quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Agora é a vez da Jordânia?

Diz a SIC que "a oposição na Jordânia convocou um "dia da ira" para sexta-feira em Amã para "denunciar a violência e exigir reformas", anunciou hoje o principal partido da oposição, que espera a maior manifestação desde o início do movimento de protesto. "Quase 10 mil membros do movimento islâmico" são esperados em Amã, anunciou um membro do comité executivo da Frente de Ação Islâmica (FAI), Zaki Bani Rsheid. Dezanove outros partidos e movimentos apelaram para a participação na manifestação na capital e em diferentes regiões do reino, palco de um movimento de protesto desde janeiro. "O governo teve um prazo para fazer reformas, mas está claramente a hesitar e tenta ganhar tempo com palavras", disse Bani Reishd, citado pela agência France Presse. A Frente Islâmica tinha limitado a sua participação nas manifestações das últimas semanas, depois de ter iniciado um diálogo com o governo e o rei e de ter obtido garantias de que seriam feitas reformas. "Apesar das promessas, não fomos contactados relativamente ao diálogo para a alteração da lei eleitoral, que é decisiva para o processo de reformas", disse. A FAI e os outros partidos da oposição afirmam que as próximas manifestações visam também denunciar "os criminosos que atacam os manifestantes", uma referência à violência de sexta-feira passada, em que oito pessoas ficaram feridas quando partidários do regime atacaram uma manifestação de centenas de jovens que exigiam reformas. O governo criticou esses atos de violência e anunciou a abertura de um inquérito. Caso se registem "atos de violência na sexta-feira, trabalharemos para a queda do governo, que terá então perdido toda a credibilidade", advertiu Bani Rsheid. As manifestações na Jordânia iniciaram-se em janeiro e visam protestar contra o aumento do custo de vida. O movimento ganhou uma nova força depois da demissão do presidente tunisino Zine El Abidine Ben Ali, a 14 de janeiro, com os manifestantes a exigirem reformas políticas. A 01 de fevereiro, o rei Abdallah II demitiu o primeiro-ministro e comprometeu-se a fazer reformas gerais".

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