terça-feira, agosto 30, 2011

Ongoing contrata o financeiro e o ex-chefe de gabinete de Sócrates

Li no Jornal I que "a política de caça-talentos do grupo de media já levou a contratar quadros que passaram pela política, pelo governo, por grandes empresas e até pelos serviços secretos. Depois de várias contratações polémicas, do ex-homem forte da TVI, à mais recente controvérsia, que rodeou o ex- -director do SIED (Serviço de Informações Estratégicas e Defesa), Silva Carvalho, a Ongoing foi agora buscar dois homens-chave do governo de José Sócrates. A contratação do ex-secretário de Estado do Tesouro e do ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, avançada pelo jornal "Sol", não mereceu comentários oficiais da Ongoing. Fonte próxima do grupo refere que a Ongoing tem seguido uma política de reforço dos quadros, o que passa por aproveitar a oportunidade para contratar quadros qualificados quando eles surgem, como terá acontecido com os ex-membros do governo. Afinal uma das actividades que tornaram conhecida a Ongoing foi a empresa de head hunters (caça-talentos) Heidrick & Struggles. Independentemente das qualificações, o facto de terem passado pelo executivo só pode ser visto como uma vantagem. Carlos Costa Pina foi secretário de Estado do Tesouro e das Finanças desde 2005. Homem de confiança do ministro das Finanças Teixeira dos Santos, mas também do próprio primeiro-ministro, Costa Pina era o financeiro do governo. Era pelo secretário de Estado que passava toda a estratégia de sedução de investidores internacionais, fosse para comprarem dívida pública, fosse para financiarem empresas públicas ou para participarem nas privatizações. Costa Pina foi o ponta-de-lança de Sócrates nas grandes praças financeiras, de Londres a Tóquio, passando por Hong Kong, pelo Brasil, pelos Estados Unidos, pela China e pelo Médio Oriente. A rota ganhou intensidade nos últimos meses e garantiu a colocação em leilão de dívida nacional, embora a preços cada vez mais altos. Essa experiência vai agora ser posta ao serviço da Ongoing. O grupo de media, que detém o "Diário Económico" e é um dos maiores accionistas da Portugal Telecom e da Impresa (onde mantém um conflito com Pinto Balsemão), tem planos de expansão que em Portugal passam pela privatização da RTP. Até agora o Brasil tem sido o principal mercado de crescimento e é nos negócios desta geografia que se concentram alguns dos quadros contratados. Será também este o caso de Guilherme Drey. Mas o ex-chefe de gabinete de José Sócrates tem mais a seu favor que o simples facto de ter nacionalidade brasileira. Primeiro como chefe do gabinete do ministro das Obras Públicas Mário Lino e depois no gabinete de Sócrates, Guilherme Drey tratou directamente dos assuntos relacionados com a Portugal Telecom. A OPA da Sonae ou a venda da Vivo e a batalha por causa das golden shares foram dossiês que passaram pelas mãos de Guilherme Drey, segundo fonte próxima do anterior executivo”.

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