sexta-feira, maio 30, 2008

Nova lei do tabaco: a opinião dos profissionais de saúde

Quase metade dos profissionais de saúde inquiridos pela Novadir considera que a lei do tabaco é pouco ou nada restritiva. Um tema tanto mais actual, quanto no dia 31 de Maio se comemora o Dia Mundial do Não Fumador. A nova lei do tabaco em Portugal, aprovada pela Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto, e que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2008, limita a prática do fumo de tabaco na maioria dos locais públicos fechados. Esta "Lei da Prevenção do Tabagismo" tem gerado polémica em diversas frentes, com ênfase no sector da restauração, principalmente por alegados prejuízos económicos e possíveis conflitos com os clientes. Desde a sua entrada em vigor, que têm surgido várias opiniões sobre o impacto de deixar de fumar em espaços públicos fechados. Neste ambiente de "mudança de hábitos e comportamentos", em que "a polémica impera", a NOVADIR realizou uma sondagem junto de um target muito específico: os profissionais de saúde (sondagem a 650 profissionais médicos de diferentes especialidades) em que auscultámos a opinião destes profissionais sobre o impacto que esta nova lei de restrição tabágica irá ter no consumo de tabaco e, mais especificamente, qual o seu impacto na procura de ajuda para deixar de fumar.


47% dos profissionais inquiridos considera que a nova lei do tabaco é pouco ou nada restritiva


Segundo esta sondagem realizada pela Novadir, verifica-se globalmente uma divisão de opinião: quase metade dos profissionais de saúde inquiridos considera que esta lei é pouco ou nada restritiva. Por outro lado, 44% considera que é uma lei restritiva à prática tabágica, principalmente os profissionais que têm este hábito: 70% dos profissionais que fumam consideram esta lei muito restritiva.

A maioria dos inquiridos refere que esta nova lei vai ter impacto na redução do consumo do tabaco, mas não vai aumentar a procura de ajuda para deixar de fumar.

Embora não se observe uma opinião dominante quanto à lei ser ou não restritiva, é opinião da maioria dos profissionais saúde (84%) que esta lei irá ter repercussões ao nível da prática tabágica e que vai influenciar a redução do consumo de tabaco. São os médicos especialistas em cardiologia e em pneumologia os que mais corroboram esta opinião: mais de 90% destes especialistas consideram que esta lei vai ter impactos na redução do consumo de tabaco, principalmente os profissionais que já foram fumadores ou que nunca fumaram. No entanto, 48% dos inquiridos, enquanto profissionais de saúde que podem prestar ajuda na cessação tabágica, não têm sentido aumento da procura de ajuda para deixar de fumar. São os médicos de Clínica Geral, de Saúde Pública, os Cardiologistas e os Pneumologistas os profissionais que têm sentido maior procura no apoio para deixar de fumar: 60% dos pneumologistas inquiridos têm sentido o impacto da lei a este nível. Sobre os métodos mais procurados, os profissionais de saúde indicam que os tratamentos farmacológicos são aqueles que têm tido maior adesão (26,2%), seguidos das consultas de grupo e individuais (15,1%). Verifica-se, embora em número reduzido (2,2%), que há opção pelo apoio não clínico, como técnicas de hipnose, acunpultura, entre outros. É de realçar porém que a maioria dos inquiridos refere que desconhece quais têm sido os métodos mais procurados, até porque não têm sentido esta procura.

Estudo realizado pela Novadir, junto de uma amostra aleatória de 650 profissionais de saúde (médicos de várias especialidades), que exercem actividade em Portugal (para um intervalo de confiança de 95% o nível de erro é de ± 3.71 pp). A selecção dos médicos foi aleatória a partir da base de dados médica da Novadir, realizada para os locais de trabalho - Centros de Saúde, Hospitais e Consultórios. A informação foi recolhida por entrevista telefónica (CATI System), entre os dias 13 de Fevereiro e 02 de Abril de 2008 (fonte: Marktest.com, Maio de 2008)

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