segunda-feira, setembro 27, 2010

Portugueses mantêm baixas expectativas sobre o País

Segundo a jornalista Lígia Simões, do Económico, “uma sondagem revela ligeiro abrandamento do pessimismo dos portugueses. Mas expectativas são baixas para 2011. A maioria dos portugueses continua com baixas expectativas quanto à sua situação financeira pessoal e familiar bem como ao estado da economia do País. Segundo os resultados de uma sondagem realizada pela Marktest para o Diário Económico e TSF, mais de metade dos 804 inquiridos acredita que o País estará pior daqui a um ano. Economistas e politólogos consideram que tendência vai agravar-se até ao final do ano, em antecipação às novas medidas de austeridade. Ainda assim, o pessimismo registou uma ligeira quebra em Setembro face a Agosto. O índice de expectativa atingiu em Setembro 33,43 pontos, contra 31,65 pontos no mês anterior. Apesar da ligeira melhoria, que também já tinha sido verificada em Agosto, o indicador continua significativamente abaixo dos valores registados em Janeiro do ano passado (optimismo moderado). O indicador manteve-se, assim no patamar de "pessimismo moderado". Recorde-se que, em Maio, o indicador tinha caído para o patamar de "pessimismo acentuado", facto que não terá sido alheio ao anúncio, pelo Governo, das medidas de austeridade consagradas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). Segundo José Reis, economista e professor da Universidade de Coimbra, "o efeito de sazonalidade" poderá ter ajudado para a ligeira melhoria verificada em Setembro face a Agosto, traduzindo um maior optimismo que acontece habitualmente nas férias de Verão. Já o politólogo António Costa Pinto considera que a ligeira melhoria do pessimismo em Setembro reflecte o resultado dos dados económicos anunciados pelo Executivo e pelo INE relativamente ao primeiro semestre. É o caso do anúncio do crescimento homólogo do PIB no segundo trimestre de 1,5%, que o INE acabou por rever em alta (uma décima mais do que a previsão anterior). O ligeiro abrandamento do pessimismo "pode estar relacionado com resultados que foram sendo tornados públicos, sobretudo de alguns indicadores optimistas, que podem ter tido alguma influência nesta percepção".

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