domingo, julho 29, 2007

Congresso do PS-Madeira 2007 já é passado (III)

Eu achei um absurdo o discurso proferido por Jacinto serrão no Congresso dos socialistas locais. Porventura mais surrealista do que eu imaginava pudesse ser. Não deu uma única explicação aos delegados socialistas sobre a derrota de 6 de Maio, sobre a “malha” que remeteu o PS, pela primeira vez, par a uma dimensão parlamentar igual á dos restantes partidos da oposição. Não explicou a estratégia assumida, quem dava ordens no PS madeirense desde Outubro de 2006, porque optaram os socialistas por uma posição de permanente submissão perante Lisboa. Nada. Em vez disso, divagou, falou na lei do aborto, no que ele pensa que o pais pensa de nós, na vinda de Marques Mendes ao Chão da Lagoa, e nos mesmos argumentos sobre a política regional que usou durante dois anos com os resultados catastróficos que o 6 de Maio revelaram. Mas enfim, como se costuma dizer, cada um merece o destino que lhe está reservado. Nada mais a dizer.
Aqui fica o texto em questão:
"Lisboa tem estado alheada perante o que acontece na Madeira há 30 anos. A crítica foi dirigida a Cavaco Silva e aos vários chefes de Estado que passaram por Belém, ao actual Governo de José Sócrates e a todos os que o antecederam. Acusações que saíram do discurso de despedida de Jacinto Serrão, presidente do PS/M que hoje abandona o cargo, passando o testemunho a João Carlos Gouveia, único candidato à sucessão. A cerimónia de abertura do XIII Congresso dos socialistas da Madeira, a decorrer no Funchal, deu espaço a Jacinto Serrão para subir ao palco e marcar a hora do adeus com palavras claras que atingem o outro lado do Atlântico. O País está indignado com a atitude do Governo Regional em não querer cumprir uma Lei da República (da Interrupção Voluntária da Gravidez), lembrou. Mas... "só podem ter "andado distraídos durante estes anos todos porque na Madeira, frequentemente, há violações grosseiras às regras mais elementares da democracia. E isto só acontece porque temos um Estado fraco que não tem a coragem de colocar a Madeira na ordem democrática", disse. As palmas ofereceram-lhe uma breve pausa para acrescentar um "afinal" ao final de cinco anos de liderança. "Afinal, fazem-se tantas exigências no âmbito da União Europeia para os novos países aderentes serem respeitadores das regras mais elementares das democracias adultas e temos esta região, integrada na Europa, a desrespeitar constantemente" estes princípios constitucionais. Por tudo isto, Jacinto Serrão acredita que esta situação não irá perdurar por muito mais tempo, porque "nem a Europa nem o País, podem ficar descansados com esta praxis política que se vive há décadas na Região Autónoma da Madeira". Quanto à demissão "irresponsável" de Jardim, que provocou eleições antecipadas a 6 de Maio, ela só serviu para "acautelar o futuro partidário do PSD", não trazendo nada de novo aos madeirenses. Antes pelo contrário, "tudo está pior", disse Jacinto Serrão não tem dúvidas. A maioria que se "apoderou do poder sob a capa da democracia está obcecada em aniquilar a oposição", ou seja, o Governo PSD, que "não tem competência para resolver os problemas" da região, "vai redobrar o discurso do inimigo externo e discurso da vitimização. Aposto o que quiserem" (fonte: DN de Lisboa)

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