sábado, outubro 31, 2009

Cavaco tem que tratar da vida...

Escreve o Diário Económico, num texo da jornalista Catarina Madeira, que "o caso das escutas e a maior tensão entre Belém e São Bento afectaram a popularidade do Presidente, segundo o Barómetro da Marktest para o Económico e TSF. Um mês depois de ter falado ao país sobre o caso das escutas, num dos períodos de maior tensão entre Belém e São Bento, o Presidente da República vê o seu nível de popularidade cair para o valor mais baixo desde o início do seu mandato (58,7 pontos percentuais). Ferreira Leite, que já era a líder pior posicionada, sofre um queda ainda maior (12,7 pontos percentuais). Enquanto José Sócrates vê a sua imagem melhorar para um nível que já não atingia há mais de um ano (41,6 pontos percentuais).O Barómetro de Outubro da Marktest para o Económico e TSF mostra que Cavaco Silva não escapou ileso à polémica. O Presidente continua a liderar o ‘ranking' de popularidade dos líderes políticos, mas a sua imagem positiva desceu 9,2 pontos percentuais, relativamente a Setembro. É o resultado do primeiro estudo de opinião realizado depois da declaração do Chefe de Estado, sobre o caso da alegada espionagem à Presidência. O politólogo Rui Ramos acredita que estes números são consequência do "comportamento inesperado" de Cavaco, que afectou a ideia, que até aqui vigorava, de um Presidente "muito prudente e atento na sua acção". Alfredo Barroso, ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares, acredita que este episódio "demonstrou um Presidente frágil, que perdeu o controlo dos acontecimentos e isso reflectiu-se nas pessoas que votaram nele". As opiniões mais críticas da actuação de Cavaco têm maior incidência entre os portugueses das classes alta e média alta, ou seja, "junto do público que tem mais acesso à informação", justifica Rui Ramos".

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