terça-feira, maio 27, 2008

PSD: a confirmação da tramóia da demissão de Meneses

Eu estou cada vez mais convencido que a demissão de Luís Filipe Meneses da liderança do PSD, foi previamente combinada entre este e Santana Lopes e que ainda não conhecemos os contornos que estão subjacentes a tudo isto. Julgo que Santana Lopes já tinha em preparação o seu processo de candidatura à liderança, tendo sido surpreendido pelas movimentações em torno de João Jardim. Faltava apenas a justificação. Suspeito que estamos perante um dos maiores embustes políticos envolvendo gente que, a confirmar-se, revela uma falta de seriedade. A tal notícia no "Correio da Manhã" sobre a posição dos filhos de Meneses acerca dos "namoros" do pai, foi apenas o pretexto que faltava para justificar a decisão. Meneses tinha que sair quanto antes, porque estava preocupado com os indicadores negativos das sondagens, mas não queria ser posto fora. Tudo foi bem combinado. Eu arrisco afirmar, sem provas, mas aguardando convictamente que o futuro me dê razão, a curto prazo, que Meneses veio ao Congresso ao PSD da Madeira já com esta opção tomada (vejam bem quando é que Ângelo Correia, no regresso ao Funchal, prestou as tais declarações a uma rádio nas quais se afirmava desiludido. Vejam lá isso). Para mim, hoje, veio a confirmação de tudo isto, quando o ainda secretário-geral (e principal apoiante de Meneses), Ribau Esteves (que foi claramente posto à margem desta decisão de Meneses) anunciou o seu apoio à candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança do PSD: "O secretário-geral do PSD, José Ribau Esteves, anunciou aos jornalistas que apoia a candidatura à liderança do partido de Pedro Santana Lopes, à margem de uma conferência de imprensa sobre o processo eleitoral. Em declarações feitas na sede nacional do PSD, em Lisboa, Ribau Esteves qualificou de "inacreditável, absurda e errada a decisão do dr. Luís Filipe Menezes de se demitir e de não se recandidatar" e considerou-se "o único preso político que há em Portugal".

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