domingo, dezembro 28, 2008

Lisboa: Costa ganharia a Santana...

Garante o Expresso de hoje que "se a eleição para a Câmara fosse agora, o presidente teria larga vantagem sobre o candidato do PSD, mas sem maioria de vereadores. O primeiro estudo de opinião conhecido após o anúncio oficial de Pedro Santana Lopes coloca António Costa à frente do seu adversário (40,4% contra 25%), mas apenas com oito eleitos (em 17). Os votantes de Carmona são decisivos, pois repartem-se entre PS e PSD. Roseta e PCP aguentam a votação, o Bloco desce e o CDS sobe". Refira-se contudo que a notícia do Expresso é feita com base num trabalho realizado pela Eurosondagem e foi encomendado pelo PS... Diz a notícia do semanário: "António Costa ganha folgadamente a Pedro Santana Lopes nas eleições para a Câmara de Lisboa (15% de diferença) e elege oito vereadores, insuficientes, contudo, para a maioria absoluta. É o resultado do primeiro estudo de opinião após o anúncio oficial de Santana como candidato do PSD. O trabalho, realizado pela Eurosondagem, foi encomendado pelo PS. Só Costa e Santana têm subidas significativas e ‘abastecem-se’ sobretudo no eleitorado de Carmona Rodrigues. Este já revelou que desiste de ir novamente a votos. “O eleitorado de Carmona é o mais disponível e liberto para votar em quem entender”, diz Rui Oliveira Costa, responsável técnico da Eurosondagem. Cidadãos por Lisboa (de Helena Roseta) e PCP mantêm a expressão de 2007. Os comunistas disputam palmo a palmo o segundo vereador com o CDS/PP, que regista uma subida — em parte com votantes de Carmona, segundo Oliveira Costa. Quem desce (e perde o vereador) é o Bloco de Esquerda, a sentir a erosão da ruptura com José Sá Fernandes. A um eleito da maioria absoluta, ainda assim não será fácil a Costa superar essa fasquia. “Precisaria de 43% a 44%”, salienta Oliveira Costa. “Em 2005, Carmona alcançou 43% e isso não chegou”. Ana Drago e Teresa Caeiro estão no inquérito por “indicação” do cliente da Eurosondagem. O critério é considerar “os nomes mais fortes” dos dois partidos, explica Oliveira Costa. Aliás, se vierem a ser candidatos — Drago e Caeiro não beneficiam hoje dessa exposição mediática — “cada uma subirá 1% ou 1,5%”, vaticina. Outro candidato que tem tudo a ganhar é o do PSD. “Santana tenderá a subir”, diz Oliveira Costa. Uma questão é esta sondagem; “outra é o Pedro em campanha”. Para António Costa Pinto, “tendo em vista a imagem negativa que lhe está associada, o resultado nem é um mau ponto de partida para Santana, ainda que pareça baixo”. Segundo o historiador, “o peso do candidato conta muito na campanha. O grande problema para ele será o efeito de volatilidade de Carmona e o impacto em Lisboa da imagem do PSD a nível nacional”. Já para Carlos Jalali, a subida do PS “é assinalável” e “surpreendente”. O politólogo sublinha que o PS “não superou os 30% nem em 2005 nem em 2007; aqui tem mais de 40%”. Para Jalali, há “péssimas notícias” para Santana. Uma delas: “O PSD obtém nesta sondagem apenas 60% do qu€e obteve nas autárquicas de 2001 (com Santana como candidato) ou nas autárquicas de 2005”. A outra é só haver 14% de inquiridos que ‘Não sabem/Não Respondem’. “O eleitorado potencialmente ‘disponível’ parece assim relativamente escasso, o que favorece Costa”. A descida do BE, de que beneficia Costa, gera leituras convergentes. “Talvez comece aqui o seu primeiro revés eleitoral” (Costa Pinto); “Fica demonstrado que Sá Fernandes tem eleitorado próprio” (Oliveira Costa). Quanto à fixação de eleitores, tudo está dentro das expectativas no caso dos comunistas — “o eleitorado da CDU em Lisboa é muito sólido e muito concreto”, afirma Oliveira Costa. Já em relação a Roseta a leitura é de sentido contrário. “Surpreende-me”, exclama Oliveira Costa. “Sugere uma consolidação relativamente rápida do seu eleitorado” ‘independente’”, acrescenta Jalali. “A confirmar-se o resultado, é uma boa notícia para um eventual partido alegrista”.

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