quinta-feira, abril 26, 2007

Bexiga I

Confesso que, apesar do meu “fundamentalismo” partidário, tenho grande dificuldade em reconhecer se foi ou não cometido um excesso relativamente ao jovem actor, ex-vice-presidente da JSD da Camacha, por causa da sua participação nos tempos de antena do PND, como artista convidado e pago para o efeito. O papel do “Manuel Bexiga”, por ele protagonizado, é evidentemente um papel crítico, que não agrada ao PSD, que não me agrada pelo simples facto de ridicularizar a política de uma forma geral, mas em particular por pretender ridicularizar o PSD e o Governo Regional na linha da actuação do partido em questão. Mas tal como o PS tem nesta campanha, e bem, a Fáfá de Belém ou os Anjos, que no passado já actuaram em iniciativas do PSD, de campanha eleitoral ou no Chão da Lagoa, e relativamente aos quais não se pode questionar esse envolvimento, na medida em que são profissionais, penso que no caso do artista madeirense, cantor e actor, que faz da sua vida essa profissão, poderemos estar perante o exagero de confundir o que não deveria ser confundido. Embora compreenda que seja complicado e que as pressões e a margem de manobra dos dirigentes de organizações políticas, em determinadas circunstâncias, não seja muito grande. Ainda por cima, garante-me quem o conhece, que ele sempre foi, nunca escondeu, um social-democrata que certamente a 6 de Maio votará no PSD, apesar destes acontecimentos. O que eu desejo, e apelo por isso ao bom senso, é que passada esta borrasca própria das campanhas eleitorais, o Márcio não seja prejudicado por fundamentalistas exacerbados.

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