quinta-feira, março 31, 2011

PSD/Açores entregue no Parlamento regional: “Promover a transparência das contas públicas da Região”

Li no Correio dos Açores que "o PSD/Açores apresentou um pacote legislativo para promover a transparência das contas públicas, que considera ser essencial para a “qualidade da democracia”, apelando a um largo consenso para a sua aprovação. “A transparência das contas públicas deve ser um desígnio do regime”, afirmou o líder parlamentar do PSD/Açores, Duarte Freitas, apelando ao envolvimento de todas as forças políticas neste processo para se obter um “quadro consensual”. Nesse sentido, frisou que esta questão “não pode ser redutível a lutas partidárias”, já que a legislação em causa “não é para esta legislatura, nem para este poder ou para esta oposição, é para o futuro dos Açores”. Em causa estão as “novas fórmulas e mecanismos”, que fazem com que existe “administração pública, investimento público e responsabilidades financeiras públicas fora do Orçamento”. “Não estamos contra qualquer nova forma de financiamento e de investimento público”, frisou Duarte Freitas, salientando que o PSD/Açores apenas pretende “assegurar que todos os cidadãos possam conhecer a realidade financeira da Região e as responsabilidades futuras”. Nesse sentido, considerou “imprescindível garantir que não exista qualquer dúvida acerca das contas públicas”, defendendo que deve ser “eliminada a opacidade e a falta de informação pormenorizada e consolidada”. Para inverter esse quadro, o PSD/Açores avança com um pacote legislativo que inclui uma anteproposta de lei, dois projectos de decreto legislativo regional e duas propostas de resolução. A anteproposta de lei visa alterar a Lei de Enquadramento do Orçamento da Região para que o executivo apresente ao parlamento informações “individualizadas e consolidadas de todo o Sector Público Empresarial Regional”. Um dos projectos de decreto legislativo regional pretende alterar o Regime de Apresentação de Contas pelo Sector Público Empresarial Regional para que cheguem ao parlamento elementos como planos estratégicos plurianuais, planos anuais de atividade, orçamentos anuais e relatórios trimestrais de execução orçamental, pretendendo ainda o PSD/Açores instituir um debate parlamentar anual sobre o Sector Público Empresarial Regional. O outro projeto de decreto legislativo regional visa criar uma Unidade Técnica de Apoio Orçamental no âmbito da Assembleia Legislativa para “elaborar estudos e documentos de trabalho técnico sobre gestão orçamental”. Relativamente às propostas de resolução, uma recomenda ao executivo regional que os mapas do Orçamento da Região, especialmente os que se referem a despesas sejam “detalhadamente desagregados de acordo com o classificador económico em vigor”. A outra visa a elaboração de um Código de Bom Governo para o Sector Empresarial Regional. Duarte Freitas frisou que este pacote legislativo “não é uma proposta fechada, está aberta ao contributo dos outros partidos”, manifestando esperança na abertura do PS porque “o partido no poder deve ser o principal interessado em que não haja opacidade nas contas públicas”. Onde é que eu já ouvi este discurso repetido não sei quantas vezes, mas com protagonistas em posições diferentes?!

“É viável o transporte em navio Ferry entre Açores, Madeira e continente”

Segundo o Correio dos Açores, "o primeiro subscritor da Petição Pública “Linha marítima para passageiros entre os Açores, Madeira e Continente” , Almiro Matos Costa, afirmou ao ‘Correio dos Açores’ “acreditar” que “é viável a operação de navios ‘Ferry’” da Região para o Funchal e Europa. A petição, que está a ter uma grande adesão, ultrapassou as 400 assinaturas e pretende chegar às mil, é ainda assinada por Maria da Cunha Bettencourt , responsável pelo Blogue ‘O Porto da Graciosa’ e por Paulo Jorge Melich Farinha, responsável pelo Blogue ‘Farinha-ferry’. Na petição, que os seus promotores pretendem entregar ao presidente do governo dos Açores, Carlos César, afirma-se que os Açores são as únicas ilhas europeias sem beneficiar de um serviço de Ferrys, “não podendo assim usufruir de uma auto-estrada marítima natural que atenuaria a descontinuidade territorial com o Continente europeu”. Almiro Costa considera ‘inaceitável’ que os Açores estejam a ficar de fora da auto-estrada marítima já existente por navio Ferry, entre o Continente, Madeira e Canárias . “É uma exclusão de uma alternativa de transporte de mercadorias que se está a revelar cada vez mais importante para o desenvolvimento económico devido a diminuição dos custos de transporte de mercadorias e sua consequente facilidade e versatilidade (nomeadamente com a utilização de toda a diversidade de veículos nas rampas RO-RO e consequente diminuição de custos de carga e descarga ). Sublinha, por outro lado, que se está “a desprezar” na Região uma alternativa ao transporte Aéreo, de que os Açores são “completamente dependentes”. Em seu entender, a Região “está a perder com esta exclusão fluxos turísticos de famílias que poderiam deslocar-se a São Miguel com viatura própria, que fazem férias sem recorrer a agências de viagem mas que consomem mais na economia real”. Explica que Ponta Delgada está a menos de 1000 quilómetros da Madeira, mais ou menos a mesma distância que a Madeira está do Continente, “mas, apesar disso, as relações económicas entre os dois arquipélagos são residuais…”. No seu entender, “seria desejável criar condições para que a actividade económica entre as duas regiões Autónomas se desenvolva, pois o mercado natural dos Açores é a Macaronésia…” O ‘Correio dos Açores’ tem procurado ouvir o secretário regional da Economia, Vasco Cordeiro, sobre esta matéria, mas o governante só regressa sexta-feira de férias, altura em que voltaremos ao assunto".

Para resolver isto ao ex-bastonário não lhe deu nenhuma pressa...

Um médico acusado de molestar mais de 20 pacientes continua a exercer clínica privada e apesar de ter sido expulso da Função Pública há um ano. Alcídio Rangel terá cometido os crimes no Hospital de Santa Marta, mas a PJ acredita que há outros casos. O bastonário da ordem dos Médicos diz que quer separar o trigo do joio na profissão mas lembra que a decisão está nas mãos do Conselho Disciplinar, que tem muitos processos pendentes. Agora os que lá estão é que têm que resolver um caso grave, como é evidente, para além de outros que aos poucos serão conhecidos na comunicação social que se encontra em investigação na OM

Ortopedia: afinal qual a gravidade dos factos apurados?

Li no Jornal da Madeira de hoje que "a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais solicitou, no passado dia sete de Janeiro, a pedido do conselho de administração do SESARAM, à Inspecção geral das Actividades em Saúde que realize um processo de inspecção ao serviço de ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, informa o gabinete de Francisco Jardim Ramos, em nota assinada pelo chefe de gabinete.Na nota, sublinha-se que «o respectivo relatório final apresenta um retrato completo e circunstanciado da actividade do serviço de ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, sobretudo da sua actividade clínica». «As respectivas conclusões e recomendações fora, através de seu despacho, datado de 24 de Março de 2011, inteiramente subscritas, determinando a adopção imediata de medidas concretas para a resolução das disfuncionalidades detectadas», pode-se ainda ler na nota. O comunicado prossegue: »Neste contexto, foram determinadas medidas de natureza instrutória, as quais ficam sujeitas a segredo de justiça, cuja divulgação pública só é possível, quando legalmente seja consentido". Curiosamente até ao momento não existem reacções nem dos visados nem de estruturas corporativistas que costumam aparecer rapidamente a dar cobertura a tudo na praça pública, arranjando "explicações" para tudo e "culpados" de tudo o que se passa. Desta vez pelo menos não podem dizer que foi um "truque" de Miguel Ferreira ou do Secretário Regional pois o documento foi elaborado pela insuspeita Inspecção geral das Actividades em Saúde. A não ser que este organismo continental já passe a "suspeito" de uma qualquer cumplicidade com o "inimigo", quem sabe se à conta de algumas espetadas e de vinho jaqué...

Administrador dos CTT suspende cargo para esclarecer habilitações académicas

Um administrador dos CTT, Marcos Batista, dizia ser licenciado em economia mas, afinal, nunca concluiu o curso. Agora, Marcos Batista pediu a suspensão do cargo para tentar esclarecer as dúvidas relacionadas com as habilitações académicas.

Vale a pena confirmar a "crise socialista"...

"Ler a segunda série dos Diários da República Portuguesa nos últimos dias torna-se um trabalho difícil e complicado. São mais de 100, em apenas duas publicações editadas desde que o primeiro-ministro bateu com a porta, as vezes em que se pode ler na “bíblia” da actividade estatal as palavras “nomeio”, “contrato”, e “tempo indeterminado”. Os dias de nomeações “cor-de-rosa” estão perto do fim, e o Executivo socialista e respectivas administrações locais não conseguem dar vazão às prováveis últimas colocações do aparelho. Ministérios, câmaras, institutos, universidades e afins publicaram à volta de uma centena de novos nomes que não vão constar nas listas do desemprego. Menos de 24 horas depois de José Sócrates anunciar ter prescindido do emprego de governante, muitos foram os que passaram a ter remuneração fixa, publicada em Diário da República. Paulo Campos, secretário de Estado dos Transportes, foi dos primeiros a dar o exemplo. Baseado na lei, como sempre, nomeou para “prestar colaboração com o meu Gabinete como assessora a licenciada Cátia Solange Loureiro Rocha”. Atribui-lhe “remuneração equivalente à de adjunto de Gabinete, incluindo subsídio de refeição, despesas de representação, férias e subsídios de férias e de Natal”. Ou seja, 1.434,52 euros por mês, enquanto este Governo durar. Também “Carlos Jorge Reis Leitão” é nomeado “para exercer, em regime de substituição, o cargo de director de Planeamento do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, IP”. Com a hipótese de “optar pelo vencimento ou retribuição base da sua função, cargo ou categoria de origem”. Naturalmente, a contar de 1 de Janeiro de 2011. Na assinatura do despacho lê-se o nome do presidente do Conselho Directivo do InIR, I. P., Alberto Conde Moreno, que igualmente assina a nomeação de “Maria Fortunata Pedreira Direitinho Rico Silva Dourado, para exercer, em regime de substituição, o cargo de chefe do Departamento de Comunicação do Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias, I. P”. Também com opção do vencimento. Já o Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais aproveita o dia a seguir à renuncia para tornar público que “foram celebrados contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, na sequência de recrutamento através de procedimento concursal” de dois assistentes técnicos. Ministérios, institutos, universidades O Centro Local da Beira Alta estava também sem director, logo, nomeia-se um licenciado para ocupar o lugar. E justifica-se esta contratação com os “termos e ao abrigo do disposto nos artigos 20.º e 27.º, conjugados com os nºs 8, 9 e 10 do artigo 21.º, todos da Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro, alterada pelas Leis n.º 51/2005, de 30 de Agosto, e 64 -A/2008, de 31 de Dezembro e nova redacção dada pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de Abril, e com o n.º 5 do artigo 2.º e artigo 9.º, ambos do Decreto-Lei n.º 326 -B/2007, de 28 de Setembro”. Já o Ministério da Saúde faz tornar público que “foi celebrado um Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado, com efeitos a partir de 1 de Março de 2011, ficando este trabalhador integrado na carreira e categoria de técnico superior, com a remuneração de 1.201,48 euros (mil duzentos e um euros e quarenta e oito cêntimos), correspondente à 2.ª posição remuneratória da carreira de técnico superior e ao nível remuneratório 15 da tabela remuneratória única”, Carlos Morais Sarmento Morais. Para a administração Central do Sistema de Saúde, I. P., ACSS, I. P., entrou Maria de Fátima Dias Escada, “com a remuneração de 1.201,48 euros (mil duzentos e um euros e quarenta e oito cêntimos), correspondente à 2.ª posição remuneratória da carreira de Técnico Superior e ao nível remuneratório 15 da tabela remuneratória única”. No Algarve, o Instituto da Droga e da Toxicodependência, I. P., e na sequência de procedimento concursal comum, foi autorizada a celebração de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para ocupação de quatro postos de trabalho, existentes na carreira de Enfermagem, do mapa de pessoal da Delegação Regional do Algarve do Instituto da Droga e da Toxicodependência, I. P., com quatro pessoas, ficando as trabalhadoras posicionadas entre a 1.ª posição, 15.º nível remuneratório, e a 2.ª e 3.ª posição e entre 19.º e 23.º nível remuneratório, constantes do anexo ao Decreto -Lei n.º 122/2010 de 11 de Novembro”. Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia, e Ensino Superior, e sempre ao disposto do “disposto no n.º 3 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 164/2007, de 3 de Maio”, nomeou como “representante do Ministério” na secção interministerial do conselho consultivo da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género a Doutora Lígia Barros Queiroz Amâncio”. Do Ministério da Cultura soube-se que o licenciado Nuno Humberto Pólvora Santos foi nomeado “para prestar colaboração no meu Gabinete, na área da sua especialidade, em regime de comissão de serviço, através de requisição feita à entidade pública empresarial denominada OPART — Organismo de Produção Artística, E. P. E”, e que a este senhor, “pelo exercício das funções referidas no número anterior será atribuída a remuneração correspondente à de adjunto do gabinete, actualizável em função dos aumentos da função pública, incluindo o respectivo abono para despesas de representação e subsídio de refeição”. Para que não restem dúvidas, “o nomeado terá direito a subsídios de férias e de Natal de quantitativo equivalente ao da remuneração mensal referida no número anterior”. O pior é que esta nomeação só “dura enquanto se mantiver a minha nomeação (de Gabriela Canavilhas) no presente cargo, podendo ser revogada a todo o tempo”. No ranking das nomeações, seguem-se a Universidade de Lisboa, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, e vários institutos politécnicos. Logo seguidos de inúmeros municípios do País. Cada um destes Diários da República, nos dois primeiros dias depois do adeus de Pinto de Sousa, tinha entre 280 e 290 páginas. É de calcular que os seguintes sejam muito maiores.» (In Jornal “o Diabo”, publicado hoje no Jornal da Madeira, com a devida vénia)

Carta publicada em jornal irlandês alerta que pedido resgate português está para breve

O jornal irlandês "Sunday Independent" publicou um artigo de opinião sobre Portugal. Em jeito de uma irónica carta, em nome da Irlanda, é notado que os políticos portugueses, tal como os irlandeses vão mostrar-se renitentes quanto à ajuda externa. Quando assim for, diz "a Irlanda", "isto quer dizer que o resgate está para breve".

Norte: desemprego entre jovens toca recorde

Diz a Agência Financeira que "a taxa de desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos na região Norte ultrapassou pela primeira vez os 25 por cento no último trimestre de 2010, revela o relatório Norte Conjuntura divulgado esta quarta-feira pela CCDR-N. «Este valor indica que, por cada três jovens empregados, existia um que queria trabalhar mas não encontrava emprego», salientam os autores do relatório, referindo que o novo máximo se fixou nos 25,3 por cento. De acordo com o relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a taxa de desemprego dos jovens tem registado uma subida acentuada desde 2002, ano em que se fixava em sete por cento. A taxa de desemprego dos jovens a nível nacional situou-se no último trimestre de 2010 nos 23 por cento, ligeiramente abaixo do trimestre anterior".

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PSD decidiu ir sózinho às urnas

O PSD decidiu, em definitivo que vai às urnas sozinho. mas admite coligar-se, se, e depois, de vencer as eleições. A decisão foi tomada ontem à noite, no Conselho Nacional do partido que aprovou as linhas gerais do programa eleitoral com uma abstenção apenas.

Passos explicou por que rejeitou o PEC 4

Pedro Passos Coelho, num artigo publicado no Wall Street Journal, explica por que rejeitou o PEC 4. Diz que as medidas de austeridade propostas pelo governo "não iam suficientemente longe".

Crise deixa tribunais sem tinta nas impressoras

Há muito que o mundo da Justiça se queixa de falta de meios e desta vez há uma situação quase caricata tribunais que dizem não ter tinta para as impressoras. Um Juiz do Tribunal de Almada lembra que parecem ninharias, mas, sem sentenças escritas, um arguido pode, num caso limite, ser libertado. A Direcção Geral da Administração da Justiça garante que os casos estão a ser resolvidos.

Amartya Sen aponta dedo acusador aos mercados

O Nobel da Economia considera que os mercados têm de ser responsabilizados pela forma como agravam a crise. Numa entrevista à jornalista Márcia Rodrigues, Sen acusa mesmo os mercados de agirem com total impunidade.

Standard & Poor's corta rating dos quatro maiores bancos portugueses

A agência de notação financeira coloca estes bancos um degrau acima de "lixo". O BCP já estava nesse patamar desde a passada segunda-feira. Agora descem a esse nível a CGD, o Santander Totta, o BPI e ainda duas subsidiárias, o Banco Espírito Santo de Investimento e o Banco Português do Investimento.

De 2007 até hoje, deficit esteve afinal sempre acima do tecto

Não foi apenas o défice do ano passado que teve as contas revistas... O novo método para contabilizar os desequilíbrios das empresas de transportes provocou também a subida dos números dos anos anteriores. Em 2007, o valor anterior do défice era de 2,8%, o mais baixo da democracia, viria a subir para os 2,9 no ano seguinte e a disparar para 9,4% em 2009. Com a revisão das contas, todos estes valores subiram. O défice de 2007 foi agora fixado nos 3,1% e o de 2008 em 3 e meio por cento. Ou seja, em nenhum desses anos, Portugal conseguiu manter o défice abaixo do tecto de três por cento. Em 2009, já se sabia que o desequilíbrio das contas do Estado seria muito maior, e atingiu, afinal, os 10 por cento.

Presidente do BPI acha que ajuda externa já devia ter sido pedida

O presidente do BPI questiona agora porque é que Portugal não pediu ajuda externa há mais tempo. Fernando Ulrich diz que a informação que tem sido divulgada sobre a situação do país torna cada vez mais difícil evitar essa opção. O banqueiro deixa, no entanto, elogios ao Ministro das Finanças. Diz que Teixeira dos Santos é "muito corajoso ao arcar com esta responsabilidade sozinho".

Os «ratings» explicados a todos

Escreve a jornalista da Agência Financeira/TVI, Paula Gonçalves Martins que "está farto de ouvir falar em agências e cortes de rating sem saber muito bem o que isso é e como funciona? Nós explicamos-lhe tudo, por A+B. No final, vai ver que até parece simples. Antes de mais, os ratings são notas ou classificações, que medem o nível de risco. Assim, quando uma agência baixa a nota de Portugal, quer dizer que o país apresenta maior risco de não pagar as suas dívidas. xistem três grandes agências mundiais que atribuem estas notas: a Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's (S&P). A primeira costuma ser considerada a menos credível das três, e a última é aquela que os investidores mais seguem. Como interpretar a tabela das notas A explicação torna-se mais fácil olhando para a tabela de classificações tem 3 grandes áreas: A, B e C, do melhor para o pior. Na zona A, cabem as classificações de «prime» (excelente, AAA), notas «altas» e «médias altas». Os países com estas notas são os mais seguros. zona B já se divide entre notas positivas e negativas. As notas que ainda incluem três B (BBB) são notas «médias baixas» e são ainda consideradas positivas. Mas daqui para baixo, está-se no vermelho, é nota negativa e as dívidas destes países são consideradas «lixo». Isto significa que a dívida do país é considerada especulativa, e pouco recomendável, por existir o risco de o país não pagar aos credores. os primeiros níveis do vermelho, pode-se considerar que estamos perante lixo mas com alguma qualidade. Depois, à medida que se vai descendo na tabela, a qualidade do lixo vai baixando, em que o risco aumenta exponencialmente, até que se atinge aquilo a que se pode chamar de lixo tóxico: um investimento que não interessa a ninguém. Esta categoria é atingida já na zona C, quando um país está na bancarrota e com pouca ou nenhuma perspectiva de recuperar. uanto mais abaixo se está, maior o risco e maiores os juros exigidos pelos investidores. Onde está Portugal? As três grandes agências têm diferentes tabelas de classificação, mas, independentemente do que chamam às notas, o significado é o mesmo. A S&P, que baixou a nossa nota três níveis na última semana, é a que nos atribui a classificação mais baixa: BBB-. stamos no último degrau em que ainda se pode considerar nota positiva. Se descermos mais um nível (e a S&P não afasta um novo corte), caímos na categoria de não investimento, somos considerados um investimento especulativo e passamos a estar na área do lixo. Moody's e a classifica-nos com um A3 e a Fitch com um A- (duas notas que são, na verdade, equivalentes), três degraus acima da S&P. Mas a Fitch diz que também pode obrigar-nos a descer mais degraus. Estas agências são de confiança? Esta questão é polémica. As agências de rating sempre foram encaradas com credibilidade e respeito pelos investidores, mas nos últimos tempos algumas dúvidas foram levantadas e estas têm sido alvo de críticas. s agências têm contratos com os Estados cuja dívida avaliam. Ou seja, Portugal tem contrato com estas agências, paga-lhes para que avaliem a nossa dívida, para que lhe dêem uma nota, porque só assim os investidores se sentem seguros para investir na nossa dívida, ou seja, para emprestar dinheiro ao país. s agências não são directamente controladas por ninguém, mas a exactidão das suas avaliações é medida pelos resultados que dão: se as agências avaliam de forma errada e dão más indicações de investimento, levando os investidores a perder dinheiro, começam a ser vistas com maior desconfiança. inda que continuem a ser reputadas, a credibilidade das agências sofreu um duro golpe com a crise financeira, já que alguns bancos e países a quem atribuíam boa nota se revelaram mais frágeis e acabaram mesmo por perecer com a crise. Ou seja, viu-se que elas também falham e que alguma coisa estava mal nas suas avaliações". Veja aqui o video com esta notícia da TVI.

Juros da dívida pública sobem 34% em três meses

Segundo a Agência Financeira/TVI, num texto da jornalista Fernanda Teixeira, "a preços médios, em três meses, a taxa de juro da dívida a 10 anos trepou de 6,7 por cento para 8,2 por cento. Os juros da dívida pública já aumentaram 34 por cento desde que Portugal começou a ser alvo de uma sucessão de cortes de rating por parte das várias agências de notação financeira. Tudo porque os investidores temem que o Portugal anémico e endividado de hoje não consiga pagar o que pede emprestado amanhã. Fruto desta desconfiança, as agências de rating não dão tréguas a Portugal e reforçam os sinais de alerta. O risco de comprar dívida nacional está a aumentar e é este risco crescente que faz accionar o corte da notação. Desde Dezembro, Fitch, Moody`s e Standard & Poor`s, as três grandes agências de notação financeira, têm vindo a cortar o rating da República portuguesa, cada um com efeito imediato e consistente na subida dos juros. A preços médios, em três meses, a taxa de juro da dívida a 10 anos trepou de 6,7% para 8,2%, ou seja o preço do dinheiro ficou 34% mais caro. Os juros aumentam à medida que a qualidade da dívida cai e, de credível, a dívida tem vindo a descer patamares uns atrás dos outros. Agora está numa classificação apenas um nível acima da categoria «lixo». Esta nota traduz perigo, alerta encarnado para os investidores. Daí para baixo o perigo aumenta até à nota «C» - sinal de risco do país entrar em bancarrota, deixando de ser capaz de reembolsar os credores. E é por isso que os investidores com seguem com tanta atenção as notas atribuídas pelas agências".

Joe Berardo: "FMI não quer saber se os portugueses estão a passar fome”

Li no Económico que "Joe Berardo diz que a entrada do FMI só contribuirá para pagar o que Portugal deve aos investidores, sem melhorar o nível de vida. Para o comendador, o País deve evitar a todo o custo a entrada do Fundo Monetário Internacional."Se o FMI cá entrar vai estar é preocupado com o dinheiro que Portugal deve aos investidores. Não vão querer saber se os portugueses estão ou não a passar fome, não vai melhorar em nada o nosso nível de vida", diz Berardo. Sobre os sucessivos cortes de ‘rating' nas principais empresas e bancos nacionais, o empresário avisa que um possível resgate de Bruxelas de pouco servirá para mudar a situação. "O dinheiro que vier dos fundos e do FMI não vai melhorar o ‘rating' das empresas", sublinha o empresário. Em relação às eleições antecipadas, Joe Berardo considera que a mudança de cor política não mudará a situação económica portuguesa. "Não há dinheiro em Portugal, portanto tanto faz se o governo é PS ou PSD", afirma o comendador, não deixando de ressalvar que "a queda do governo de Sócrates contribuiu para piorar ainda mais o problema."

Prós e contras de recorrer à ajuda da UE e do FMI

Escreve o jornalista do Económico, Rui Barroso, que "a escalada dos juros no mercado secundário, aliada ao apertado calendário de reembolsos de dívida até Junho, tornam cada vez mais provável que Portugal tenha de recorrer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e ao FMI. Conheças as vantagens e desvantagens desta opção. 1 - Financiamento mais barato que as taxas actuais do mercado Segundo a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, "a taxa de que se poderá estar a falar [no eventual recurso ao FEEF] é cerca de 4,2% nos prazos até três anos e 5,2% nos prazos superiores a três anos". No mercado secundário, que serve de indicador ao juro que Portugal terá de pagar se emitir dívida, os títulos a três anos negoceiam com uma ‘yield' de 8,69% e as Obrigações a cinco anos com juros de 9,132%. No entanto, as condições do apoio financeiro podem ser negociáveis, o que leva economistas como Luca Mezzomo, do Intesa SanPaolo, a defender que quanto mais rápido se solicitar ajuda, melhor: "Seria um erro esperar que a procura desaparecesse para agir. Pedir assistência agora preservaria algum grau de acesso ao mercado". Já o professor da Faculdade de Economia da Nova, Luciano Amaral, entende que "não ter recorrido ao FMI já tem em si um custo, que é as taxas de juro continuarem sempre a subir. Qualquer recurso à ajuda externa já teria permitido pelo menos travar o crescimento dos juros". Apesar da escalada nas taxas, Cristina Casalinho calcula que "o custo do financiamento do Tesouro português nos primeiros três meses do ano rondou 5,2%, tendo um prazo médio inferior a cinco anos". 2 - Fundo pode credibilizar mas leva país para a recessão Tendo em conta as taxas actuais no mercado secundário, o FEEF/FMI até poderia fornecer financiamento mais barato. Mas, para o estratega de dívida do Commerzbank, David Schnautz, a ajuda não significa que se resolvam os problemas: "A chave é reparar a economia portuguesa". Já para Azad Zangana, o pedido de ajuda seria um passo importante para Portugal. Isto porque, argumenta o economista da Schroders, "permitiria financiamento para seis a sete anos e a possibilidade de Portugal organizar as suas contas públicas" sem ter a pressão dos mercados. No entanto, as contrapartidas exigidas para recorrer ao FEEF/FMI são uma espécie de terapia de choque. "Só temos o lado da austeridade e a austeridade tem um efeito recessivo na economia. E é por isso que as taxas de juro [do FMI e da UE] não são sustentáveis, porque não estão baseadas numa possibilidade muito visível de crescimento", adverte Luciano Amaral. Apesar disto, agências de ‘rating' como a Fitch asseguram que "um programa económico do FMI/UE iria fortalecer a credibilidade de Portugal no esforço de fazer reformas orçamentais e estruturais depois do episódio" da demissão do Governo. E ameaça cortar o ‘rating' a Portugal se o país não pedir ajuda. 3 - FEEF pode ser insuficiente para resolver problemas de financiamento Os bancos internacionais e os líderes europeus têm referido que um eventual resgate a Portugal custaria entre 70 e 80 mil milhões de euros. Cristina Casalinho explica que Portugal teria de ter condições diferentes da Grécia, em que o problema se centrava principalmente nas contas do Estado, ou da Irlanda, que teve de assumir as responsabilidades da banca. Isto porque, em Portugal, os problemas de financiamento são transversais a toda a economia: "Uma vez garantido o financiamento do Estado nos próximos anos, tem de se assegurar igualmente o financiamento de bancos, empresas e famílias. O programa de auxílio a Portugal tem de salvaguardar esta especificidade". 4 - Reconquistar a confiança do mercado levará anos Com ou sem recurso a ajuda, a reputação de Portugal parece estar pelas ruas da amargura. "Os danos reputacionais já não interessam. Os investidores em Obrigações provavelmente removeram as OT da sua lista de títulos a comprar e qualquer alteração a isto será um processo de longo prazo", defende David Schnautz. Casalinho diz que "o recurso provoca não só danos de imagem, mas implica uma elevação dos custos de financiamento estruturais da economia portuguesa durante um período prolongado". E alerta que o pedido de ajuda "significa que, muito dificilmente, no espaço de dez anos Portugal poderá voltar a ter prémios de risco alinhados com a Espanha ou com maioria dos países europeus, excepto Grécia".

Crise: Irlanda cria sistema com apenas dois bancos

Segundo a TVI, "a Irlanda vai criar um sistema financeiro com apenas dois bancos, anunciou esta quarta-feira o ministro das Finanças, Michael Noonan, depois dos testes de stress terem revelado que a banca irlandesa necessita de mais 24 mil milhões de euros. Apesar do valor ficar abaixo do esperado - as últimas estimativas apontavam para 30 mil milhões de euros - mostra a falta de saúde financeira da banca irlandesa, depois de já ter recebido 220 mil milhões de euros (70 mil milhões de ajuda à recapitalização, e 150 mil milhões ao financiamento de curto prazo). Os quatro bancos irlandeses foram agora sujeitos a novos testes de stress, concluindo que o plano de salvação deste sistema financeiro vai ficar 24 mil milhões mais caro à União Europeia e FMI. Em reacção, Michael Noonan explicou, citado pela Reuters, que estas novas «injecções de capital vão ser aproveitadas para criar um novo sistema bancário com dois bancos de serviço universal, que serão os pilares deste sistema». Ao mesmo tempo o Irish Life & Permanent IPM.I será «reestruturado», garantiu o governante. Agora, quatro bancos irlandeses vão ser fundidos em dois: o Bank of Ireland e o Allied Irish Banks/EBS. O Allied Irish Banks foi, aliás, o que ficou em pior lugar, sendo aquele que necessita de realizar o maior aumento de capital: 13,3 mil milhões de euros. O Bank of Ireland precisa de 5,2 mil milhões de euros, o Irish Life necessita de quatro mil milhões de euros e o EBS terá que realizar um aumento de capital de 1,5 mil milhões de euros. O Governo liderado por Enda Kenny já detém a maioria do capital do Allied Irish Banks e do EBS, juntamente com o Anglo Irish Bank. Para resgatar a Irlanda, a União Europeia e o FMI já gastaram 85 mil milhões de euros. Mas a adivinhar mais dificuldades, o Banco Central Europeu tinha reservado uma linha de 60 mil milhõesde euros só para a banca irlandesa".

FMI: Portugal enfrenta «situação difícil»

Li no site da TVI que "o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que Portugal enfrenta uma «situação difícil», mas jura a «pés juntos» que «não foi entregue qualquer pedido de ajuda» - pelo menos para já - por parte do Governo português. De acordo com a responsável do FMI para as relações externas, Caroline Atkinson, citada pela agência Bloomberg, «Portugal está numa situação difícil e as autoridades vão precisar de continuar a desenvolver esforços para reduzir o défice orçamental». «Não temos nenhum pedido de ajuda de Portugal», adiantou. Estas declarações surgem no dia em que Portugal reportou a Bruxelas os números do défice orçamental. O INE anunciou esta quinta-feira que afinal o défice de Portugal chegou aos 8,6 por cento o ano passado, ou seja, bem acima da meta de 7,3% prometida pelo Governo a Bruxelas".

Opinião: "Un antipático (Sócrates) contra todos"

"El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos europeos y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos diciendo que que el país puede superar sus problemas con sus propias fuerzas. Después de ser derrotado en el Parlamento ha presentado su dimisión y ha lanzado a su partido, el socialista, de frente y a toda velocidad contra la oposición liberal-conservadora, esperando que en el último momento un volantazo de buena suerte le permita dar la vuelta a las encuestas y regresar victorioso. En la última cumbre europea de Bruselas, este viernes, sorprendió a muchos cuando se dedicó a saludar estrechando la mano a todos los periodistas antes de sentarse a explicar su versión de lo que había sucedido en el Consejo. Dada su proverbial fama de antipático, el gesto podía interpretarse como una especie de despedida, teniendo en cuenta que para la próxima cumbre es posible que las elecciones le hayan devuelto a la oposición. «Puede tener usted la seguridad de que no me estoy despidiendo» aclararía después, «aunque estoy seguro de que en su periódico es lo que están deseando». Sócrates no solo conoce perfectamente todo lo que se dice sobre él en los diarios de Lisboa (y por lo que se ve también de algunos de Madrid) sino que está convencido de que gran parte de sus problemas vienen del hecho de que no siempre cuentan las cosas del modo que más le gustaría. En la misma comparecencia atacó sin mucho disimulo las preguntas incómodas, a pesar de que coincidían con la opinión que estaban expresando los demás jefes de Gobierno en salas contiguas: «lo que causa la especulación son preguntas como las que me están haciendo. Portugal no necesita ninguna ayuda y si lo que se quiere es parar los movimientos especulativos, es infantil creer que eso sucederá si pedimos ayuda». Portugal deberá hacer frente al vencimiento de una serie de paquetes de deuda por valor de 9.000 millones de euros en los próximos tres meses, en plena campaña electoral, forzada precisamente porque Sócrates no logró que el Parlamento aprobase el plan de recortes de gastos que había pactado con las instituciones comunitarias. Desde que el líder socialista es primer ministro, la deuda del país ha ido aumentando de forma vertiginosa. Solo en 2010 tuvo que pedir 51.000 millones de euros, un treinta por ciento más que el año anterior, y un 50 por ciento más que el precedente. Los intereses que tiene que pagar por los nuevos préstamos son cada vez más altos y las últimas subastas han estado rozando —por arriba—l 8 por ciento de interés. Sin embargo, Sócrates asegura que tiene dinero para pagar estas obligaciones, cuya amortización rebajaría sustancialmente la presión financiera sobre el país. Para creer a Sócrates hay que hacer abstracción de las partes más importantes de su biografía. No solo que empezase su carrera política como fundador de las juventudes del Partido Social Demócrata (conservador), sino porque, ya militante socialista, su escasa carrera privada en el sector de la construcción en los años 80 fue una de las más desastrosas de la época. Tuvo que retirarse porque el ayuntamiento de la ciudad de Guarda, para el que trabajaba, lo destituyó por unanimidad antes de que lle lloviesen las demandas por la escasa calidad e sus proyectos. Su escandalosa manera de hacerse con una licenciatura como ingeniero teniendo en cuenta que cuatro de las cinco asignaturas las impartía un profesor al que luego otorgó un cargo importante en el Gobierno y la quinta el propio rector de una universidad privada de Lisboa que acabó siendo cerrada precisamente por el cúmulo de irregularidades que aparecieron al investigar el escándalo, o que algunos de los pocos exámenes que constan en su expediente los enviaase por fax desde el despacho de primer ministro o que el título lleve fecha de expedición en un domingo, no le impidió aparecer en televisión defendiendo su honorabilidad y acusando a sus adversarios de inventarse un plan para perjudicarlo. Sin embargo, de lo que ahora se trata es de dinero. De mucho dinero y de la posible quiebra de todo un país. El presidente del Eurogrupo, el luxemburgués, Jean Claude Juncker, ya le tiene hechas las cuentas a Sócrates y asegura que necesita un plan de rescate de más de 70.000 millones de euros para garantizar el pago de una deuda que, por cierto, está sobre todo en manos de bancos españoles. Es imposible que no hayan hablado de esto en la reunión que Sócrates mantuvo el jueves con la canciller Ángela Merkel, que es finalmente la que tiene las llaves de la caja del mecanismo de ayuda finmanciera, pero Sócrates no quiso desvelar el contenido de la conversación: «me va a permitir que dejemos el contenido de esa entrevista en el ámbito privado entre la canciller Merkel y yo mismo». Al menos esta vez a Merkel no le ha pasado como al líder de la oposición de Portugal, el conservador Pedro Passos Coelho, que después de unas experiencias espinosas con el aún primer ministro ha acabado por advertir qe no se volverá a reunir con Sócrates «si no es en presencia de testigos». (Editorial do ABC, com a devida venia)

El Fondo Monetario Internacional confirma que España no es Portugal

Diz o ABC num texto do jornalista Pedro Rodríguez que "el Fondo Monetario Internacional -que hasta ahora no ha dejado de llamar la atención sobre los problemas financieros de España- ha dejado saber que nuestro país avanza por la dirección correcta y que los mercados así lo están reconociendo. De esta manera, la economía de España no estaría en posición de contagiarse de la grave situación que sufre Portugal en estos momentos, agravada este jueves con el reconocimiento por parte del gobierno de Lisboa de que su déficit fiscal fue bastante superior a lo anunciado en el 2009 y el 2010. Según ha recalcado Caroline Atkinson, portavoz oficial del Fondo Monetario, «las rotundas medidas que ha tomado el Gobierno de España en el terreno fiscal y reformas más amplias para abordar la situación en el mercado laboral, impulsar el empleo y crear más puestos de trabajos, así como los pasos para reforzar el sistema financiero son muy importantes». Con respecto a Portugal, la institución financiera con sede en Washington ha indicado que la economía lusa se encuentra en una «situación difícil» y que el gobierno de Lisboa debe cumplir con la obligación de recortar el gasto público e implementar las requeridas reformas para impulsar su crecimiento. Aunque según ha reconocido la portavoz Atkinson, Portugal no ha solicitado todavía ninguna ayuda financiera o paquete de rescate al Fondo".

Afinal....: Ministro de Dilma diz ser improvável compra de dívida portuguesa

Diz o Económico que "Guido Mantega, ministro das Finanças brasileiro, vê como pouco provável a aquisição de dívida pública portuguesa. "Não acredito nisso", disse hoje o governante brasileiro, citado pela Bloomberg, quando questionado sobre a possibilidade de o Brasil ajudar Portugal através da compra de títulos de dívida pública. Esse cenário foi admitido esta semana pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante uma curta visita a Portugal. A aquisição de dívida pública por parte de países como Brasil é uma das alternativas ao financiamento normal nos mercados, onde estão a ser cobrados taxas insustentáveis a Portugal".

Comunicação do Presidente da República após reunião do Conselho de Estado



"Boa noite, Decidi hoje aceitar o pedido de demissão apresentado pelo Senhor Primeiro-Ministro, dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para o próximo dia 5 de Junho. Após o Primeiro-Ministro me ter apresentado formalmente o seu pedido de demissão, por considerar que não dispunha de condições políticas para se manter em funções, convoquei de imediato os partidos políticos representados na Assembleia da República, que recebi em audiências realizadas no passado dia 25. Nessas audiências, todos os partidos políticos, sem excepção, expressaram a opinião de que, no actual quadro parlamentar, não é possível gerar uma outra solução de governo com condições para resolver os problemas do País. Os partidos reafirmaram, aliás, a posição que haviam tomado quando os ouvi em Outubro de 2009, na sequência das eleições desse ano. Em consequência, todos defenderam a dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições legislativas. Ouvi hoje, nos termos constitucionais, o Conselho de Estado que, por unanimidade, se pronunciou favoravelmente à dissolução da Assembleia da República. Tomei a decisão de convocar eleições legislativas tendo em conta a objectiva e indiscutível degradação da situação política nacional, que é evidenciada, desde logo, pela crescente dificuldade do Governo minoritário que resultou das eleições de 2009 e da Oposição em estabelecerem entendimentos em torno das medidas necessárias para ultrapassar os problemas económicos e sociais com que Portugal se defronta. É visível para todos os Portugueses o aumento da falta de confiança recíproca entre as diversas forças políticas e a ausência de diálogo e de negociação entre o Governo e os partidos da Oposição. Concluí, assim, que só através da realização de eleições e da clarificação da situação política poderão ser criadas novas condições de governabilidade para o País. Sendo crescentes as dificuldades de financiamento da nossa economia, entendi ser necessária uma resolução rápida do actual impasse político, restituindo a palavra ao povo, a quem cabe, em Democracia, manifestar a sua vontade soberana nas alturas decisivas. A maioria dos partidos manifestou a sua preferência pelo dia 5 de Junho para a realização das eleições. O dia 29 de Maio, outra data possível, implicava, no quadro da legislação em vigor, um período mais reduzido para o desenvolvimento do processo de preparação das candidaturas, pelo que decidi convocar as eleições para a data que melhor permita a todas as forças políticas apresentarem as suas propostas e os seus candidatos de forma esclarecedora para o eleitorado. Estas eleições irão ter lugar num momento crítico da vida nacional, sendo a actual situação extremamente grave no que se refere ao desequilíbrio das contas públicas, ao desequilíbrio das contas externas, ao endividamento externo e às necessidades de financiamento do Estado. É bastante elevado o montante dos pagamentos a fazer ao estrangeiro ainda este ano sob a forma de juros e empréstimos vencidos. A par disso, a situação social dá também sinais de agravamento, verificando-se existirem já mais de 600 mil desempregados, a que se junta o aumento das situações de pobreza e de precarização do emprego, sobretudo entre os jovens. As eleições do próximo dia 5 de Junho irão, pois, decorrer num momento em que o País é confrontado, em simultâneo, com uma crise política, com uma crise económica e com uma crise social. Tenho reunido e analisado toda a informação sobre a nossa situação actual e quero reafirmar claramente perante os Portugueses que considero fundamental, para a salvaguarda do interesse nacional, que as eleições permitam alcançar um compromisso estratégico de médio prazo, que resulte de um alargado consenso político e social. As eleições do próximo dia 5 de Junho, para além de renovarem a legitimidade da representação parlamentar, devem criar condições propícias à negociação e ao compromisso entre as diversas forças políticas. Como afirmei no meu discurso de tomada de posse, o País precisa que os responsáveis políticos assumam uma atitude inclusiva e cooperante. O próximo Governo tem pela frente uma crise económica e financeira sem precedentes. As dificuldades do País são tão profundas que ninguém pode ter a ilusão que elas irão desaparecer de um dia para o outro. Na campanha eleitoral que se irá iniciar em breve todos os partidos deverão ter bem presente a situação em que nos encontramos. A campanha eleitoral deve ser uma campanha de verdade e de rigor. Ninguém deve prometer aquilo que não poderá ser cumprido. Este não é o tempo de vender ilusões ou falsas utopias. Prometer o impossível – ou esconder o inadiável – seria tentar enganar os Portugueses e explorar o seu descontentamento. Confio na maturidade cívica do nosso povo. A próxima campanha deve ser sóbria nos meios e esclarecedora nas propostas que cada partido irá fazer ao eleitorado. Estas propostas têm de ser construtivas, realistas e credíveis e a campanha deve decorrer com elevação nas palavras e nas atitudes. Na situação actual do País, não é admissível que os partidos políticos fomentem um ambiente de crispação que inviabilize, após as eleições, os compromissos imprescindíveis com vista a encontrar uma solução de governo que assegure a estabilidade política, promova a credibilidade de Portugal no plano externo e tenha a capacidade para resolver os graves problemas nacionais. Nos termos constitucionais, o pedido de demissão do Primeiro-Ministro, que hoje aceitei, implica a demissão do Governo, o qual se manterá em funções para assegurar a gestão dos negócios públicos. A actuação do Governo fica, portanto, a partir de hoje, circunscrita à prática dos actos estritamente necessários à gestão dos assuntos do Estado. Mantendo-se em funções para assegurar a gestão dos negócios públicos, o Governo não está impedido de praticar os actos necessários à condução dos destinos do País, tanto no plano interno, como no plano externo, dever tanto mais acrescido quanto o momento que atravessamos é de grande exigência e responsabilidade. Neste contexto, compete ao Governo actuar de forma imparcial e transparente na utilização dos recursos do Estado. Quero publicamente, perante os Portugueses, garantir que o actual Governo contará com todo o meu apoio para que não deixem de ser adoptadas as medidas indispensáveis a salvaguardar o superior interesse nacional e assegurar os meios de financiamento necessários ao funcionamento da nossa economia. No mesmo sentido, apelo a uma atitude de cooperação responsável por parte dos partidos da Oposição. O Governo encontra-se em gestão, mas o Estado português permanece, como permanecem as dificuldades do País e as preocupações dos Portugueses no seu dia-a-dia. Por isso, o Estado tem de cumprir os seus compromissos e ninguém pode deixar de fazer tudo aquilo que tem de ser feito para proteger o nosso futuro. À garantia que dou de que, pela minha parte, colocarei sempre em primeiro lugar o interesse nacional quero associar uma palavra de esperança aos meus concidadãos. Nunca iludi os Portugueses nem lhes escondi a verdade. Hoje, reafirmo o que tenho dito: vivemos em dificuldades e nos próximos tempos iremos continuar a viver numa situação muito difícil, para a qual todos devemos estar preparados. É nestas alturas que se vê o sentido de responsabilidade de cada um, desde os mais altos representantes do Estado até cada cidadão em concreto. Se cada um estiver à altura das suas responsabilidades, se os Portugueses compreenderem que estamos perante um grande esforço colectivo, se os nossos cidadãos não se alhearem de um futuro que é de todos, Portugal irá vencer este enorme desafio. Este é, porventura, um dos momentos mais críticos da vida nacional desde que foi instaurado o nosso regime democrático. Temos a obrigação de defender o regime democrático, a nossa economia e o bem-estar dos cidadãos e das suas famílias. Se cada um fizer o que lhe compete, Portugal irá vencer.Este é o tempo das grandes decisões, a hora em que o sentido de responsabilidade dos Portugueses, de cada português, irá ser posto à prova. Juntos, conseguiremos ultrapassar as adversidades do presente e dar aos nossos filhos um melhor futuro.
Boa noite" (fonte: Presidência da República)

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Cuánto costará auxiliar a Lisboa?

Escreve o jornalista do ABC, Mocho Veloso que "la Unión Europea prepara entre bambalinas el rescate de Portugal. Y los mercados hace semanas que lo dan por hecho. La caída del primer ministro luso, José Sócrates, sólo ha despejado el camino y acelerado los tiempos. Ayer mismo, Bruselas dio una primera cifra a ese más que probable salvavidas para Portugal: 75.000 millones de euros. De ser así, España aportaría 6.240 millones para poner en orden las cuentas de la economía vecina. Fue Jean-Claude Juncker, primer ministro luxemburgués y presidente del Eurogrupo, quien estimó ayer ese montante total. De este, 25.000 millones serían aportados por el Fondo Monetario Internacional (FMI); el resto, 50.000 millones, por la Comisión Europea y los 17 países de la Eurozona. Y si como en el rescate a Irlanda, España avala el 12,48% del capital que desembolse la zona euro, su contribución final a la intervención de Portugal ascendería a 6.240 millones. Aunque esta cantidad podría variar en función de las condiciones que el Gobierno luso y las autoridades europeas y el FMI acordasen para la asistencia financiera a ese país. Como fuere, no parece que el importe final vaya a variar mucho del adelantado ayer por Juncker, que lo consideró «apropiado». De hecho, Royal Bank of Scotland se aproxima bastante a los primeros cálculos de Bruselas: 80.000 millones, prevén sus analistas. Lo que también podría rebajar la ayuda final de cada miembro es la participación o no de países ajenos al fondo de rescate. En el de Irlanda —costó 85.000 millones—, Reino Unido, Suecia y Dinamarca inyectaron 4.735 millones, por su grado de exposición a la banca celta. Entonces España dio 2.600 millones. Grecia recibió, en mayo de 2010, 110.000 millones a través de préstamos bilaterales y del FMI. Del actual fondo —dotado con 750.000 millones, de los cuales 400.000 son puestos por la Eurozona, 60.000 por la Comisión Europea y 250.000 por el FMI—, sólo 250.000 están disponibles de forma efectiva. Se usaron 17.500 en Irlanda. Quedan 232.500. Para Portugal, o quien los necesite"

Jornal inglês debaixo de fogo após gozar com Portugal

Segundo a Agência Financeira/TVI, "um artigo irónico que sugeria anexação de Portugal ao Brasil para acabar com a crise nacional desencadeou dezenas de comentários críticos.Pretendia ser uma piada, mas muitos leitores não gostaram. O reputado «Financial Times» sugeriu, na sua coluna «Lex», a anexação de Portugal ao Brasil, como uma província. Uma sugestão irónica para mostrar que os papéis se inverteram e que, nos dias que correm, era Portugal que tinha mais a ganhar com esta junção. Depois de descrever Portugal como um país «problemático» para a União Europeia, o jornal sugeria «uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil». Um país onde se fala português, e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década e com taxas ainda superiores nos últimos anos. «Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB», acrescentava. «Claro, o antigo colonizador ia ressentir-se da perda de status. Mas a anterior colónia tem algo a oferecer, além de spreads mais baixos no crédito e défices corrente e do Estado proporcionalmente muito inferiores. O Brasil é um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o centro emergente do poder mundial. Para casa, soa melhor do que a velha e cansada União Europeia», concluía. O artigo pretendia ser irónico, apesar de surgir publicado numa coluna prestigiada do jornal, mas os leitores não acharam graça e alguns consideraram-no mesmo insultuoso. O artigo está seguido de dezenas de comentários críticos, alguns deles também irónicos, sugerindo que o Reino Unido, pátria do «Financial Times» seja também anexado a antigas colónias, como os Estados Unidos, África do Sul ou mesmo à Índia, outra economia emergente e com elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes. O «Financial Times» é acusado de preconceito contra Portugal, de atentar contra a unidade na Europa e até de mau jornalismo. Há mesmo quem ameace suspender a subscrição da coluna «Lex», que é paga"

Opinião: "Como a crise política pode afectar o País e a sua carteira"

"Demissão do Governo não arrastará o PSI 20 para o abismo. O mesmo não deverá suceder com os fundos ricos em obrigações portuguesas. A semana que passou não se afastou muito da tendência normal dos acontecimentos dos últimos meses: o Sporting voltou a não marcar golos na Liga de futebol, o professor Marcelo Rebelo de Sousa discutiu mais uma vez o estado do país no Jornal Nacional da TVI de domingo, as ‘yields' das obrigações do Tesouro voltaram a bater novos máximos e a dívida pública não parou de crescer a um ritmo de 2 milhões de euros por hora. A grande novidade, ou talvez não, foi o anúncio da demissão do Governo na quarta-feira. Do ponto de vista da análise política, a renúncia de José Sócrates ao cargo de primeiro-ministro pode ter várias leituras mas do óculo económico e financeiro está longe de ser uma catástrofe. Pelo menos do ponto de vista dos mercados que, na quinta-feira, um dia depois de o pacote de medidas inseridas no PEC IV ter sido rejeitado pelo Parlamento e o primeiro-ministro ter apresentado a demissão do Governo, somou uma sessão de ganhos que prolongou-se até ao final da semana. Nem mesmo o corte de ‘rating' da dívida portuguesa das agências de notação financeira Fitch e Standard & Poor's na quinta-feira, abalaram o movimento da bolsa portuguesa. "O mercado não reage obrigatoriamente mal a más notícias. O mercado reage é muito mal à incerteza", justifica Ricardo Valente, professor na EGP- University of Porto Business School, salientando ainda para o facto de "a clarificação política e a legitimidade política serem fundamentais para o mercado". A última crise política em Portugal revela isso mesmo: desde a demissão de Santana Lopes, a 30 de Novembro de 2004, até à realização das eleições legislativas, a 20 de Fevereiro de 2005, o desempenho do principal índice accionista da bolsa portuguesa não diferiu muito da ‘performance' dos seus pares europeus. "Contudo, na actual conjuntura, o cenário mais provável é a continuação da tendência de ‘underperformance' do PSI 20", refere Angelo Mea, analista do BPI, no "Diário de Bolsa" do banco de quinta-feira. Os investidores podem ser impiedosos a penalizarem o preço de um activo. É isso que tem sucedido com os títulos de dívida soberana de alguns países da zona euro, onde Portugal se inclui, desde 2010, e o que deverá acontecer sobre alguns títulos da praça nacional, na eventualidade de Portugal recorrer a ajuda externa e ser obrigado a aplicar uma série de novas medidas de austeridade mais severas. Neste cenário, as indústrias "mais dependentes do sector público como é a construção, as auto-estradas (Brisa), as acções de telecomunicações", e ainda as empresas com elevados níveis de alavancagem deverão ser as mais penalizadas, referem os especialistas do BPI no relatório "Iberian Daily" de 24 de Março de 2011.

Para o departamento de ‘research' do banco, também as companhias regulamentadas, como a EDP e a REN, podem ser apostas mais arriscadas na eventualidade da ocorrência de pressões de cortes nos salários dos trabalhadores (decorrente da entrada do FMI no país) que propiciará uma redução dos custos da população em geral, afectando assim os lucros das empresas de serviços públicos (‘utilities') e relacionadas com o consumo de combustíveis. Do ponto de vista do sector financeiro, o BPI refere que dificilmente a banca passará impune a mais constrangimentos decorrente de um pedido de ajuda externa, dado que "os bancos são naturalmente afectados por este evento, dado o processo em curso de melhoramento dos rácios de capital e de alavancagem", lê-se no "Iberian Daily" de quinta-feira. Duarte Caldas, analista da IG Markets, expõe essas fragilidades ao lembrar que "a banca está muito dependente das operações do BCE, e mais ou menos trimestre essas operações vão terminar". Este é também um sentimento partilhado pelos analistas do UBS, que sugerem estar "relativamente cautelosos com os bancos, a Portugal Telecom e a EDP". Segundo uma nota de ‘research' do banco suíço enviado a semana passada para os seus clientes, estas companhias estão "vulneráveis e relativamente caras face às suas concorrentes europeias."Para os investidores que queiram continuar no mercado, o banco suíço recomenda a Brisa, Sonae e Zon por estarem a cotar a "desconto, com uma avaliação barata". Além disso, os especialistas do UBS escrevem que vêm "a possibilidade de se gerar um bom valor na Portucel, Mota-Engil, EDP Renováveis e Sonaecom". Já os analistas do BPI não têm dúvidas em apontar "as acções com maior exposição ao mercado internacional, como a Galp, Jerónimo Martins, Portucel ou Cimpor, como podendo poderão ser as empresas menos afectadas e, consequentemente, "serem uma boa alternativa para cobrir o risco dos eventos presentes". Para Duarte Caldas, a receita é simples: "As pessoas devem investir em empresas que têm estado a registar um bom desempenho desde o início do ano: Portucel, Galp, Jerónimo Martins", porque "o que subiu vai continuar a subir", conclui o analista" (texto do jornalista do Económico, Luís Leitão, com a devida vénia)

PSD: Governo demissionário pode pedir ajuda externa

Diz o Económico que "Miguel Macedo contraria Teixeira dos Santos e diz que o Executivo tem legitimidade para pedir auxílio financeiro. O líder parlamentar do PSD contestou hoje a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa e disse esperar que "por uma vez" o executivo "esteja à altura das suas responsabilidades". Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Miguel Macedo considerou "totalmente incompreensível" a declaração feita hoje pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de que "o Governo não está em condições para solicitar ajuda externa" e "não tem legitimidade para negociar seja o que for". "O Governo, é público, pediu a sua demissão, mas não foi aceite essa demissão, o Governo não está em gestão", assinalou o líder parlamentar do PSD, acrescentando: "E, mesmo que estivesse em gestão, já foi sobre essa matéria dito por vários especialistas aquilo que havia a dizer". Segundo Miguel Macedo, o executivo terá sempre condições de pedir ajuda externa, "não é o PSD que considera, é a lei da República, a Constituição". "Eu julgo que é tempo de parar com desculpas de mau pagador, perdoem-me a expressão popular. Que, por uma vez, nestas circunstâncias muito difíceis a que o Governo conduziu o país, o Governo esteja à altura das suas responsabilidades", concluiu. O líder parlamentar do PSD frisou que "o Governo não foi demitido, a Assembleia da República não foi dissolvida". "Neste momento em que estou a falar, o Governo está na plenitude dos seus poderes, não está em gestão. Isso é absolutamente inequívoco. E, portanto, é totalmente incompreensível uma declaração destas deste ministro das Finanças", considerou"

Chefe da diplomacia líbia abandona Kadhafi

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Koussa Moussa, está refugiado em Londres. Moussa já terá pedido asilo político a Inglaterra.


Opinião: "Europa, en el laberinto luso"

"El primer ministro portugués, el socialista José Sócrates, ha querido gestionar la crisis económica de su país como si fuera un asunto de partido, a través de un plan de ajuste que afecta a todos los sectores de la sociedad y durante un largo periodo de tiempo, tanto que cabe esperar que otras formaciones políticas, ahora en la oposición, sean las encargadas de aplicarlo a corto plazo. Hubiera sido más razonable que ese plan de austeridad que reclaman las instituciones europeas —planificado sin el oportuno consenso— se hubiera gestionado de forma conjunta, o al menos siguiendo un procedimiento de consultas que abarcase a todos los sectores políticos y sociales. Por su parte, la oposición de centro-derecha ha hecho de la actitud del dimisionario Sócrates un motivo de afrenta y, a cuenta de la terquedad del primer ministro, ha preferido responder con las mismas armas y derribar el plan en el Parlamento, a pesar de las consecuencias que va a tener la caída del Gobierno y a sabiendas de que, en caso de que le tocase gobernar, estaría obligada a aplicar el mismo plan de austeridad que acaba de rechazar, u otro muy parecido. Cuando la situación política está bloqueada, lo más razonable es dar la voz a los electores para que decidan hacia dónde creen que deben orientarse los asuntos del país, y esto es lo que muy probablemente van a tener que hacer los portugueses. Esta situación hace más probable ahora que el Gobierno exangüe de Sócrates tenga que dar el paso de pedir la ayuda financiera de la UE que lleva tanto tiempo eludiendo. La muerte política del dirigente socialista provoca, a su vez, un problema jurídico en Bruselas que complica sobremanera el rescate: un político dimisionario no puede comprometerse por escrito a las reformas que, como contrapartida a recibir la astronómica inyección (más de 75.000 millones), debe llevar a cabo. Para España, cuyos principales bancos tienen una participación muy importante en la deuda portuguesa, la intervención de Portugal sería una señal tranquilizadora por un lado, puesto que supondría la garantía de pago de esa deuda, pero al mismo tiempo nos dejaría expuestos directamente a los ataques del mercado financiero, porque las tardías y vanas reformas del Gobierno de Zapatero aún no son ni lo profundas que deberían ser ni han demostrado la eficacia que se esperaba de ellas" (Editorial do ABC, 25 de Março, com a devida vénia)

Espanha: guarda-real desmaia na recepção aos prícipes de Gales

Li aqui que "la bienvenida al Príncipe de Gales y su esposa Camila en su visita a España, celebrada en el Palacio del Pardo, se ha visto sobresaltada por pequeño incidente. Instantes antes de que llegaran los invitados, cuando Don Felipe y Doña Letizia se dirigían a la tarima en la que les aguardaron, uno de los guardias reales de la Compañía de Honores perdió el conocimiento y cayó desvanecido. os Príncipes estuvieron pendientes hasta que se aseguraron de que estaba recibiendo asistencia, momento en el que continuaron su recorrido. En el acto también estaban presentes la ministra de Exteriores, Trinidad Jiménez; la presidenta de la Comunidad de Madrid, Esperanza Aguirre, y el alcalde de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón"

Os terríveis efeitos da radiação

Diz o espanhol ABC que "el terremoto y sucesivo tsunami de Japón, junto a sus dramáticas consecuencias, no ha dejado de acaparar la atención de los «bloggers» durante todos estos días. Mucho se está hablando en la blogosfera sobre la situación que vive el país nipón tras la alarma nuclear y precisamente en Microsiervos, una de las bitácoras más populares en España, encontramos también una de las anotaciones más interesantes que se han publicado al respecto. n realidad el artículo se hace eco de una excelente infografía realizada por David McCandless para Information is Beautiful: otro blog que paradójicamente con esta imagen, no hace mucho honor a su nombre. La ilustración muestra los efectos que tienen distintos niveles de radiación en los seres humanos.La naturaleza está formada por todo tipo de sustancias. Algunas de ellas presentan un exceso de protones o de neutrones y la única forma de corregir este desequilibrio es la radiación. Se trata pues de una propagación de energía en forma de ondas electromagnéticas o partículas subatómicas a través del vacío o de un medio material. Existen muchos tipos de radiación, pero en el caso que nos ocupa (Fukushima), hablamos de la nuclear, cuyos efectos biológicos son muy peligrosos a determinados niveles. A menos de 100 mSv, no se espera ninguna respuesta clínica pero al aumentar la dosis, el organismo va presentando diferentes manifestaciones hasta llegar a la muerte. La dosis letal media es aquella a la cual cincuenta por ciento de los individuos irradiados mueren, esta es 4 Sv (4000 mSv). a tabla elaborada por McCandless indica que la radiación máxima detectada en Fukushima por hora figura como 400 mSv, mientras que 50 mSv es el máximo que se recomienda a los trabajadores especializados en radiación en países como Estados Unidos. Otra de las curiosidades que comenta Alvy en Microsiervos es que un valor tan cercano como 36 mSv se puede conseguir con una actividad tan "normal" como fumar paquete y medio de cigarrillos al día durante un año, o bien realizar cinco escáneres (TAC) en un hospital, a 10 mSv por sesión. El gráfico también muestra la famosa radiación del plátano, un alimento que contiene un 0,0117 por ciento de potasio-40 (isótopo 40K), que es radiactivo por naturaleza".

Já se conhece a "cara" de Mercúrio...

Li no espanhol ABC que "la NASA ha hecho pública una fotografía que ha calificado de «histórica». Se trata de la primera imagen de la superficie de Mercurio, capturada por la sonda Messenger, que obtiene una nave espacial en órbita sobre el planeta del Sistema Solar más próximo al Sol. No es la única, ya que la sonda ha obtenido más de 300 instantáneas que irá enviando poco a poco a la Tierra. a primera de las fotografías, en blanco y negro, muestra el árido paisaje gris en el sur de Mercurio en una toma dominada por un cráter de 85 kilómetros de diámetro, llamado Debussy, y causado por el impacto de asteoritos. «Ésta es la primera imagen obtenida desde un artefacto espacial en órbita del primer planeta del sistema solar», han señalado en un comunicado los científicos que dirigen la misión. También puede verse en la imagen otro cráter de unos 24 kilómetros de diámetro, llamado Matabei, al oeste del Debussy, y que se caracteriza por sus «líneas de rayos oscuras poco habituales». Se espera que las imágenes cubran áreas de Mercurio hasta ahora no observadas por el Messenger durante las tres travesías a las cercanías del planeta efectuadas antes de entrar en su órbita. a sonda Messenger llegó a Mercurio a mediados de marzo después de un viaje de siete años y casi 8.000 millones de kilómetros. Es el primer artefacto humano que orbita el planeta. Sus instrumentos realizarán detallados mapas de su superficie y estudiarán su composición, su campo magnético y su casi inexistente atmósfera. essenger ha alcanzado Mercurio tras un complicadísimo viaje en el que ha realizado ocho órbitas completas alrededor de Sol. Las razones para tan compleja ruta son la proximidad del planeta a nuestra estrella y la práctica ausencia de una atmósfera en Mercurio. Para poder insertarse en su órbita, la sonda ha tenido que reducir drásticamente su velocidad y ser «capturada» por la gravedad del planeta antes de que el Sol le atrapara sin remedio. uando acabe su misión, que durará dos días de Mercurio (352 días terrestres), es posible que la sonda termine por estrellarse contra la superficie del planeta que ha ido a estudiar".

Policía frustra atentado no estádio do Borussia Dortmund

Garante o ABC que "la Oficina Federal de lo Criminal de Alemania ha evitado un atentado con explosivos en el estadio del líder del torneo alemán, el Borussia Dortmund, planificado para este sábado cuando se jugará el partido contra el Hannover 96, asegura el diario «Bild» en su edición digital. Según el diario, la Policía allanó dos depósitos de armas y explosivos, uno de ellos en las cercanías del estadio. Todo indica que el atentado había sido planificado por una sola persona, un hombre de 25 años que ha sido detenido y que ya en 2010 había intentado chantajear a una empresa. El detenido, en el interrogatorio, planteó tesis islamistas, pero la policía no descarta que se trate sencillamente de un perturbado mental".

Judoca medalhada suicida-se em Viena

Segundo o ABC espanhol, "la Federación Austríaca de Judo ha hecho público el suicidio de la medallista olímpica Claudia Heill, de 29 años. La deportista se habría arrojado al vacío desde un sexto piso en el centro de Viena. Heill logró la medalla de plata en la categoría de menos de 63 kilos en los Juegos Olímpicos de Atenas 2004 y se había retirado de la competición en 2009. La federación, que no aportó más detalles sobre el suceso, explicó en un comunicado que «nadie podía esperarse de la atleta un acto de desesperación como éste». Hans Paul Kutschera, presidente de la federación, aseguró en el canal ORF que Heill «era una persona muy activa. Todos los que la conocían están devastados».

Jornal espanhol compara Sócrates a condutor em contramão Jornal espanhol compara Sócrates a condutor em contramão

Li no Económico que "aos olhos do ABC, Diário Digital espanhol, Sócrates é "um antipático contra todos". Por insistir que Portugal não precisa de ajuda externa, o primeiro-ministro é comparado a um condutor que viaja em contramão numa auto-estrada convencido que os outros é que estão errados."O primeiro-ministro português assemelha-se a um condutor que avança a toda a velocidade na auto-estrada em sentido contrário, convencido que todos os outros é que estão errados. Os Governos europeus e as instituições comunitárias dão como certo que Portugal não irá conseguir sair da crise sem assistência financeira, mas José Sócrates contraria todos dizendo que o país pode superar os seus problemas com os seus próprios esforços", escreve o jornal espanhol. E continua: "Na última cimeira europeia, em Bruxelas, o primeiro-ministro surpreendeu tudo e todos quando estendeu a mão aos jornalistas antes de se sentar e explicar a sua versão dos factos. E dada a sua fama de antipático, o gesto até poderia ser interpretado como uma espécie de despedida, tendo em conta que na próxima cimeira é possível que o Governo já esteja nas mãos da oposição. Mas inesperadamente, no final da cimeira, Sócrates atirou aos jornalistas: "Podem ter certeza que isto não é uma despedida, apesar de estar seguro que seria o que desejam". Na mesma ocasião, o primeiro-ministro português atacou sem grandes dissimulações as perguntas incómodas, apesar de estarem em sintonia com as afirmações de outros Chefes de Estado: "O que causa a especulação são perguntas como as que estão a fazer. Portugal não precisa de ajuda nenhuma e se o que se quer é acabar com os movimentos especulativos, é infantil acreditar que isso vai acontecer se pedirmos ajuda", cita o jornal. Para acreditar em Sócrates, acrescenta o periódico, "temos de nos abster das partes mais importantes da sua biografia". É que o político "começou a sua carreira como fundador da juventude do partido social democrata e mais tarde, já socialista, a sua carreira no sector privado da construção, nos anos 80, foi uma das mais desastrosas da época, tendo mesmo sido destituído. A sua licenciatura como engenheiro também levanta muitas dúvidas "tendo em conta que quatro das cinco disciplinas concluídas foram aprovadas por um professor que mais tarde foi ocupar um importante cargo no Governo de Sócrates. Já a quinta disciplina foi aprovada pelo próprio reitor da Universidade Privada de Lisboa que acabou por ser encerrada precisamente pelo cúmulo de irregularidades que foram surgindo à medida que se investigava o escândalo", continua o ABC. Mas o facto de alguns dos poucos exames feitos terem sido enviados por fax e ao Domingo não impediu o primeiro-ministro de aparecer na televisão a defender a sua honra e a acusar os seus adversários de estarem a inventar um esquema para o prejudicar, sublinha. Agora, "do que se trata é de dinheiro. De muito dinheiro e da possível quebra de um país. O Presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, já fez as contas a Sócrates e assegura que Portugal precisa de um plano de resgate de mais de 70 mil milhões de euros para garantir o pagamento de uma dívida que está essencialmente nas mãos dos espanhóis", critica o jornal". Para ler o artigo aqui.

Investigação conclui que ministro não podia delegar poderes no Secretário de Estado

A investigação ao pagamento feito à mulher do ministro da Justiça por acumulação de funções concluiu que Alberto Martins não podia delegar poderes em João Correia. Em declarações à RTP, o ex-secretário de Estado da Justiça alega que os processos foram remetidos pelo gabinete do ministro e que, por isso, entende não ter havido irregularidade.

Incompetência da governação socialista? Não, a culpa é do PSD...(VII)

Segundo a Agência Financeira/TVI, "sempre, sempre a subir. Os juros da dívida pública têm estado imparáveis, renovando máximos sucessivos. Até algumas maturidades de curto prazo têm já juros mais altos do que as de longo prazo. Isto indica que os mercados já nem na capacidade de Portugal em pagar um empréstimo de curto prazo confiam. A revisão em alta do défice de 2010 veio agravar a escalada, com recordes atrás de recordes. Já está mesmo «tudo pronto» para o resgate. Falta só o Governo decidir-se pelo pedido de ajuda. Na maturidade a dois anos já foram alcançados novos máximos esta quinta-feira, nos 8,255%, depois nos 8,265% e em menos de meia hora atingiu o pico dos 8,286%. Depois de o INE ter revelado um défice de 8,6% em 2010, escalaram até aos 8,418%. Também as Obrigações do Tesouro a 10 anos fixaram um novo recorde: já vão nos 8,536%. Os juros a cinco anos têm também protagonizado uma forte escalada nas últimas sessões, tendo batido novo recorde nos 9,355% - o valor mais alto desde que Portugal entrou no euro.

Fasquia dos 9% superada em vários prazos

Nas restantes maturidades há também valores nunca antes vistos: os juros a três anos já tocam os 9,261%, a quatro e a seis também também já superam essa barreira, a sete, oito e nove anos para lá caminham, estando bem acima dos 8%.

«Spread» face à Alemanha também atinge recorde

Com este cenário, não é de admirar que a diferença entre o que os investidores cobram para adquirir dívida portuguesa em detrimento da alemã seja cada vez maior. O chamado spread atingiu mesmo um recorde de 517,3 pontos base. Para se ter uma ideia do agravamento, há cerca de duas semanas rondava os 430 Na Alemanha, os juros estão nos 3,3%, numa trajectória que se tem mantido estável. Por cá, a curva é sempre ascendente. Aliás, no espaço de três meses, os juros da dívida soberana dispararam 34%. Os avisos e as pressões sobre Portugal repetem-se. A agência de notação financeira Fitch veio ontem dizer que ou pedimos ajuda, ou a nossa avaliação pode baixar. A ameaça já começa a ter efeitos: a CGD já levou com um corte de rating em dois níveis".

PJ investiga cirurgião suspeito de abusar de pacientes no Hospital de Sta Marta, em Lisboa




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Para estes casos o patético ex-bastonáro não teve oressa em agir, a mesma que usou para prejudicar a Madeira e dezenas de jovens médicos, num acto de pura vngança pessoal e corporativista que a justiça se encarregará de comprovar.

Vasco Franco diz que o ordenado do presidente da Empresa de Meios Aéreos é justo



SIC: Comentário de José Gomes Ferreira ao aumento do défice e ao corte do rating bancário pela Standart & Poors