terça-feira, janeiro 24, 2012

Armas: tudo em pratos limpos, certo?

Ao que me contam - e não tenho nada com a empresa proprietária do "Armas", nem alguma vez utilizei o referido navio - e faço questão de referir isto como uma e declaração de princípio - indivíduos ligados à empresa espanhola, terão estado recentemente na Madeira para reuniões de trabalho. Como era um fim-de-semana, reuniram com toda a gente menos com o Governo Regional. Vamos por isso a factos: qual foi o aumento das taxas portuárias aplicadas no início deste ano e que penalizaram o Armas que efectua uma carreira que, sobretudo nesta conjuntura de crise, poderá ser essencial para a Madeira em vários domínios? Quanto é que o navio Lobo Marinho paga pelas operações portuárias no porto do Funchal e quanto é que o navio Armas paga, só para que as pessoas possam fazer a sua comparação? Recuso - e digo-o para que fique bem claro - que coloquemos a Madeira quer na dependência de monopólios intoleráveis e criminosos, quer na dependência de empresas estrangeiras que vivem em função do lucro e que, de um momento para outro, não hesitam - veja-se o exemplo presente - abandonam a linha e nos deixam pendurados. Mas sempre seria bom sabermos, por exemplo, que diligências foram efectuadas para que o subsídio de mobilidade fosse alargado aos passageiros que utilizam o barco nas ligações com o Continente? Que facilidades a Câmara Municipal de Portimão concede às operações do navio "Armas" e que alegadamente contrastam com alguma hostilidade local? É ou não legítimo que as pessoas comecem a associar estes factos, particularmente este anúncio da empresa espanhola, a alguns projectos empresariais locais que por aí andam - com construções em curso de mega-armazéns e tudo - que desconfio apenas acentuarão monopólios e reforçarão uma escandalosa exploração dos madeirenses? Vamos pôr isto em pratos limpos, porque os cidadãos precisam de saber o que se passa. Não os tomem por tontos.

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