sábado, maio 31, 2008

Combustíveis: "Turbulência até 2030?"


Garante o semanário Expresso, hoje, que teremos "Turbulência até 2030": "Seguir-se-á um período de “turbulência” até 2030, altura em que a Shell prevê que o optimismo económico regressará em pleno. No fundo, temos pouco mais de duas décadas como janela de oportunidade para “transições revolucionárias” (nas palavras da Shell). Contudo, a par do pico do petróleo e do gás, há uma convergência de mais sinais negativos. O Energy Watch Group estima que o pico do carvão ocorrerá por alturas de 2025. Apesar da pressão do lóbi mundial do nuclear, não se espera, no cenário mais optimista, que ultrapasse os 7% (mais um ponto que actualmente) do total de energias primárias em 2050. O conjunto das energias renováveis poderá atingir 30% em meados deste século. Apesar de mais do que quadruplicar em peso no consumo da energia mundial, é ainda insuficiente para ofuscar o peso dos combustíveis fósseis que, ainda, deverão pesar mais de 60% daqui a quarenta e dois anos. Os especialistas inclinam-se, por isso, para a necessidade de apostar no “nono passageiro” (tendo em conta que os outros oito são petróleo, gás, carvão, nuclear, biomassa, solar, eólica e outras renováveis): a eficiência energética. Que começa por coisas simples que alguns apelidam de “revolução cultural nas bases”: feche as luzes quando não são necessárias, desligue o computador e o televisor depois da utilização, mude para os híbridos nas viaturas particulares, ande de transportes públicos, reduza deslocações, aposte mais no teletrabalho. É claro que há um conjunto de dores de cabeça que ficam por resolver com estes pequenos passos: os transportes de mercadorias rodoviários e aéreos (estes dependem a 100% do petróleo), a baixa ineficiência energética nos países emergentes e a política de subsídios aos combustíveis fósseis que desincentiva a mudança e a inovação tecnológica".

Sem comentários: