domingo, maio 31, 2009

Jornalismo às cotoveladas?

Continuam bastante tempestuoso o ambiente no jornalismo português, particularmente nas televisões. Depois da polémica com Moura Guedes (ler entrevista ao DN de Lisboa, aqui), surgiu agora José Alberto Carvalho, da RTP, a responder com um discurso violento, conforme notícia publicada no DN lisboeta com o título "Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo" dio jornalista Teago Guilherme: "O director de Informação da RTP, José Alberto Carvalho, responde às declarações da pivô do 'Jornal Nacional 6.ª Feira' dadas ao jornal 'i', em que acusa Sócrates de ter proibido usar-se a palavra 'corrupto' na entrevista à estação pública. José Alberto Carvallho, director de Informação da RTP, contactado pelo DN, reagiu à entrevista de Manuela Moura Guedes ao jornal i, em que a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira acusa Judite de Sousa e o próprio José Alberto Carvalho de terem sido impedidos pelo primeiro-ministro José Sóctares de dizerem a palavra "corrupto" durante a entrevista, feita a 22 de Abril". Recomendo ainda um artigo de opinião do jornalista do DN de Lisboa, João Miguel Tavares, intitulado "Quem tem medo de Manuela Moura Guedes?":"A peixeirada entre Manuela Moura Guedes e António Marinho Pinto não foi um momento edificante, é certo. Mas convinha que ela não fosse aproveitada para alimentar o desejo mal escondido de muito boa gente: acabar de vez com o Jornal Nacional de sexta-feira e enviar Moura Guedes de volta para a prateleira da TVI. Os defensores do Portugal compostinho certamente aplaudiriam a decisão, com o argumento de que "aquilo não é jornalismo". Só que o País ficaria a perder. Porque apesar do sensacionalismo e da ocasional falta de rigor do seu Jornal Nacional - que deve ser apontado quando ocorre, se necessário aos gritos, como fez Marinho Pinto -, há ali um desejo de incomodar, de denunciar, de escarafunchar, de meter o nariz nos podres do poder que a comunicação social portuguesa precisa como de pão para a boca".

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