domingo, outubro 28, 2007

O habitual erro da gestão da imagem

Um jornal de Lisboa publicou com destaque de primeira pagina e dedicando uma página no interior ao assunto, um texto segundo o qual a Assembleia Legislativa da Madeira estaria a travar 36 processos nos tribunais por falta de parecer. Na sequência disso, a reboque, uma vez mais, do que a comunicação social diz e que para JCG é como se fosse uma espécie de "porteiro" que abre portas por onde o líder socialista depois passa, mesmo falando do que não sabe - surgiram declarações de Gouveia exigindo, imagine-se (!), a dissolução da Assembleia da Madeira pelo Presidente da República alegadamente porque o parlamento regional estaria a comportar-se aos olhos das pessoas como se estivesse a "proteger criminosos". A gravidade desta declararão, deveria originar uma reacção enérgica, mas a exemplo do passado, a incompetente "gestão de crises" como esta, por parte da maioria, fará uma vez mais que para a opinião pública continue a passar uma imagem de autêntica libertinagem por parte dos deputados da maioria (porque é o PSD que dita as regras do jogo), perspectiva esta assente quer as ideias constantes da tal notícia que não corresponde inteiramente à verdade, quer nas inconcebíveis declarações de Gouveia como se fosse ele uma espécie de cruzado contra corruptos, bandidos e criminosos. O que é facto é que na opinião pública, sobretudo nacional onde a comunicação social deu destaque ao assunto, mas também na regional, a imagem que se vai construindo do Parlamento e dos deputados é obviamente pouco abonatória. Da minha parte recuso falar mais no assunto, porque não sou deputado, não fui visado pelas declarações de JCG que não me dizem nada e porque estou farto de ver tamanha passividade por parte de uma maioria que para tomar a iniciativa precisa de esperar que alguém a mande fazer. Como se andar na política fosse um "hobby" ou mesmo um frete. É por isso que o melhor é sair...

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