sábado, outubro 29, 2011

RTP Açores é o canal público que menos respeita pluralismo político-partidário

Diz o Publico que "os programas de informação da RTP apresentam “uma evolução positiva” no cumprimento do pluralismo político-partidário, “em alguns indicadores”, avalia a Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Os maiores desequilíbrios verificaram-se nos canais regionais, em particular na RTP Açores.As duas delegações do serviço público de televisão nos Açores e na Madeira tendem a dar mais espaço aos respectivos governos regionais, segundo o relatório divulgado nesta sexta-feira pela ERC, sobre o pluralismo político-partidário na RTP em 2010. Na RTP Açores, o Executivo liderado pelo socialista Carlos César teve, no ano passado, uma “maior presença” no ar, “com valores consideravelmente superiores aos da oposição parlamentar”. Estes dados são, de resto, consistentes com “o desequilíbrio verificado nos anos anteriores”. Na Madeira, apesar de se verificar “uma assinalável sub-representação do PS” – que até às últimas eleições regionais era o mais representativo antagonista ao Governo de Alberto João Jardim –, o canal registou no ano passado um “equilíbrio na presença do Governo Regional e da oposição parlamentar”. As emissões de âmbito nacional – a RTP1, a RTP2 e a RTPN (agora RTPI) – apresentaram, na óptica do regulador, uma “evolução positiva”: “o equilíbrio obtido em 2010 entre a presença do Governo e a da oposição parlamentar na informação diária dos serviços de programas”. A ERC faz, todavia, uma ressalva em relação ao tratamento dos pequenos partidos: “Persiste igualmente em 2010, tendo-se mesmo agravado face aos anos anteriores, a fraca, quase inexistente, presença dos partidos sem representação parlamentar em todos os serviços de programas, com manifesto prejuízo do pluralismo e da diversidade”. O relatório assinala ainda, a propósito da informação não-diária, “a tendência para os partidos sem representação parlamentar assumirem uma fraca representatividade também ao nível dos programas de debate, entrevista e comentário”. De resto, “o operador público, em termos gerais, observou no conjunto dos seus serviços de programas, incluindo os das Regiões Autónomas, o pluralismo político-partidário”. Leia o relatório da ERC, aqui

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