Escreve a jornalista do Publico, Raquel Almeida Correia que “as companhias de aviação já receberam um incentivo total de 9,4 milhões de euros, desde que o programa Iniciativa.pt, que apoia novas rotas aéreas para Portugal, começou, em 2007. As grandes beneficiárias foram as transportadoras low cost, nomeadamente a irlandesa Ryanair. Até agora, foram escolhidas 39 ligações, maioritariamente dentro de espaço europeu, mas já testão contratados incentivos de 17,8 milhões de euros. Quando o anterior Governo lançou o programa, estava prevista uma dotação de 17 milhões de euros, que sofreu posteriormente uma revisão para 25 milhões. Neste momento, a maioria do dinheiro já foi atribuída, por contrato, às companhias de aviação. E mais de metade já está nas mãos destas empresas, que recebem estes incentivos por criarem rotas consideradas estratégicas para o país. Os apoios são concedidos pelo Turismo de Portugal e pela gestora aeroportuária ANA, ambos responsáveis por 40 por cento dos montantes a pagar. Os restantes 20 por cento são da responsabilidade das associações regionais de promoção turística, que incluem capitais públicos e privados.
Low cost com mais apoios
De acordo com uma listagem cedida pelo Turismo de Portugal, das 39 ligações apoiadas, 29 são de companhias de aviação low cost e apenas dez das transportadoras aéreas tradicionais. Este tem sido, aliás, um dos motivos pelo qual o programa é criticado, considerando-se que as empresas de baixo custo têm conseguido tirar maios partido dos incentivos, pela propensão para expandir a operação. A companhia que mais apoios conseguiu foi, de facto, uma low cost. A irlandesa Ryanair distancia-se muito, aliás, dos seus concorrentes, ao ter reunido benefícios para um total de 18 rotas. Em segundo lugar, surge a açoriana SATA, uma transportadora tradicional, com sete rotas apoiadas. Há apenas mais uma empresa deste segmento abrangida pelo programa Iniciativa.pt: a TAP, com apenas três frequências. De acordo com a listagem, as restantes 11 ligações que receberam incentivos são todas da responsabilidade de empresas de baixo custo, como é o caso da Easyjet (cinco), da Tui Fly (duas), da Jet 2 ou da Aigle Azur (ambas com uma rota apoiada).
Programa em reconversão
Quando são escolhidas, estas frequências aéreas recebem um apoio variável, limitado a três anos e calculado sobre o número de passageiros transportados. Este dinheiro é exclusivamente destinado a promoção da própria empresa. É-lhes ainda atribuído um incentivo fixo, limitado a cinco anos, para ser utilizado em acções de divulgação da nova rota, desenvolvidas em conjunto com o Turismo de Portugal. O programa Iniciativa.pt também não tem sido consensual porque, até hoje, não foram divulgados os montantes do subsídio por companhia de aviação, podendo apenas tirar-se ilações a partir do número de rotas incentivadas. Além disso, há registo de falhas nos compromissos de algumas companhias de aviação. A eslovaca Sky Europe, por exemplo, teve uma ligação apoiada no início de 2008, mas deixou de realizar o voo quando faliu. O programa, cuja primeira fase termina em Abril de 2012, está actualmente em revisão. "Decorrem conversações entre os parceiros para definir os moldes em que decorrerá o próximo ciclo", disse ao PÚBLICO fonte do Turismo de Portugal. "No entanto, não se prevê um aumento relevante dos apoios actualmente concedidos", acrescentou. A ideia, de acordo com o organismo público, é que haja uma "melhor divisão dos encargos pelos parceiros, de forma a corresponder aos desafios da actual situação económica do país", frisando que "a dinamização das acessibilidades é um dos principais eixos de actuação definidos pelo Plano Estratégico Nacional do Turismo".
Low cost com mais apoios
De acordo com uma listagem cedida pelo Turismo de Portugal, das 39 ligações apoiadas, 29 são de companhias de aviação low cost e apenas dez das transportadoras aéreas tradicionais. Este tem sido, aliás, um dos motivos pelo qual o programa é criticado, considerando-se que as empresas de baixo custo têm conseguido tirar maios partido dos incentivos, pela propensão para expandir a operação. A companhia que mais apoios conseguiu foi, de facto, uma low cost. A irlandesa Ryanair distancia-se muito, aliás, dos seus concorrentes, ao ter reunido benefícios para um total de 18 rotas. Em segundo lugar, surge a açoriana SATA, uma transportadora tradicional, com sete rotas apoiadas. Há apenas mais uma empresa deste segmento abrangida pelo programa Iniciativa.pt: a TAP, com apenas três frequências. De acordo com a listagem, as restantes 11 ligações que receberam incentivos são todas da responsabilidade de empresas de baixo custo, como é o caso da Easyjet (cinco), da Tui Fly (duas), da Jet 2 ou da Aigle Azur (ambas com uma rota apoiada).
Programa em reconversão
Quando são escolhidas, estas frequências aéreas recebem um apoio variável, limitado a três anos e calculado sobre o número de passageiros transportados. Este dinheiro é exclusivamente destinado a promoção da própria empresa. É-lhes ainda atribuído um incentivo fixo, limitado a cinco anos, para ser utilizado em acções de divulgação da nova rota, desenvolvidas em conjunto com o Turismo de Portugal. O programa Iniciativa.pt também não tem sido consensual porque, até hoje, não foram divulgados os montantes do subsídio por companhia de aviação, podendo apenas tirar-se ilações a partir do número de rotas incentivadas. Além disso, há registo de falhas nos compromissos de algumas companhias de aviação. A eslovaca Sky Europe, por exemplo, teve uma ligação apoiada no início de 2008, mas deixou de realizar o voo quando faliu. O programa, cuja primeira fase termina em Abril de 2012, está actualmente em revisão. "Decorrem conversações entre os parceiros para definir os moldes em que decorrerá o próximo ciclo", disse ao PÚBLICO fonte do Turismo de Portugal. "No entanto, não se prevê um aumento relevante dos apoios actualmente concedidos", acrescentou. A ideia, de acordo com o organismo público, é que haja uma "melhor divisão dos encargos pelos parceiros, de forma a corresponder aos desafios da actual situação económica do país", frisando que "a dinamização das acessibilidades é um dos principais eixos de actuação definidos pelo Plano Estratégico Nacional do Turismo".
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