terça-feira, janeiro 29, 2008

Edgar Silva

Somos, obviamente, pessoas que pensam, de forma diferente e que por isso estão em partidos diferentes. Mas por diversas vezes já referi que acho que Edgar Silva se assume, cada vez mais - o que explica recentes ataques contra o PCP provenientes da oposição regional à esquerda... - senão como o líder da oposição, pelo menos o seu maestro, levando os demais a reboque. Nem falo na produção legislativa dos comunistas no parlamento porque ela destina-se também às "guerras" de estatísticas. Tenho cada vez mais a sensação de que, por causa disso, o parlamento regional é em certa medida refém dessa capacidade de iniciativa do PCP. Ontem, na entrevista à jornalista Daniela Maria, na RTP-Madeira, Edgar Silva voltou a ser coerente com o seu discurso e concorde-se ou não com os seus argumentos - eu discordo e muito de muitos dos aspectos abordados e da forma como os coloca - ficamos uma vez mais com a ideia de que o PS deve-se preocupar cada vez mais com um PCP que tem a coragem de dizer que trabalha não para 2011 mas para um tempo imediatamente posterior e que não é fácil a mudança política. Registei, finalmente, porque o carácter das pessoas também deve ser tido em consideração, uma alusão de Edgar que penso ter passado despercebida, no final da entrevista, e a propósito da vinda do novo Bispo do Funchal, quando o líder dos comunistas madeirense se deputado regional falou na "Igreja a quem tanto devo".

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