sexta-feira, julho 30, 2010

Inevitável: Passos cai nas intenções de voto e Sócrates recupera

Era inevitável, devido aos erros e às asneiradas de uns "yuppies" de meia-tijela que se julgam os "donos" da sabedoria, quais "illuminatti" feitos à pressão. Segundo o Diário Económico, "a sondagem da Marktest para o Diário Económico e TSF mostra que o PSD desce dez pontos para 37% mas mantém a liderança. Durou pouco mais de quatro meses o estado de graça de Pedro Passos Coelho aos olhos dos portugueses. O PSD continua a liderar as intenções de voto, mas da maioria absoluta conquistada na última projecção da Marktest para o Diário Económico e TSF, desce agora dez pontos percentuais (de 47,7% em Junho para 37,3% em Julho) e vê o PS de José Sócrates voltar a ganhar terreno, aproximando-se com 33,3% das intenções de voto. Uma queda que acontece exactamente na altura em que Passos Coelho decidiu romper com o Governo, depois de ter negociado o Programa de Estabilidade e Crescimento, e em que disse aos portugueses que quer acabar com a Saúde e Educação tendencialmente gratuitas e retirar da Constituição a "justa causa" para os despedimentos. É também a primeira vez que o novo líder do PSD desce nas sondagens desde que foi eleito em Março. Ao mesmo tempo, registou-se uma subida do PS (de 24,1% em Julho para 33,3% em Julho) que coincide, exactamente no campo oposto, com o retomar do discurso em defesa do Estado Social, mais colado à esquerda. Para o politólogo António Costa Pinto "o fundamental" continua a ser o "PSD apresentar sistematicamente intenções de voto acima do PS", provando que ao contrário da anterior direcção de Ferreira Leite, "consegue capitalizar o eventual descontentamento dos portugueses". E se a maioria absoluta dos social-democratas na última sondagem, realizada entre 15 e 20 de Junho, aconteceu no momento em que Bruxelas exigiu a Portugal, até 2011, novas medidas de austeridade que Sócrates e Passos acordaram junto, o PSD desce agora e vê o PS aproximar-se exactamente quando essas medidas começam a sentir-se no bolso das famílias e quando o líder social-democrata decidiu promover uma ruptura com o Governo. Em Julho, quando os impostos aumentaram, os preços subiram e as taxas de juro voltaram a aumentar, o partido do Governo recuperou, curiosamente, terreno. Realizada entre 20 e 26 de Julho, o inquérito da Marktest para o Diário Económico e TSF coincidiu também com o veto do Governo ao negócio que permitia à Portugal Telecom vender a sua participação na Vivo e, aqui, o politólogo Cardoso Rosas acredita que o Governo "aproveitou bem, acusando Passos de ser traidor à Pátria", quando criticou a ‘golden share' em Espanha: "houve um grande apoio popular mesmo para quem não percebia o que estava em jogo".

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