terça-feira, junho 29, 2010

Alberto João Jardim: "Força Madeira! À herdade do Chão da Lagoa!"

"A 25 de Julho, como é habitual no último domingo deste mês, decorre a Festa da Autonomia, conhecida também por “festa do Chão da Lagoa”.
Este ano, acresce a expectativa da utilização, pela primeira vez, da “Herdade do Chão da Lagoa”, propriedade da Fundação Social Democrata e alugada ao PSD, para o efeito e nos termos das leis vigentes.
Trata-se de um recinto com muito melhores condições, inclusive mais amplo e de mais fácil circulação automóvel, do que a zona onde até agora a festa se concentrava, bem como propiciando uma melhor utilização pelas pessoas.
Quando para os seus fins estatutários, a Fundação Social Democrata adquiriu esta propriedade, teve presente o objectivo de, com tempo, proporcionar mais uma área de lazer ao Povo Madeirense, em termos regulamentados que garantam a sua conservação.
Por outro lado, também os objectivos de aluguer ou de cedência, conforme a lei, para fins que se coadunem com os Estatutos da Fundação.
Prevendo o recurso a este espaço pelo Partido Social Democrata, para a realização anual da Festa da Autonomia, dadas as melhores condições em relação ao local até agora utilizado, a Fundação Social Democrata, na linha do respeito pelas Tradições do Povo Madeirense em tudo o muito que têm de positivo, decidiu, assim, denominar o espaço “Herdade do Chão da Lagoa”.
A “festa do Chão da Lagoa” tornou-se, de facto, todos os anos, num momento alto da vida cívica da Região Autónoma.
Nela participam dezenas de milhar de residentes na Madeira e no Porto Santo, bem como pessoas em férias, naturais de fora do arquipélago ou residentes em terras de Emigração, todos responsavelmente assumindo que o último domingo de Julho é sempre para reafirmação da Autonomia Política da Madeira.
E digo responsavelmente, porque as pessoas que ali vão sabem que com a sua presença física estão a segurar, a solidificar, a robustecer aquilo que foi conquistado há trinta e quatro anos, os nossos Direitos, Liberdades e Garantias que a Autonomia começou a permitir após quase cinco séculos de dominação colonial sobre as gentes deste território.
Sem Autonomia Política, não teríamos assistido às profundas mudanças que se deram nas nossas ilhas. Não teríamos a Madeira Nova aos âmbitos social, cultural e económico.
Uma coisa é discutir políticas sectoriais ou partidárias. Outra, é agarrar, bem segura, a Autonomia, e lutar para que evolua em termos de, finalmente, os nossos Direitos indispensáveis a uma vida melhor para cada habitante acabarem por ser reconhecidos pela estrutura constitucional portuguesa.
Numa assumida Unidade Nacional, assente na coesão voluntária de todos os Portugueses, e nunca na imposição colonial do ridiculamente denominado “Estado Unitário”.
Portanto, o último domingo de Julho é essencialmente a Festa da Autonomia, a Festa da Liberdade.
É asqueroso que gente adversária da Autonomia Política ao longo de todos estes anos, gente que continua hostil ao alargamento do âmbito dos Direitos, Liberdades e Garantias do Povo Madeirense, gente que se opôs a tudo quanto de positivo foi realizado, gente que tentou e tenta sabotar a Economia e o Emprego na Madeira, gente que sempre subordinou a vida do Povo Madeirense aos seus interesses partidários lá e cá, é asqueroso que usem o nome da Liberdade para uma mini-imitação rasca da afirmação popular e democrática que é a Festa da Autonomia e da Liberdade.
Portanto, é em Festa que o Povo Madeirense celebra os seus Direitos e Liberdades.
Quer as vicissitudes e injustiças que o nosso povo viveu através de gerações e de séculos, quer o enfrentar das dificuldades do terreno e do isolamento arquipelágico, quer a oposição à dominação e à exploração que sobre nós se exerceu, tudo isto moldou o nosso carácter em termos de idiossincrasia alegre, efusiva, agarrada às coisas boas da Vida. Até um certo tipo de humor que ajuda a resistir, pelo sarcasmo, pela caricaturização, pela “farpa”.
Ao contrário de outros povos, materialmente mais ricos, a “festa” é uma forma de estarmos na vida. Nas circunstâncias mais diversas.
Inclusive, a Fé religiosa do Povo Madeirense, nas expressões dos Valores e das Esperanças que felizmente acumulou e transmitiu ao longo das gerações, é celebrada indissociavelmente da sempre existência de uma “festa”.
Veja-se que o Natal, a Tradição mais vivida na Comunidade Madeirense, tem o nome de “Festa”. Quando muitos referimos o Natal, dizemos “é para a Festa” ou “quando chegar a Festa”.
Daí que o elemento “festa” seja geralmente inseparável de tudo o que importante na vida do Povo Madeirense.
Daí que celebrar o que mais há de decisivo para as nossas Liberdades e para um futuro de esperança, seja também num ambiente de festa, a Festa da Autonomia, a Festa da Liberdade, a “festa do Chão da Lagoa”.
Nesse dia, é a Autonomia democrática que nos une. Com quantas pessoas, na “festa do Chão da Lagoa”, eu me tenho cruzado ou convivido, que sei não serem votantes no PSD!
Mas todos estão ali pela Madeira!
Todos a conviver, num ambiente onde não há “classes sociais”, não há “mais” ou “menos” importantes (?!...), não há “cerimónias”, nem preconceitos, nem complexos disto ou daquilo. Há o que nós queremos sempre, toda a liberdade responsável para cada um agir como quiser e gostar.
Haverá quem ainda não se sinta com feitio para isto...
Sou o primeiro a compreender e a respeitar.
Mas, que tais pessoas, também amigas e bem-vindas, me permitam um desafio.
Venham! Experimentem, nem que seja por mera curiosidade. Vão ver que “ficam clientes”.
Os espectáculos, também vivêmo-los com muito orgulho, por vermos e ouvirmos tantas pessoas cuja qualidade, por serem Madeirenses como nós, reforçam ainda mais, agora neste plano artístico-cultural, o grande amor-próprio regional.
Tudo está a postos.
Desde os transportes, sua circulação e seus vastos locais de estacionamento, até às instalações para os mais diversos efeitos, incluindo animação, comércio, muitos meios de recreio, alimentação e até um parque infantil para os mais pequenos.
Desculpem, fora a livre utilização da Herdade do Chão da Lagoa, no resto não há “borlas”.
Foi a nossa pedagogia de sempre. Isso fica para quem precisa de arrebanhar porque muito poucos lhes ligam...
E uma palavra de reconhecimento e de estímulo à Organização, assente na equipa do Secretariado Regional do Partido Social Democrata.
Às vezes, na vida, precisamos de sorte. E eu tive a felicidade de, ao longo dos anos, poder contar com estas pessoas extraordinárias que formam a equipa do Secretariado do PSD.
Ah!... já me esquecia de abordar as “comichões” que a “festa do Chão da Lagoa”, provoca aos deficientes do “politicamente correcto” e “sua” comunicação social. Ao ponto de, nalguns dos últimos anos, terem aparecido uns “inspectores”, legalmente identificados para fiscalizar não sei o quê que as leis (deles) da República Portuguesa costumam parir.
Os Madeirenses e Portossantenses são bem-educados e de bons costumes, pelo que usualmente não lhes ligam...
Mas... se preocupar com o que dizem em Lisboa?....
Já lá foi o tempo....
Basta a preocupação com as consequências do que “eles” fazem!
"

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