segunda-feira, julho 28, 2008

Portugal: desemprego é principal causa do crédito malparado

Escreve o jornalista Luís Reis Ribeiro, do Diário Económico, que a DECO "explica os principais factores de risco que levam os portugueses a deixar de pagar as dívidas aos bancos. O desemprego é o principal motivo citado pelas famílias portuguesas para justificar a falta de pagamento das prestações bancárias.Os especialistas ouvidos dizem que o desemprego, mas também outros “imprevistos” como divórcio, doença ou morte de um familiar, são “a gota de água” que acaba por levar à ruptura financeira na maioria das famílias. Em comum, uma característica: praticamente todas acumularam vários créditos ao longo dos últimos e têm um passado de excessos consumistas pouco consentâneos com os seus salários/rendimentos mensais.Os casos de ruptura reportados aos gabinetes das duas instituições de apoio aos sobreendividados – a DECO e a parceria ISEG/Direcção-Geral do Consumidor – aumentaram de forma dramática em 2007, tendência se agravou no primeiro semestre deste ano, com o impacto da subida dos juros e dos combustíveis.De acordo com a Associação para a Defesa do Consumidor (DECO), o desemprego de alguém do núcleo familiar explica mais de metade (52%) dos casos de ruptura financeira detectados. Olhando para o histórico da DECO (que remonta a 2000), as razões evocadas surgem pela mesma ordem: metade do incumprimento foi espoletado por desemprego, a seguir vêm os motivos de doença (cerca de 20%), a deterioração das condições de trabalho e a mudança na composição do agregado (normalmente por morte ou divórcio, explicam os peritos)".

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