segunda-feira, março 26, 2007

Madeira: António Fontes

Foi hoje anunciado que António Fontes (o Tó Fontes) será candidato pelo PND. Confesso que não me surpreende, até pelas relações de amizade que ele nutre por varias pessoas que pelos vistos estarão no projecto de Manuel Monteiro, entre os quais o meu cunhado, Gil Canha, outro dos candidatos. Eu acho que as pessoas são livres de se candidatarem. Conheço o Tó Fontes e a sua família há muitos anos, sei que são pessoas sérias, íntegras, uma família unida, amigos dos amigos, que nunca foram oportunistas como outra escumalha que por aí anda, que viveram de forma tranquila as peripécias do quotidiano e que julgo que nalguns casos foram injustiçados. A liberdade que eu exijo para mim para ser candidato, ou não, ou para apoiar um partido, é a mesma liberdade que eu concedo, sem hesitação ou discussão, a qualquer cidadão que se candidata por qualquer partido. Não sou dos que dividem as pessoas entre "bons" ou "maus" só por casa da bandeira que mostram ou do partido ao qual se ligam. Eu gosto é de discutir ideias, de debater, de confrontar concepções. Mas a liberdade individual passa pela liberdade de optar, pelo direito de cada um de nós, sem manipulação, exercer o nosso dever de cidadania enquanto pessoas responsáveis. Aí de mim, aí de nós, se todos tivéssemos que pensar da mesma maneira ou fazer todos a mesma coisa. Portanto, a candidatura de António Fontes, do do Gil Canha, ou do Aguiar Baltazar, do do Eduardo Welsh, ou seja de quem for, pelo PND ou de qualquer outro cidadão, tem que ser, antes de tudo, uma decisão pessoal mas um um sinal de coerência de cada um deles, consigo próprio. Mas é mais do que tudo isso, uma atitude intelectual de liberdade que todos temos que respeitar. O que se espera das pessoas, da política, é que respeitem todo e qualquer cidadão. Pode-se discordar de comportamentos, de ideias, de propostas, de concepções de sociedade ou modelos de desenvolvimento. Mas temos que respeitar a Pessoa, sempre, para que a dignidade colectiva, a dignidade de cada um de nós, continue a ser um dos patrimónios mais valiosos da autonomia regional, ela própria construída por pessoas e para pessoas.

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