sexta-feira, abril 29, 2011

Sócrates anda com memória curta...

Diz o Correio da Manhã num trabalho dos jornalistas Janete Frazão e Paulo Pinto Mascarenhas, que “José Sócrates esqueceu o PEC 4 e o FMI no discurso de apresentação do programa eleitoral do PS que ontem teve lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. As sessenta e sete páginas do programa socialista não fazem qualquer alusão à presença do Fundo Monetário Internacional em Portugal. O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC 4) só é referido como arma de arremesso político contra a oposição. Apesar de ausente do discurso de Sócrates, o programa do PS 2011-2015 inclui várias medidas do PEC 4, rejeitado por toda a oposição no Parlamento - o que levou à demissão do Governo e precipitou novas eleições. Entre outras, conta-se o agravamento dos impostos sobre os reformados, assim como a introdução de limites às deduções fiscais com a saúde e a educação. A actualização dos impostos específicos sobre o consumo, com o aumento dos impostos sobre o tabaco, o álcool e os automóveis, entre outros, são mais alguns pontos que coincidem com o rejeitado PEC 4. Prometendo continuar a consolidação das contas públicas, a começar pelo défice orçamental, Sócrates voltou a atacar a oposição por ter iniciado uma crise política "no pior momento", apenas e só por "cálculo partidário". Por isso mesmo, acrescentou o ainda primeiro--ministro, Portugal viverá nos próximos anos "um período muito exigente em termos de austeridade orçamental, de dinâmica de crescimento económico e de realização de reformas em diferentes áreas."
'ESPIÃO DE CAVACO' NO CCB
A sala do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, foi demasiado pequena para todos os socialistas que quiseram estar na apresentação do programa. No meio da multidão, destaque para Ferro Rodrigues, cabeça-de-lista do PS por Lisboa. Uma presença também notada foi a de Rui Paulo Figueiredo, líder da concelhia do PS de Lisboa e agora candidato a deputado, conhecido como o ‘espião de Cavaco.' Entre outros, contava-se também o deputado António José Seguro, assim como alguns membros do Governo: ministros como Jorge Lacão, Silva Pereira, António Mendonça, Rui Pereira e Luís Amado - que, por opção, não integra as listas PS nestas legislativas. Ontem, o Tribunal Constitucional apresentou os orçamentos dos partidos para a campanha eleitoral. Dos 6,6 milhões de euros que os cinco maiores estimam gastar, o PS lidera, com 2,2 milhões de euros”.

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