Li hoje no Publico que "Radovan Karadzic pediu hoje mais tempo para analisar as acusações que lhe são feitas pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ) antes de se pronunciar inocente ou culpado. O antigo líder dos sérvios bósnios compareceu esta tarde pela primeira vez na instância e confirmou que prescinde de advogado.De acordo com os estatutos do tribunal, o arguido tem 30 dias para se pronunciar sobre as acusações sendo que, o incumprimento deste prazo, equivale a uma declaração de culpa. Face à decisão de Karadzic, o juiz Alphons Orie agendou nova audiência para 29 de Agosto, ao início da tarde.No início da audiência de hoje – destinada a confrontar Karadzic com as acusações que lhe são imputadas –, o arguido confirmou a sua identidade e, confrontado pelo juiz, disse prescindir do direito a ser representado por um advogado. "Tenho um conselheiro invisível, mas decidi ser eu assegurar a minha defesa", afirmou o antigo líder dos sérvios bósnios, que compareceu na audiência desta tarde já sem a barba e o longo cabelo que usou para esconder a sua verdadeira identidade durante anos.Karadzic recusou também a leitura pormenorizada da acta de acusação. "Não estou interessado em que alguém a leia por mim", afirmou, dizendo que prefere ter tempo para estudar o caso sozinho antes de se pronunciar sobre ela.O juiz resumiu, em seguida as onze acusações por genocídio (uma), cumplicidade em genocídio (uma), crimes contra a humanidade (cinco) e crimes de guerra (quatro) que lhe são feitas pelo seu envolvimento nas atrocidades cometidas durante a guerra da Bósnia, que terminou em 1995 com o pesado balanço de cem mil mortos e em mais de 2,2 milhões de refugiados" (veja aqui a notícia da RTP sobre io assunto)
Karadzic sem barba, outra vez - Radovan Karadzic já se encontra no Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, sediado em Haia, na Holanda, para ser julgado. O antigo líder dos sérvios bósnios é acusado de cinco crimes contra a humanidade e quatro crimes de guerra cometidos durante a Guerra dos Balcãs (1992-95). (Fotografias da Reuters publicadas no Publico)
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