terça-feira, maio 29, 2007

Futebol e investimento

Eu tenho um grande respeito pelo pessoal do marketing, mas quando se tenta associar o futebol com o marketing há que ter desde logo a noção do que falamos, em termos de potencialidades do mercado, da dimensão da oferta, do retorno, dos custos que esse investimento representam, da perspectiva que os clubes têm da questão do marketing, etc. Ou seja, a realidade empresarial madeirense – assente em pequenas e médias empresas – caracteriza-se por uma insuficiência de recursos financeiros próprios que impedem uma aposta no marketing. Ou seja, se tirarmos o investimento público nos clubes – mesmo assim sem o retorno que muitas vezes se pretende “pintar” – os clubes cairão imediatamente a pique, sem que ninguém lhes possa valer. O investimento privado tem outras prioridades, o investimento privado nos clubes parece-me que beneficia de alguns favores – lanço um desafio, o de me dizerem por exemplo, qual a dimensão do investimento publicitário da Coral ou dos Supermercados Sá, nos clubes locais para sabermos se esse investimento tem a amplitude suficiente para praticamente abafar a referência à Madeira (este contexto vejam as camisolas do Valência). Acho que conversas da treta, num momento particularmente complicado para o futebol madeirense é coisa que não cabe. Porque ninguém acredita nem leva a sério os que ainda julgam que o investimento privado alguma vez substituirá o investimento público ou que esse investimento privado alguma vez terá a importância com que ingenuamente alguns ainda insistem em sonhar.

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