio Roque e com as consequências no futuro do grupo Banif. E a preocupação pode aumentar agora: a SIC sabe que depois das declarações de Teresa Roque, a mãe, Fátima Roque, pondera avançar com uma queixa-crime contra a filha.


Governo de coligação criou em 8 meses 43 grupos de trabalho!!!

Segundo a jornalista do Sol, Helena Garrido, “a cada semana que passa, o Governo cria um novo grupo de trabalho para ajudar os vários ministros. Tem sido sempre este o ritmo do actual Executivo desde que tomou posse, há oito meses. Segundo dados confirmados pelo SOL, o Governo já nomeou 43 grupos de trabalho. Passos Coelho fez questão de anunciar, quando foi eleito primeiro-ministro, que queria fazer um Governo pequeno. Mas o choque com a realidade fez com que os ministros tenham sentido necessidade de pedir ajuda a vários especialistas. O campeão em recorrer a grupos de trabalho (9) é o Ministério da Saúde, liderado por Paulo Macedo. Fê-lo para estudar a reforma hospitalar, os cuidados de saúde primários, a reavaliação da rede nacional de emergência, ou o programa do medicamento hospitalar.
Ex-ministros ajudam
Só o ministro-adjunto Miguel Relvas, um dos mais influentes e transversais do Governo, decidiu criar num único dia três grupos de trabalho: profissionalização dos árbitros, regime jurídico das sociedades desportivas e protecção dos desportistas das selecções nacionais (este presidido pelo ex-ministro José Luís Arnaut). Mais recentemente, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar nomeou para presidir à comissão que vai apurar «o custo real dos alunos do ensino público por ano» outro ex-ministro do Governo de Durão Barroso, Pedro Roseta, que ocupou a pasta da Cultura. A ministra da Justiça também escolheu ex-governantes para estudar a reforma do Processo Civil, mas neste caso dois socialistas: o advogado ex-ministro da Defesa de António Guterres, Júlio Castro Caldas, e o ex-secretário de Estado da Justiça de José Sócrates, João Correia. Já esta semana, Aguiar-Branco escolheu Marçal Grilo, ex-ministro da Educação de António Guterres para liderar a reforma do ensino militar. Ao todo, são 11 elementos com direito a 21.550 euros em senhas de presença e abonos de transporte para um total de 10 reuniões no espaço de quatro meses. Tudo discriminado no despacho de nomeação. Já António Borges, escolhido por Passos Coelho para liderar a comissão que vai estudar as privatizações, renegociações das PPP e reestruturação do Sector Empresarial do Estado, terá direito a um orçamento de 25 mil euros mensais, para distribuir por uma equipa de cinco elementos. Outras comissões relevantes e polémicas, que entretanto já terminaram os respectivos trabalhos, foram as presididas por Jorge Braga de Macedo para estudar a internacionalização da economia e por Luís Duque sobre o conceito de serviço público de comunicação social.
Alojamento pago
Muitos destes grupos de trabalho aparecem e desaparecem rapidamente. Uns têm a duração de 90 dias para apresentar conclusões, sendo que, na maior parte dos casos, os membros não receberam qualquer salário. O mais comum é terem sido pagas despesas relacionadas com as deslocações. Os ministérios da Educação e da Defesa costumam pagar as despesas de transporte, ajudas de custo e até alojamento em deslocações – foi, por exemplo, o que aconteceu com a equipa nomeada pelo ministro Aguiar-Branco para apresentar um novo modelo para as comemorações do Dia da Defesa Nacional. Desta extensa lista, não constam grupos de trabalho nas áreas da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros”.

Jaime Ramos: “Qual o interesse em continuarmos a ser Portugueses, se o Estado em vez de nos ajudar ainda nos explora?"

"Os Madeirenses e Porto-santenses já se aperceberam que os Ingleses se apoderaram no período da ditadura, antes do 25 de Abril, dos melhores recursos desta Ilha. A perda de regalias e mordomias tem gerado uma onda de revolta e contestação. A prova é a campanha diária realizada pelo matutino regional DN coligado, obviamente, com os partidos da oposição que diariamente difamam, denigrem e ofendem o povo Madeirense e Porto-santense.
Relembremos a última Campanha Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira. Com certeza os Madeirenses e Porto-santenses se aperceberam que na oposição não havia Partido político com projetos concretos e com políticas objetivas para a Madeira. Havia sim um grupo liderado pelo DN com o objetivo de denegrir, difamar e ofender o Povo. Como os objetivos do DN, dos Ingleses e de toda a oposição não foi alcançado, pois no momento decisivo o Povo não acreditou nas suas mentiras nem aldrabices, o resultado foi voltar a enfrentar uma oposição que faz política baixa através do ataque vil e cobarde. Perante este cenário, o PSD e o seu Governo têm agora a responsabilidade de desenvolver políticas para os Madeirenses e Porto-santenses que assente na recuperação económica e social.
Foram as políticas desastrosas do PS e de Sócrates que conduziram Portugal a esta situação.
2012 não será um ano fácil, conforme reflete o Orçamento da Região aprovado em 15 de Março último, pois a imposição colocada pelo PSD e CDS da República, para o empréstimo de 1.500 milhões de euros, não nos possibilita a execução do nosso Programa como pretendíamos. Contudo, apesar de tantos constrangimentos, esperamos sim com dignidade, dedicação e trabalho podermos recuperar a economia e criar emprego. O nosso objetivo face à atual situação económica, social e financeira do País, é chegarmos ao fim do mandato de 2015 e termos as contas consolidadas, e que o crescimento económico e a diminuição do desemprego seja uma realidade. O Partido Socialista não tem vergonha, é o responsável pela atual situação do desemprego, é responsável pela atual situação económica e financeira e diz ao Povo exatamente o contrário. Mais um procedimento irresponsável e mentiroso da terceira maior força política da Região.
Todos sabemos que a Região tem uma dívida de 3 mil milhões de euros de dívida direta e de 2,8 mil milhões de euros de dívida indireta, mas também sabemos que toda essa despesa foi de investimento verdadeiro e real em prol dos Madeirenses e Porto-santenses. Temos e vamos demonstrar que temos capacidade de pagar a nossa dívida, não precisamos dos Portugueses para liquidar o nosso investimento, pois temos receitas e capacidade para fazê-lo. Não podemos perdoar o não cumprimento dos deveres para com os Madeirenses e Porto-santenses no que diz respeito às transferências de Saúde e da Educação.
O valor em dívida da Saúde e da Educação da República Portuguesa à Região é na ordem de 9 mil milhões de euros. Se este valor tivesse sido transferido a tempo e horas, a Região não teria necessidade de qualquer empréstimo financeiro e não teria qualquer défice ou dívida.
Portugal e os Portugueses devem à Madeira, e têm também vivido à custa dos Madeirenses e Porto-santenses, e não como a Comunicação Social Portuguesa com a conivência dos “mercenários” da Região dizem que a Madeira vive à custa dos Portugueses. Temos de ter coragem e força para desmentir, onde quer que seja, que a Madeira não vive à custa dos Portugueses mas sim das suas próprias receitas.
Nesta conjuntura, faz sentido pensar, seriamente, se deveremos continuar a pertencer à República Portuguesa.
Nascemos Portugueses, não renegamos, mas perante a realidade, perante a postura que os responsáveis da República antes e depois do 25 de Abril têm tido com a Madeira, o seu POVO tem de reagir e dizer BASTA! Qual o interesse em continuarmos a ser Portugueses, se o Estado em vez de nos ajudar ainda nos explora?
Qual o interesse em continuarmos a ser Portugueses se o Estado impõe-nos leis que não são adequadas às realidades e especificidades regionais? Qual o interesse em continuarmos a ser Portugueses se o Estado quer, após termos conseguido conquistar uma Autonomia política, retirar ao Povo Madeirense e Porto-santense todos os direitos conquistados e adquiridos? Temos que pensar e agir e dizer a Portugal que com estas atitudes colonialistas preferimos ser Madeirenses e não Portugueses!”
(editorial de Jaime Ramos no Madeira Livre de Abril)

Passos Coelho: FMI irá explicar prolongamento da ajuda

Segundo a TVI (veja aqui o video), "caso Portugal não consiga regressar aos mercados em 2013, é «muito natural» que a troika venha «especificar» em que condições será feita essa manutenção. O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira «muito tranquilizador» saber que pode haver uma extensão do programa de assistência económica, caso, «por motivos externos», Portugal não consiga regressar aos mercados em 2013.Em entrevista à TVI, Passos Coelho sublinhou que «Portugal não irá pedir mais tempo, nem mais dinheiro para concretizar o seu programa». Mas não esqueceu que, quer Portugal quer a Irlanda - «se cumprirem as metas dos seus programas com sucesso, e por razões externas, tiverem dificuldade em regressar ao mercado -, então será mantido o apoio financeiro a esses países». Passos Coelho considera que ter essa garantia é «tranquilizador», «tanto para portugueses como para os investidores», e, não «estranharia» se «mais dia, menos dia», o Fundo Monetário Internacional «especificassem em que situação isso vai acontecer».Depois de ter sublinhado que o FMI considera que a «dívida nacional é sustentável», Passos Coelho negou qualquer hipótese de «flexibilizar o programa». «Nem mais tempo, nem mais dinheiro» é o lema dos últimos meses e assim se mantém.Para o primeiro-ministro, a manutenção da emissão de dívida de curto prazo, que vai já até a um ano, e com níveis de juros inferiores ao que Portugal tinha conseguido «nas vésperas de recorrer à ajuda externa», é um sinal de «otimismo moderado».Mas avisou que mantém a «situação de emergência nacional durante todo o ano. Não podemos baixar os braços nem um segundo».Sacrifícios para todosNuma altura em que é acusado de ser forte com os fracos e fraco com os fortes, Passos Coelho garantiu que os «sacrifícios foram repartidos por todos» (vídeo). «As empresas também estão a fazer sacrifícios», sublinhou o primeiro ministro, assinalando também que os Estado vai pagar «menos 20% aos administradores públicos».

Conheça a vida do «Rei das Farmácias»

Segundo a TVI (veja aqui o video), num texto do jornalista Carlos Enes, "por breves segundos, a TVI conseguiu falar com o homem que, sozinho, controlava um império de mais de 20 farmácias.Com base na informação divulgada pela Polícia Judiciária (PJ) e nos elementos recolhidos pela TVI, junto de diversas fontes é já possível começar a perceber a fraude de grandes dimensões que, na última quinta-feira, levou mais de cem agentes da PJ a fazer buscas em farmácias. O império envolve compras em cascata, muitos milhões por pagar e ainda joias, barcos e carros de luxo.Quatro é o número máximo de farmácias que pode ter o mesmo proprietário. Mas isso era pouco para as ambições de Nuno Alcântara Guerreiro. Ainda não tinha 30 anos e começou a comprar, comprar, comprar, até controlar um império de mais de 20 farmácias.Não parou de enriquecer: colecionou dezenas de carros de luxo, entre eles um Ferrari e um Lamborghini, agora apreendidos pela PJ, um iate e vasto património imobiliário.O problema é que o império também acumulou dívidas, na casa dos 80 milhões, aos bancos que lhe emprestaram dinheiro e aos fornecedores de medicamentos. A fuga para a frente implicou a internacionalização do negócio, que hoje se traduz em suspeitas de exportações ilegais.Alcântara Guerreiro foi esta terça-feira surpreendido por buscas da polícia judiciária e constituído arguido. A TVI, esta quarta-feira, só por telefone conseguiu encontrá-lo, mas por poucos segundos.Nos últimos meses, o império começou a mudar de mãos e é aí que entra Bruno Lourenço, também constituído arguido e alvo de buscas. Nos últimos meses ele e um grupo de investidores assumiram o controlo da maioria das farmácias, através de contratos de exploração.Assim se expandiu o grupo de farmácias Progresso, com placas de Norte a Sul do país. O novo príncipe das farmácias também não dá entrevistas, mas em sua defesa alega que não contraiu novas dívidas e que os lucros vão dando para pagar aos antigos credores".
- «É natural que a economia ainda vá contrair um pouco mais ao longo do ano»
- «Não temos razao para pensar que a contração da economia seja superior a 3,3%»
- «Não temos que estar a acrescentar pessimismo apenas por prudência»
- «Não vamos procurar nas medidas de austeridade a causa dos nossos males. As medidas só estão a ser aplicadas porque nos endividamos»
- «A austeridade e as medidas são importantes para que o país possa crescer, mas não são suficientes. É preciso medidas estruturais»
- «O desemprego é a maior chaga social que temos em Portugal»
- «Fasquia do desemprego jovem ultrapassa os 35%»
- «Os jovens devem procurar as melhores oportunidades»
- «Há muitos jovens portugueses a procurar oportunidades noutros mercados e eu não os posso censurar por isso»
- «Não temos uma bola de cristal. Ninguém pode jurar estas coisas. Mas não temos nenhum elemento que nos leve a esperar uma recessão superior a 3,3 por cento»
- «Economia vai crescer a partir do último trimestre deste ano e de forma mais pronunciada a partir de 2013»
- «Não estaremos no próximo ano em recessão. Haverá uma ligeira retoma da economia, que será mais pronunciada a partir de 2014»
- «As medidas de austeridade são as que estão no Orçamento do Estado. Não haverá outro Orçamento»
- «Não temos nesta altura de encarar mais medidas adicionais»
- «Nunca posso jurar que não sejam precisas mais medidas»
- «Orçamento retificativo não inclui mais medidas de austeridade»
- «Há riscos.A situação de emergência nacional vai durar praticamente este ano»
- «Temos que trabalhar todos os dias para que as metas orçamentais sejam cumpridas»
- «Neste momento não existe risco de derrapagem das contas públicas»
- «Portugal vai cumprir os seus objectivos»
- «Eu não me rendo facilmente a inevitabilidades»
- «Não vendo ilusões aos portugueses. Só me poupo a dar más notícias que podem ser evitáveis»
- «Os investidores acham que a dívida portuguesa é uma boa aplicação, o que significa que a nossa política económica é creditada»
- «A cada três meses é feito um novo memorando, vamos fazendo ajustamentos»
- «Se alguma coisa exterior a Portugal nos impedir de regressar aos mercados, é tranquilizador saber que o FMI e a UE estão dispostos a ajudar»
- «Portugal não vai solicitar mais tempo para o programa de ajuda, porque isso seria dizer que vamos baixar os braços»
- «Os sacrifícios são para todos»
- «As exceções aos cortes foram decididas pelo Governo anterior»
- «Estado vai pagar menos 20 por cento aos gestores públicos»
- «Há negociações para cortar nas rendas na energia. Já houve duas rendas negociais e o processo será concluído nas próximas semanas»
- «Temos que garantir que os contribuintes serão menos penalizados»
- «Nós estamos obrigados a tranpor a regra de ouro para o plano nacional e era importante que sinalizassemos para o exterior que vamos fazer isso de uma forma duradoura»
- «Penso que o PS precisa de amadurecer melhor a questão da regra de ouro»
- «Eu achava que devia ser inscrito na Constituição, mas já dei um passo de aproximação ao PS»
- «Não vi crispação no congresso em relação ao PS e ao Governo anterior»
- «Não ponho uma rolha na boca das bases do PSD»
- «Espero que o PS saiba distinguir o que é fazer oposição, das matérias mais de Estado e que não tenha de cair numa guerra, numa espécie de passa-teimas, de atira bolas, entre Governo e PS».(fonte:
TVI)

Repórter TVI - O Senhor da Madeira

Por entre todas as polémicas, Alberto João Jardim resiste. O seu reinado na Madeira dura há 36 anos, quase tanto tempo como Khadafi ¿ com a diferença de que o ditador líbio nunca se sujeitou a eleições democráticas¿ e João Jardim as tem ganho sistematicamente, e sempre com maioria absoluta. Hoje, aturdido por dívidas que ignorava, pressente-se a mudança. Ainda assim o arquipélago mantém a fidelidade ao presidente do Governo Regional. Sem o frenesim de outrora, o culto permanece. O Repórter TVI foi à procura desse palpitar único em Portugal: pessoas que gostam muito (mesmo muito) de Alberto João jardim. «O Senhor da Madeira» é uma grande reportagem de Paulo Bastos, com imagem de Bernardo Magalhães e montagem de Teresa Almeida para ver no Repórter TVI. (Veja aqui a reportagem da TVI na rubrica Repórter TVI)

Por qué fallaron las encuestas?

"Ocho de la tarde del 25 de marzo de 2012. Cincuenta minutos antes de la difusión de los primeros resultados oficiales, la televisión autonómica inicia un programa especial dedicado a las elecciones en Andalucía. Arranca con una encuesta a pie de urna que otorga al PP entre 52 y 55 escaños y un 42% del voto. En palabras: la excepción ya no es la mayoría simple de Arenas, sino su mayoría absoluta (el parlamento andaluz tiene 109 diputados). Tras semanas de sondeos en sentido contrario, muchos observan con incredulidad los datos. Desde el PP el mensaje es de tranquilidad; fuentes del partido señalan que sus israelitas (como se conocen los sondeos a pie de urna) detectaban un amplio triunfo con 58 diputados. Cuando acaba el recuento, la candidatura encabezada por Javier Arenas obtiene una exigua victoria: se queda con 50 diputados y su porcentaje de votos apenas supera en un punto al PSOE, que obtiene 47 escaños y, con el apoyo de los 12 diputados de IU, la posibilidad de gobernar. ¿Cómo se llegó hasta ese momento? ¿Por qué no acertaron las encuestas?
Los antecedentes
Victoria clara del PP en Andalucía”, tituló el EL PAÍS el pasado 18 de marzo. Ese era el último día en que la ley electoral permitía publicar sondeos prelectorales y este periódico, como otras cabeceras, había encargado el suyo propio. El titular apuntaba en la misma dirección que el resto de la prensa. Y el estudio, encargado a Metroscopia, señalaba que el PP ganaría las autonómicas con más de un 47% de los votos y una proyección de 59 escaños. El PSOE se quedaba con 41 diputados (34,4% del voto) e IU con 9 (8,8%). Ese mismo día, Abc apuntaba a otra clara victoria de los populares con 58 diputados (47% de sufragios), frente a 43 de los socialistas (35,6%). Tampoco cuestionaba la mayoría absoluta del PP la encuesta de La Razón, que dejaba al partido de Arenas en una horquilla de 55 a 77 escaños (46% del voto) y al de Griñán en 42 o 43 (36,1%). El Mundo situaba al PP por encima del 45% de intención de voto, que se traducía en un mínimo de 54 diputados y un máximo de 57, mientras el PSOE se quedaba en 43 o 44 escaños y una intención de voto del 36%. Ninguno de los tres otorgaba a IU más de 9 representantes, mientras que pronosticaban la entrada de UPyD en el parlamento. De todos los sondeos publicados en las últimas semanas, sólo uno acertó un dato: el estudio encargado por el Grupo Joly y publicado en sus medios el 12 marzo señalaba, en su proyección más optimista para el PSOE, que podría llegar a 47 diputados, los mismos que finalmente obtuvo. Por lo demás, fue la encuesta del CIS
, publicada en la víspera del inicio de la campaña, la que más se acercó en las intenciones de voto a lo que luego sucedió en las urnas, al ser la que menos porcentaje dio al PP y la que más dio a PSOE e IU. Aun así, se desvió 4,24 puntos por encima del voto que luego recibió el PP, y se quedó corta en 1,82 y 2,09 puntos respecto al PSOE e IU.
Las explicaciones
Antonio Vera es el director de Ipsos Opinión, la empresa responsable del sondeo a pie de urna de Canal Sur. Él mismo fue uno de los sorprendidos por el resultado electoral: “Me dedico a esto y creía en las encuestas prelectorales, yo también pronosticaba la mayoría absoluta de Arenas”. Pasadas las horas y digerido el desenlace, Vera apunta las posibles causas: “Reconozco que lo que nos desorientó fue un fenómeno propio de estas elecciones: el voto oculto del PSOE. En Andalucía el voto oculto es tradicionalmente del PP, y nosotros aplicamos correctores reduciendo el resultado que nos sale en el PSOE para compensarlo, es algo sistemático. Pero esta vez ha ocurrido lo contrario: con el
escándalo de los ERE y el paro ya no era motivo de orgullo reconocer que se votaba al PSOE”. Pasaron por alto ese voto secreto, pero las israelitas tienen además sus propias debilidades: “Por muy bien que hagas la muestra no consigues el dato real, casi un 40% de gente no contesta a la encuesta. Hacemos estimaciones basadas en trabajos anteriores, tenemos experiencia, nos dedicamos esto desde el año 82”, defiende Vera. El voto oculto del PSOE es uno de los motivos en el que coinciden los expertos, pero también lo es la movilización tardía de un importante número de electores. “Las encuestas son una foto fija y la gente se mueve. Una movilización en los últimos 20 días como la que se ha producido es muy difícil de detectar”, defiende Carmen Ortega, directora del Centro de Análisis y Documentación Política y Electoral de Andalucía (Cadpea). La campaña electoral ha influido más de lo que podía parecer. “En los últimos cuatro meses (desde las elecciones generales del 20-N) el PP ha perdido 100.000 votantes al mes”, explica la investigadora, que apunta varias causas al extravío de votos del PP: “Los populares han sufrido un voto de castigo por la política económica de Rajoy y han pecado de exceso de confianza con una campaña de baja intensidad que ha desmovilizado a su electorado”. “Es la clásica teoría del vagón de los ganadores”, añade Juan Montabes, catedrático de Ciencias Políticas de la Universidad de Granada. “El PP no ha mantenido la tensión en la campaña y eso le ha perjudicado”. Dieron la victoria por segura cuando no lo estaba. A ello se une el propio efecto de los sondeos que pronosticaban la victoria arrolladora de Arenas, “las encuestas también influyen”, indica la directora de Cadpea. Una especie de efecto retroalimentado. Los especialistas arguyen también que los sondeos no erraron, porque acertaron en las tendencias aunque no lo hicieran en el número de escaños. “Las encuestas se mueven entre la realidad y el deseo", apunta Manuel Pérez Yruela, exdirector del Instituto de Estudios Avanzados del CSIC. El catedrático de sociología cree que en este caso se ha producido una “hipervaloración de la parte máxima de la horquilla de escaños que se daba al PP”. El motivo: “Una proyección inconsciente de que el PP iba a arrasar”, concluye. O lo que es lo mismo: nos dejamos llevar por el “morbo” que daba un vuelco histórico en Andalucía. “Los sondeos no son matemáticas, son probabilidades. Esto ya ocurrió en el 96”, concluye Carmen Ortega. Precisamente una primera página del 26 de febrero de ese año está hoy entre lo más descargado de la hemeroteca de Abc de Sevilla. Anoche circuló en algunas redes sociales. La foto muestra a un joven Arenas –aspirante entonces por primera vez a presidir la Junta de Andalucía- con un titular a tres líneas en el margen superior izquierdo: “Todas la encuestas dan vencedor al PP por amplio margen en las andaluzas”. El socialista Manuel Chaves le sacó entonces casi medio millón de votos y una ventaja de 12 escaños en las autonómicas celebradas, coincidiendo con unas generales, el 3 de marzo de 1996. El mismo día en que Felipe González
patentó la expresión de la dulce derrota(texto dos jornalistas do El Pais, José Luis Aranda e Elsa García de Blas, com a devida vénia)