Escreve o jornalista Luís Reis Ribeiro do Sol que "as casas passaram a valer menos 4,8 cento no último trimestre, comparando com o mesmo período do ano anterior. São más notícias para quem está a pagar um empréstimo à banca, pois o valor do imóvel tem reflexos na negociação das condições do contrato O valor médio do metro quadrado para efeitos de habitação em Portugal continental caiu 4,8% no terceiro trimestre deste ano, anunciou hoje o INE. O metro quadrado (apartamentos e moradias), avaliado pelos bancos, valia 1.164 euros no terceiro trimestre contra 1.223 euros no mesmo período do ano passado. Quanto menor o valor das casas, mais caros ficam os empréstimos à habitação ou menor a capacidade das famílias para negociar ‘spreads’ mais baixos junto dos bancos.O Alentejo é a região do país que mais está a ser penalizada pela desvalorização habitacional até ao terceiro trimestre. Liderou nas perdas com uma quebra homóloga de 8,5%, reflectindo uma descida de 12,2% no valor dos apartamentos. O metro quadrado no Alentejo é agora o segundo mais barato do continente (1.081 euros). A região Centro é a mais barata, tendo desvalorizado 7% para 986. A região da grande Lisboa continua a ser mais fustigada pela desvalorização (-5,7%) do que a do grande Porto (-2,5%). Os especialistas referem que a desvalorização das casas está a ser menos violenta em Portugal do que em outros países (como Espanha e Irlanda). No entanto, Portugal também não escapa à crise dos mercados de crédito, crise que já está a contagiar a economia real através do menor investimento e consumo. A forte desvalorização da habitação reflecte a crise de duas maneiras: há cada vez mais casas para venda, ou seja, a oferta existente não está a ser escoada porque as pessoas têm cada vez mais dificuldade em aceder ao crédito; por outro lado, os próprios bancos admitem estar mais cautelosos na concessão de empréstimos, porque estão com graves dificuldades em se financiarem no médio e longo prazo". Veja aqui o video da SIC sobre esta notícia. Pode ler aqui a informação do INE em pdf, da qual pode consultar aqui os quadros em excel.
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