terça-feira, novembro 30, 2010

STFPSA refere que nos Açores “custo de vida é mais alto e o nível de vida é mais baixo do que no resto do país” ...

Noticia o Diário dos Açores, num texto do jornalista Manuel Moniz, que "o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, STFPSA, em conferência de imprensa realizada sexta-feira, na Horta, congratulou-se pela adesão à greve dos seus associados e apontou as razões que levaram à indignação e paralisação da passada quarta-feira. João Decq Mota, coordenador do STFPSA nos Açores, saudou a participação de todos os portugueses, em particular dos trabalhadores açorianos, na Greve Geral, numa atitude clara de “rejeição às políticas de cortes nos salários, aumento de impostos e cortes nos apoios sociais que empobrecem cada vez mais quem trabalha”. O sindicalista expressou a necessidade do Governo cumprir com os acordos estabelecidos como a actualização do salário mínimo para 500 euros em 2011. Face à actual situação nacional, João Decq Mota reclama para os Açores “o reforço adequado das medidas existentes de combate aos custos acrescidos gerados pela insularidade a par de outras medidas complementares de compensação, dedicando meios do Orçamento à actualização condigna da remuneração complementar e do complemento regional de pensão e criando outras formas de compensação para faixas não abrangidas por aqueles instrumentos”. João Decq Mota foi mesmo claro ao referir que os Açores são a região do país “onde o custo de vida é mais alto e o nível de vida é mais baixo”, contribuindo para agravar esta situação as políticas vigentes. Contudo, o coordenador do STFPSA nos Açores manifestou o seu agrado pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores, ALRA, ter aprovado “uma actualização importante na Remuneração Complementar, que permite que as faixas de funcionários com menores remunerações possam suportar melhor os cortes directos e indirectos de que são vitimas, nomeadamente através do aumento do desconto de 1% para a CGA. A actualização da Remuneração Complementar em 2.1 % permite pôr termo à desvalorização permanente que esta prestação vinha sofrendo”. “Quando este Sindicato reclamou esta medida, no exacto momento em que outras estruturas só se preocupavam com as compensações a faixas de funcionários com cortes directos nos salários, sabíamos que era essencial lutar e trabalhar para atingir esse objectivo, o que veio a ser conseguido dada a disponibilidade do PCP em apresentar a proposta, uma vez que ela não constava nas propostas do Governo”, disse o dirigente do STFPSA. Para João Decq Mota esta medida associada à compensação atribuída a uma importante faixa de funcionalismo que viu os seus salários reduzidos pelo OE, constitui uma resposta regional positiva. O STFPSA lamenta entretanto que o Governo e a ALRAA não tenham procedido a uma razoável actualização do Complemento Regional de Pensão, deixando os reformados, pensionistas e idosos da Região mais desprotegidos. No comunicado do STFPSA, João Decq Mota salientou ainda o papel muito positivo que o movimento social da Região, nomeadamente os Sindicatos, têm tido em todo este processo indispensável de tratar de forma específica os problemas do rendimento dos trabalhadores, sublinhando, mais uma vez, que “vivemos numa Região onde o custo de vida é mais alto e o nível de vida mais baixo”, disse”.

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